segunda-feira, 21 de julho de 2008

PESSOAS LEVANDO PORRADA ANTES DE COMEREM - Comédia

Esse vídeo faz parte do programa SATURDAY NIGHT LIVE, responsável por lançar vários dos melhores comediantes americanos desde os anos 70. Mesmo que nunca tenha visto o programa (que passa na TV por assinatura), você deve conhecer muitos de seus ex-integrantes, pois quase todos acabam indo parar em Hollywood.
O título do vídeo é a única coisa que precisa de tradução.
Divirta-se.

Atentem para a participação especial de David Grohl (do Foo Fighters) e Jon Bon Jovi.

CAPRICHO 931


Desenturmada? Se sentindo rejeitada? O cachorro mijou na sua cama?
Então medite sobre suas amizades com estes...
PENSAMENTOS PARA REFLETIR SEM TER QUE USAR O ESPELHO

"Se você viver cem anos, eu quero viver cem anos a mais, para não ter que te encontrar do outro lado da vida.”
Demi Morre

"A amizade é como a cerveja, depois da décima garrafa, todo mundo começa a botar os podres pra fora.”
Juliana Goróvski

"A amiga é aquela que aparece quando tem festa e desaparece quando tem que arrumar a bagunça.".
Gabriela Sisomi

"A amizade é um espírito em dois copos de cerveja"
Cervejeira de Itaparica

"Se você morrer antes de mim, pergunte se pode levar aquele menino chato com você."
Ana Medonha

"Me apoiarei em você e você se apoiará em mim, e se uma de nós estiver sóbria, nós estaremos bem."
Carol Trocaspernas

"As amigas são a forma de Deus ficar pentelhando a gente com observações chatas sobre nossos ficantes."
Joana Galina

"Se todas minhas amigas tivessem que pular de uma ponte, eu não pularia com elas; afinal, eu tenho personalidade."
Bruna Tonemaí

"Ninguém escuta o que você diz. As amigas escutam o que você fala. Mas só fingem que entenderam."
Emiliana Abobrinha

"Todas nós tomamos diferentes trilhas na vida; mas, não importa aonde vamos, sempre tem uma amiga que é a maior fofoqueira."
Provérbio chinês ou japonês, não consigo diferenciar um do outro.

"Meu pai costuma dizer sempre: quando você morrer, se tiver (feito) cinco amigas verdadeiras, então você foi uma iludida."
Meu pai, oras.

"Segure uma amiga com ambas as mãos, porquê ela está de olho no seu namorado."
Ciumenta de Pararipanema

"Uma amiga é alguém que sabe a canção de seu coração e poderia cantá-la quando você tivesse esquecido a letra, se ela não fosse tão desafinada."
Maria Degolada
Jerri Dias é amigo até acabar a cerveja.

terça-feira, 15 de julho de 2008

BATMAN - ANO UM



A GRAPHIC NOVEL

Entrando no clima de estréia do filme BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS, venho indicar mais uma leitura obrigatória para qualquer um que goste de Quadrinhos adultos, que é esta pequena obra-prima do roteirista Frank Miller e do ilustrador David Mazzuchelli.

Publicada em 1987, um ano após o sucesso estrondoso e revolucionário de BATMAN – CAVALEIRO DAS TREVAS (sem relação com o filme de Nolan), que narrava as últimas aventuras de Batman na casa dos 60 anos e extremamente violento, Frank Miller (roteirista e ilustrador de CAVALEIRO DAS TREVAS) foi convidado a recontar a juventude desse homem perturbado pela perda violenta dos pais quando criança.


A narrativa de Miller, em seu melhor estilo, constrói uma trama de intrigas, corrupção, prostituição e adultério, lembrando os melhores momentos dos romances policiais de Dashiell Hammet e Raymond Chandler. Já Mazzuchelli realiza uma composição de cenas com um traçado na linha chiaroscuro ( luz e sombra), com resultados estéticos belíssimos. Chega a ser uma pena que o trabalho seja colorido.


Mazzuchelli no auge de sua carreira no quadrinho mainstream.


O grande mérito da obra, como em muitos trabalhos de Miller, é realçar a humanidade e mortalidade de seus personagens, em especial aqueles coadjuvantes que normalmente só aparecem de vez em quando em revistas de super-heróis. Quer dizer, isso acontecia sempre até meado dos anos 80. Com a chegada de Miller e outros roteiristas talentosos, os coadjuvantes passaram a ter uma abordagem tão ou, em alguns casos, até mais interessante do que os próprios heróis. Hoje, qualquer roteirista de quadrinhos que valha o pão que come, sabe que a construção psicológica e biográfica de qualquer personagem pode valer ouro no sentido de conquistar leitores e mesmo prêmios.


No caso deste BATMAN – ANO UM, a história do capitão James Gordon e a do milionário Bruce Wayne/Batman concorrem concomitantemente e igualam-se em construção e importância por toda a narrativa. A Gotham de Miller é um antro sórdido onde tudo é permitido pela polícia corrupta: drogas, assassinatos e até prostituição infantil. Gordon e Batman lutam na trevas urbanas para trazer alguma luz e esperança para a cidade.


Darren Aronofsky (diretor de A FONTE DA VIDA) tentou levar essa graphic novel para o cinema com roteiro dele e de Miller, mas o estúdio recusou por achar a história violenta demais. Entretanto, várias cenas e idéias da graphic novel acabaram sendo adaptadas para um formato mais juvenil e leve em BATMAN BEGINS (2005).


