sábado, 28 de novembro de 2015

FLÁVIO GIKOVATE - Entrevista


 
Não precisa casar. Sozinho é melhor.
 

O psiquiatra decreta a morte do amor romântico e diz que a vida de solteiro é um caminho viável para a felicidade.

"Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre o amor e a individualidade, opte pelo segundo."



Com 41 anos de clínica, o médico psiquiatra Flávio Gikovate acompanhou os
fatos mais marcantes que mudaram a sexualidade no Brasil e no mundo. Por
meio de mais de 8.000 pessoas atendidas, assistiu ao impacto da chegada da
pílula anticoncepcional na década de 60 e a constituição das famílias
contemporâneas, que agregam pessoas vindas de casamentos do passado. Suas
reflexões sobre o amor ao longo de esse tempo foram condensadas no seu 26º
livro, Uma História de Amor... com Final Feliz. Na obra, a oitava sobre o
tema, Gikovate ataca o amor romântico e defende o individualismo, entendido
não como descaso pelos outros e sim como uma maneira de aumentar o
conhecimento de si próprio. Tendo sido um dos primeiros a publicar um estudo
no país sobre sexualidade, atuou em diversos meios de comunicação, como
jornais e revistas e na televisão. Atualmente, possui um programa na rádio,
em que responde perguntas feitas por ouvintes. Aos 65 anos, ele atendeu a
reportagem de Veja em seu consultório no elegante bairro dos Jardins, em São
Paulo.

"Os solteiros que estão mal são os que ainda sonham com o amor romântico.
Pensam que precisam de outra pessoa para se completar. Como Vinicius de
Moraes, acham que que 'é impossível ser feliz sozinho'. Isso caducou. Daí,
vivem tristes e deprimidos."





Veja - O senhor diria para a maioria das pessoas que o casamento pode não
ser uma boa decisão na vida?
Gikovate - Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes são uma minoria.
Com base nos atendimentos que faço e nas pessoas que conheço, não passam de
5%. A imensa maioria é a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram
em uma trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos
possessivos em que não há confiança recíproca nem sinceridade. Por algum
tempo depois do casamento, consideram-se felizes e bem casados porque ganham
filhos e se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez anos
de casamento, eles terão de se deparar com a realidade e tomar uma decisão
drástica, que normalmente é a separação.

Veja - Ficar sozinho é melhor, então?
Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem
conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele "vazio no
estômago" por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se
ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um
pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que
mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda
sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa
precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que "é
impossível ser feliz sozinho". Isso caducou. Daí, vivem tristes e
deprimidos.

Veja - Por que os casamentos acabam não dando certo?
Gikovate - Quase todos os casamentos hoje são assim: um é mais extrovertido,
estourado, de gênio forte. É vaidoso e precisa sempre de elogios. O outro é
mais discreto, mais manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro.
Todo mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre um egoísta e
um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, recebe muito mais do que dá.
O segundo tem baixa auto-estima e está sempre disposto a servir o outro.
Muitos homens egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado
dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas preferidos.
Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos joguem futebol. Consideram
isso uma traição. De um jeito ou de outro, o generoso sempre precisa fazer
concessões para agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor,
deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade vai junto. O
casamento, então, começa a desmoronar. Para os meus pacientes, eu sempre
digo: se você tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo
segundo.





Veja - Viver sozinho não seria uma postura muito individualista?
Gikovate - Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores
contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem
individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos
diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de
direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento
emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma
metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade.
Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem
melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos
outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e
positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo.

"As colunas e programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às
vezes, só atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a
democracia corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica."

Veja - Por que os casamentos normalmente ocorrem entre egoístas e generosos?
Gikovate - A idéia geral na nossa sociedade é a de que os opostos se atraem.
E isso acontece por vários motivos. Na juventude, não gostamos muito do
nosso modo de ser e admiramos quem é diferente de nós. Assim, egoístas e
generosos acabam se envolvendo. O egoísta, por ser exibicionista, também
atrai o generoso, que vê no outro qualidades que ele não possui. Por fim,
nossos pais e avós são geralmente uniões desse tipo, e nós acabamos
repetindo o erro deles.

Veja - Para quem tem filhos não é melhor estar em um casamento? E, para os
filhos, não é melhor ter pais casados?
Gikovate - Para quem pretende construir projetos em comum – e ter filhos é o
mais relevantes deles – o melhor é jogar em dupla. Crianças dão muito
trabalho e preocupação. É muito mais fácil, então, quando essa tarefa é
compartilhada. Do ponto de vista da criança, o mais provável é que elas se
sintam mais amparadas quando crescem segundo os padrões culturais que
dominam no seu meio-ambiente. Se elas são criadas pelo padrasto, vivem com
os filhos de outros casamentos da mãe, mas estudam em uma escola de valores
fortemente conservadores e religiosos, poderão sentir algum mal-estar. Do
ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento
definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas
por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de
transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É
sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas.






Veja - Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida
amorosa?
Gikovate - É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de
aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias
contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial,
tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se
amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma
afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como
vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens
ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de
novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem
já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas
etapas que provocam sofrimento.

Veja - As mulheres são mais ansiosas em casar do que os homens? Por quê?
Gikovate - As mulheres têm obsessão por casamento. É uma visão totalmente
antiquada, que os homens não possuem. Uma vez, quando eu ainda escrevia para
a revista Cláudia, o pessoal da redação fez uma pesquisa sobre os desejos
das pessoas. O maior sonho de 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se
casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser
bons profissionais, fazer grandes viagens. Essa diferença abismal acontece
por razões derivadas da tradição cultural. No passado, o casamento era do
máximo interesse das mulheres porque só assim poderiam ter uma vida sexual
socialmente aceitável. Poderiam ter filhos e um homem que as protegeria e
pagaria as contas. Os homens, por sua vez, entendiam apenas que algum dia
eles seriam obrigados a fazer isso. Nos dias que correm, as razões que
levavam mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam. Nas
universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas
décadas, elas ganharão mais que eles. Resta acompanhar o que irá acontecer
com as mulheres, agora livres sexualmente, nem sempre tão interessadas em
ter filhos e independentes economicamente.

Veja - Como será o amor do futuro?
Gikovate - Os relacionamentos que não respeitam a individualidade estão
condenados a desaparecer. Isso de certa forma já ocorre naturalmente. No
Brasil, o número de divórcios já é maior que o de casamentos no ano.
Atualmente, muitos homens e mulheres já consideram que ficarão sozinhos para
sempre ou já aceitam a idéia de aguardar até o momento em que encontrarão
alguém parecido tanto no caráter quanto nos interesses pessoais. Se isso
ocorrer, terão prazer em estar juntos em um número grande de situações.
Nesse novo cenário, em que há afinidade e respeito pelas diferenças, a
individualidade é preservada. Eu estou no meu segundo casamento. Minha
mulher gosta de ópera. Quando ela quer ir, vai sozinha. E não há qualquer
problema nisso.

Veja - Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre
um abalo?
Gikovate - Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus
programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em
se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais
comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados.
Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O
interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No
primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em
cidades diferentes.




Veja - É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?
Gikovate - A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um
vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco
seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo
difícil de explicar, mas que acontece.

Veja - Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?
Gikovate - Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é
justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade
efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de
vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por
outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase
sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande
vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são
ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O
sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade.
Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles
não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o
melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão
a se abster desse tipo de prática.

"As razões que levavam as mulheres a ter necessidade de casar não se
sustentam mais. Nas universidades, o número de moças é superior ao de
rapazes. Em poucas décadas elas ganharão mais
que eles."

Veja - As desilusões com o primeiro casamento têm ajudado as pessoas a tomar
as decisões corretas?
Gikovate - No início da epidemia de divórcios brasileira, na década de 70,
as pessoas se separavam e atribuíam o desastre da união a problemas
genéricos. Alguns diziam que o amor acabou. Outros, o parceiro era muito
chato. Não se davam conta de que as questões eram mais complexas. Então,
acabavam se unindo à outras pessoas muito parecidas com as que tinham
acabado de descartar. Hoje, os indivíduos estão mais críticos. Aceitam ficar
mais tempo sozinhos e fazem autocríticas mais consistentes. Por causa disso,
conseguem evoluir emocionalmente e percebem que terão que mudar radicalmente
os critérios de escolha do parceiro. Se antes queriam alguém diferente, hoje
a tendência é buscarem uma pessoa com afinidades.

Veja - O senhor já escreveu colunas para jornais, revistas, atuou na
televisão e agora tem um programa na rádio. O senhor se considera um
marqueteiro?
Gikovate - Sempre gostei de trabalhar com os meios de comunicação.
Psicologia não é assunto para especialistas, mas de todo mundo. Faço essas
coisas também porque é uma forma de entrar em contato com um público
diferente do que eu encontro normalmente. Na rádio, respondo perguntas de
gente tacanha, que jamais teriam condição de pagar uma consulta. Estão em um
outro patamar financeiro. Mas o que dizem, é ouro puro. As colunas e
programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às vezes, só
atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a democracia
corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica. Imagine só, o
Corinthians! Não foi o tipo de notícia que meus pacientes gostaram de ouvir.
Eu fiquei lá dois anos. Meu pai ficava chocado com essas coisas, porque
naquele tempo médico de bom nível não fazia essas coisas. Não estava nem aí.
Quando eu me interesso por alguma coisa, eu vou. No mais, se eu fosse um
simples marqueteiro, não teria durado 41 anos.

Veja - Apesar de todo esse tempo de clínica, o senhor atuou sozinho, longe
das universidades. Por quê?
Gikovate - O mundo acadêmico está cheio de papagaios, que repetem fórmulas
prontas. Citam sempre outros pensadores, mas nunca vão a lugar algum. Não
têm coragem para disso. Esse universo, do qual eu acabei me afastando, é
extremamente conservador. Não são eles que produzem as novas idéias. Muitos
fingem que eu não existo. Diziam à pequena que eu era um cara muito
pragmático, que levava em conta muito os resultados, o que é verdade. Os que
mais gostam do que eu faço não são da minha área. São os filósofos, como o
Renato Janine Ribeiro e a Olgária Matos. De minha parte, eu sempre fugi dos
rótulos. Não me inscrevi membro da Sociedade de Psicanálise. Não sou membro
de qualquer sociedade dogmática. Não sou sócio de nenhum clube. Sou uma
pessoa de mente aberta. Nunca quis discípulos. Os meus discípulos, se um dia
existirem, pensarão por conta própria. Se tiverem um monte de opiniões
diferentes das minhas, seria ótimo.



Entrevista concedida à revista VEJA.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

TOP 5 SÉRIES - COMÉDIAS BRITÂNICAS

THE OFFICE (2001 - 2003)

Impossível não se identificar com os tipos bizarros que convivem em um escritório. Mas é claro que ninguém se identifica com os idiotas, o que é quase um paradoxo, pois se ninguém é idiota, de onde eles vem? ;-)


Um falso documentário sobre o dia-à-dia de um escritório de uma fábrica de embalagens. Criado pela dupla Ricky Gervais e Stephen Merchant, a série contempla todos os tipos que qualquer uma que já tenha trabalhado em escritórios conhece. A grande sacada de Gervais e Merchant foi criar uma série em que é quase impossível não reconhecer esse tipos todos ou a si mesmo. Esse sucesso levou a diversas refilmagens em vários países incluindo o mais famoso, o The Office (Vida de Escritório) americano, que teve 9 temporadas.

Mas como humor britânico é humor britânico, o original protagonizado por Gervais como o chefe egomaníaco continua imbatível.


GARTH MARENGHI'S DARKPLACE (2004)

 Armas não fazem muito sentido em um hospital e nem tem muita função nesta série, mas sempre parecem legais em fotos promocionais quando os atores não sabem o que fazer com as mãos.


Plantão Médico encontra Evil Dead é pouco para descrever essa série que emula o pior das séries dos anos 80. Atores canastrões, diálogos horríveis, efeitos capengas e violência gore total dão o tom dessa brilhante série sobrenatural sobre um escritor egocêntrico e seu personagem médico narcisista (ou seria o contrário?). Richard Ayoade, de The IT Crowd entrega uma performance tão amadora quanto hilária interpretando o editor Dean Learner que "interpreta" o diretor do hospital.

Um presente para quem gosta de paródias sobre paródias. Só durou uma temporada porque era boa demais para a TV.

E porque tinha muito sangue.
Sangue.
Sangue.
Sangue.





EXTRAS (2005 - 2007)

 Prepare-se para conhecer toda a cruel verdade sobre o mundo do cinema e seus protagonistas.


Cinéfilos vão amar as participações especiais engraçadíssimas de Samuel L. Jakson, Robert De Niro, Kate Winslet, Orlando Bloom, Daniel Radcliffe ente muitos outros nesta hilária série sobre Andy Millman, um ator ruim com uma boa ideia para uma sitcom, mas que tem que se sustentar fazendo papel de figurante em filmes com atores e atrizes famosos ao mesmo tempo em que vê um ator rival e canalha galgar as escadas do sucesso e do reconhecimento. Em suas patéticas tentativas de se tornar famoso e reconhecido, Millman; junto com Maggie, sua amiga burrinha e Darren Lamb, seu mais do que incompetente agente; vai pagar os micos mais absurdos e vestir as saias mais justas possíveis até o ponto de ser odiado por todos.

A série teve 13 episódios, recebeu inúmeros prêmios e foi aclamada pela crítica pela sua visão ácida e cruel do mundo do cinema e da TV. Depois disso e The Office, Ricky Gervais e Stephen Merchant provaram-se gênios da comédia. Imperdível!





THE IT CROWD (2006 - 2013)

Uma série só com gente bonita, descolada e popular. Gossip Girl queria ser IT Crowd.


Um gênio excêntrico da computação, um geek tímido louco por mulheres e uma chefe que não sabe nada sobre informática trabalham como o hilário suporte técnico no subsolo do prédio de sua empresa. Com personagens carismáticos e divertidos - com destaque para Richard Ayoade como o esquisito Moss e Richmond, o gótico que mora escondido no porão - a série explora o caminho do nonsense aberto por Monty Python com situações tão absurdas quanto surreais. A série seria uma espécie de The Big Bang Theory britânico, já que explora bastante o universo geek e nerd, mas com uma pegada mais adulta e inteligente.

Para o deleite dos fãs, a série teve um longa duração para os padrões britânicos e teve 25 episódios. A média parece ser apenas 12 mais um Especial de Natal.





NO HEROICS (2008)

A série que prova que qualquer mané pode ser um super-herói.


A série acompanha as desventuras de 4 super-heróis que já viram dias melhores em suas carreiras: HOTNESS, que pode criar fogo mas tem problemas de baixa autoestima porque seu poder é um tanto inútil e destrutivo demais. ELECTROCLASH é uma super-heroína bad girl que fala com máquinas e usa isso para sacar dinheiro de caixas eletrônicos. TIMEBOMB é um homossexual depressivo cujo poder é saber o que acontecerá dentro de 1 minuto. Bem, até que serve pra desviar de coisas jogadas contra ele. E SHE-FORCE é a garota fortinha e romântica do grupo. Todos se reúnem em um pub exclusivo para super-heróis onde poderes não são permitidos mas quase ninguém respeita essa regra. Para coroar o elenco de heróis, existe EXCELSIOR, o Superman local que não passa de um cretino que comete bullying e assédio com seus colegas menos poderosos.

Indicada para Melhor Comédia Britânica Estreante em 2008, referências a quadrinhos e filmes são uma constante nessa britcom que é um presente para os fanboys.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

CAPITÃO AMERICA VS MARVEL - Paródia



Depois de ver algumas dublagens por aí fazendo o maior sucesso, resolvi entrar nessa pra ver o que acontece. Como estou sempre fazendo paródias e sátiras em texto, porquê não me arriscar em vídeos, não é?

Bom, se gostarem, curtam, compartilhem e inscrevam-se no canal, pois é só com a participação de vocês que o canal vai se manter ativo e com cada vez mais paródias de filmes ;-)

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

DINOSSAUROS - News

Alossauro

DINOSSAUROS CARNÍVOROS PODIAM ABRIR MANDÍBULAS EM ATÉ 90º


Um grupo de cientistas britânicos estudou o quanto diferentes tipos de dinossauros conseguiam abrir a boca e descobriu que o ângulo de abertura da mandíbula está diretamente relacionado à dieta dos répteis pré-históricos.

 Em geral, carnívoros como o conhecido Tiranossauro rex escancaravam a mandíbula em até 90 graus, enquanto os dinossauros herbívoros só conseguiam abri-la até 45 graus. O estudo, liderada por Stephan Lautenschlager, da Universidade de Bristol (Reino Unido), foi publicado nesta quinta-feira, 5, na revista Royal Society Open Science.


Reconstrução de um crânio de Tiranossauro Rex mostrando a abertura da mandíbula com a abertura máxima.


Para chegar a essa conclusão, os cientistas utilizaram modelos computacionais para processar os dados, que foram obtidos com minuciosas análises de fósseis e com os registros disponíveis sobre o ângulo de abertura das mandíbulas de diversas aves e répteis modernos.

Os cientistas estudaram a tensão muscular durante a abertura de mandíbula de três diferentes dinossauros terópodes que tinham hábitos alimentares distintos. Os terópodes - palavra composta dos termos gregos "therós" (fera) e "podós" (pés) - eram um grande grupo de dinossauros bípedes que inclui os maiores carnívoros que já viveram sobre a Terra.

"Os dinossauros terópodes, como o Tiranossauro rex e o Alossauro, são muitas vezes retratados com mandíbulas muito abertas, presumivelmente para enfatizar sua natureza carnívora. Mas até agora nenhum estudo havia realmente detalhado a relação entre a musculatura da mandíbula, sua abertura máxima e o estilo de alimentação", disse Lautenschlager.



Estudo comparativo.


Os três dinossauros estudados foram o Tyrannosaurus rex, um grande terópode carnívoro com um crânio robusto e dentes de 15 centímetros, o Alosaurus fragilis, um terópode menor e mais frágil, embora igualmente carnívoro e o Erlikosaurus andrewsi, um parente próximo dos dois anteriores, mas que se alimentava de plantas.

"Todos os músculos, incluindo os que são utilizados para abrir e fechar a mandíbula, só podem esticar até certo ponto antes de arrebentarem. Isso limita consideravelmente o quanto um animal consegue abrir a boca e, portanto, como e de que ele pode se alimentar", explicou Lautenschlager.

A fim de entender em detalhes a relação entre tensão muscular e abertura da mandíbula, minuciosos modelos computacionais foram criados para simular a abertura e fechamento da boca, enquanto eram medidas as alterações no comprimento dos "músculos digitais". As espécies de dinossauros estudadas também foram comparadas aos seus parentes vivos, como crocodilos e aves, cuja tensão muscular e abertura máxima da mandíbula são conhecidas.

O estudo mostrou que o Tiranossauro e o Alossauro eram capazes de abrir a mandíbula em até 90 graus, enquanto o Erlikossauro abria a boca só até 45 graus.


Esqueleto de Tiranossauro.

Entre os dois carnívoros, os resultados mostraram que o Tiranossauro podia, com sua mordida, produzir uma força muscular persistente com diversos ângulos de abertura das mandíbulas - o que seria necessário para romper a pele, despedaçar a carne e esmagar os ossos das presas.

"Sabemos, por meio dos animais modernos, que os carnívoros são frequentemente capazes de abrir as mandíbulas mais que os herbívoros. É interessante ver que isso acontece também no caso dos dinossauros terópodes", afirmou Lautenschla.

Fonte: UOL


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DIONISO - Trailer


 
Suspense sobrenatural erótico, "Dioniso" é a primeira publicação nacional totalmente produzida em arte digital 3D. Com capa dura, tamanho 21 x 28 cm, fino acabamento e 114 páginas em papel couchet, a obra é uma edição da editora AVEC.
 
Sinopse
 
Adriano Ferri, um detetive particular e sua amiga Marcela envolvem-se em uma trama onde rituais pagãos e mitos antigos provam que ainda não estão mortos.
 
Os autores
 
Jerri Dias é escritor, roteirista e diretor. Escreveu a graphic novel de ficção científica Zarathustra (Ed Via Lettera, 2002) em parceria com Daniel Moraes. Autor do livro de humor  Assunto de Inimiga (Ed. Nobel, 2005). Publicou HQs nas revistas Made in Brasil, A3 Quadrinhos, Dum-Dum e outras. Também dirigiu os premiados curtas de horror Estrada, o thriller sobrenatural Desaparecido e a premiadíssima comédia inspirada no expressionismo alemão, A Vingança de Kali Gara.
 
Pedro Zimmerman é roteirista, diretor e ilustrador. Em seu currículo, além de um kikito de melhor roteirista pelo longa Diário de um Novo Mundo, ele tem o premiado curta de ficção científica Mapa-Múndi e finaliza agora mais um curta no mesmo gênero, Eco de Longa Distância. Também dirigiu a primeira minissérie de ficção científica veiculada pela TV brasileira, Oxigênio (Panda Filmes, 2014).

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

AVEC EDITORA - Literatura



A AVEC EDITORA nasceu há pouco mais de um ano e já tem diversas obras publicadas. Além do próprio editor Artur Vecchi, também ser autor, ele realiza diversos tipos de parcerias com novos autores, incluindo edições através de financiamento coletivo. Graças a isso a editora já lançou algumas graphic novels bem legais.






 


Se interessou? Clique em AVEC EDITORA e conheça melhor as obras. Algumas tem até book-trailer. ;-)


domingo, 1 de novembro de 2015

A VINGANÇA DE KALI GARA (Brasil, 1999) - Curta

Cartaz de Péricles Rangel.


Uma das coisas que mais me orgulho na vida foi este meu primeiro curta semi-profissional.

Depois de fazer muitos filmes trash em vídeo com amigos, chamei alguns deles e muita gente que não conhecia ainda para me ajudar nessa empreitada que foi fazer um filme Super-8 com todas as dificuldades financeira e logísticas possíveis: sem internet, sem telefone (linha só viria no ano seguinte) e nem celular. Usando recursos cedidos por amigos e me endividando por quase um ano, conseguimos fazer o filme em duas etapas: 4 dias de filmagem em fevereiro e mais 2 dias em junho.



"A Vingança de Kali Gara, de Jerri Dias, uma paródia de cinema mudo e policial noir apresentada com música ao piano na sala de projeção, ficou com todos os prêmios do júri dos Super-8. A boa direção de atores, a ótima produção e especialmente o bom roteiro, capaz de inventar piadas novas sobre um velho artifício narrativo, justificam todos os prêmios."
Jorge Furtado, cineasta.
Foto de Letícia Ramos.


Tive sorte de conseguir manter a mesma equipe que acreditou, batalhou e se esforçou muito pra que esse filme desse certo. Nunca vou poder agradecer o suficiente.

No fim das contas, o medo de que o filme não ficasse bom foi só um medinho, pois apesar de tudo, eu tinha plena confiança de que tinha filmado (quase) tudo o que precisava para poder montá-lo de uma forma coerente e divertida.

 
"Com duração em torno dos 20 minutos e uma história de suspense, humor e mistério, tem uma qualidade rara de ser vista em filmes de iniciantes e prende os espectadores do início ao fim."
Ney Gastal para o site Baguete
Foto de Leticia Ramos.


 E deu certo. O filme arrecadou todos os troféus da mostra Super-8 do XXVII Festival de Gramada e graças a isso, e talvez ao filme ter ficado bom, consegui convencer o Fumproarte a financiar o transfer do filme para 16 mm. Isso garantiu ao filme uma sobrevida em mais festivais e mostras e consequentemente, mais prêmios e reconhecimento.

Boa sessão.