SINOPSE


O Capitão James Gordon, recém-transferido para Gotham City com sua esposa grávida, bate de frente com uma polícia ineficiente e criminosa (poderia ser a polícia do RJ) em uma cidade dominada por mafiosos e políticos corruptos. Ele vai ter muito pouca ajuda de seus colegas, mas um jovem Bruce Wayne, com apenas 25 anos de idade, acaba de chegar a cidade. Apesar de ainda estar um tanto inseguro, ele tem planos...



O realismo é uma dos grandes trunfos da obra.



sábado, 12 de julho de 2008

CAPRICHO 930


Os críticos não sacaram nada. Aqui está....

A VERDADE POR TRÁS DA MATRIX!

  1. Quando Morpheus oferece a pílula para Neo no primeiro filme, aquilo é na verdade é um ácido poderosíssimo que vai fazer o herói ter alucinações durante os 3 episódios da série.
  2. Totalmente chapado, Neo vai achar que é Bruce Lee e sair batendo nas pesoas na rua, pensando que está lutando num programa de computador.
  3. A polícia (os agentes) aparece para prender ele, mas ele vai se esconder numa rave.
  4. Na rave, as pessoas estão tão malucas que jogam garrafinhas de Coca-Cola umas nas outras. Neo acha que são balas e fica se desviando delas.
  5. O traficante Morpheus reaparece e vendo o estado de Neo, resolve tirar uma da cara dele dizendo que ele é O Escolhido.
  6. A menina mais descolada da festa, Trinity, acha Neo o maior gatinho, mas ele, com aquela cara de bobão, nem se liga.
  7. A polícia encontra Neo e baixa o cassetete nele. Mas ele tá tão loucão que nem sente dor e acaba levantando. Isto assusta os policias, que saem correndo.
  8. Neo fica cansadão e vai tirar um cochilo no lounge. Trinity aproveita e agarra ele ali mesmo.
  9. Depois Neo sai vagando pelo lugar e cai na piscina, onde fica achando que tá voando.
  10. O traficante Morpheus aparece de novo e continua tirando uma do Neo e vendendo drogas para ele, até o cara morrer de overdose.
  11. A Matrix, então, é uma metáfora sobre o consumo desenfreado de drogas que os jovens e os diretores de Hollywood fazem hoje em dia, sem pensar nas consequências e nos filmes terríveis que advém de seus atos.

Jerri Dias garante que bater a cabeça contra a parede abre as portas para outra realidade.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

ANTIGUIDADES, A HISTÓRIA EMBAIXO DA HISTÓRIA - Blog Convidado

Dando continuidade a esta seção, o blog da vez é o ANTIGUIDADES... da minha colega blogueira Martha Thorman. O blog dela trata de personalidades históricas, tanto as famosas quanto as obscuras, e sempre com um texto informativo e revelador sobre seus objetos de pesquisa. Para quem acha a História uma coisa meio chata, aqui é o lugar certo para acabar com seus preconceitos e descobrir que as coisas não eram bem assim. E para que já gosta de História, clique no link abaixo e divirta-se enchendo-se de conhecimento.



JACK,O ESTRIPADOR

ASSASSINATO ÀS MARGENS DO TÂMISA

Rápido como um felino, deleitando-se à vista de sangue, um assassino brutal escolhia suas vítimas entre as prostitutas de um bairro de judeus em Londres. Este criminoso, que agiu em 1888, nunca foi descoberto, embora a polícia declarasse o caso encerrado. Porque o fez?

Com um pedaço de rim humano enviado à polícia pelo correio, vinha uma carta:

" Mando metade do rim que tirei de uma mulher (...) o resto eu comi (...)

"Do inferno."

Carta de Jack. Está no museu de Londres.

Estava-se no outono de 1888, e toda Londres soube imediatamente que o macabro documento vinha de Jack, o Estripador, que acabara de esfaquear até a morte a sua quarta vítima conhecida, Catherine Eddwes, de 43 anos.

As quatro mulheres tinham sido, todas, prostitutas patéticas, envelhecidas e gastas, obrigadas a exercer o seu degradante comércio no bairro conhecido por Whitechapel. Autêntica fossa de uma população pobre, o bairro era cortado por ruas e vielas estreitas que formavam um labirinto sujo de tabernas, bordéis e antros de ópio.

A primeira vítima foi Mary Ann "Polly" Nichols, de 42 anos, cuja garganta foi cortada na noite de 31 de agosto.

Enquanto ela morria deitada num pequeno beco sujo, o assassino rasgava-lhe o abdômen com uma faca de 25 cm de lâmina. Oito dias depois, "Dark Annie" Chapman, de 47 anos, já enfraquecida pela tuberculose, foi morta exatamente da mesma maneira e com o mesmo tipo de arma.

As pessoas lembraram-se então do assassinato de uma outra prostituta de Whitechapel ocorrido anteriormente.

Como esta morrera apunhalada, a polícia considerou não haver ligação entre os casos, mas o público tinha opinião diferente e protestou, receoso, obrigando a polícia a enviar reforços para o bairro.

Detetives particulares e voluntários civis alistaram-se na comissão de Vigilância de Whitechapel, instituída por firmas comerciais londrinas preocupadas com o assunto.

Esta é a lista divulgada, na época, dos possíveis suspeitos. Entre eles o duque de Clarence, neto da rainha Vitória.

O medo trouxe à tona os aspectos negativos da vida na época Vitoriana. Os membros desta sociedade bem estabelecida não se preocupavam com as condições cruéis em que viviam as camadas pobres.

Numa época em que os assuntos sexuais não eram sequer comentados e muito menos discutidos, as chamadas pessoas decentes fingiam não ver as numerosas prostitutas das ruas da cidade.

No entanto, as atenções continuaram viradas para o assassino, que escrevera a primeira carta em que se gabava dos seus crimes com tinta vermelha e a assinara com o nome que a si próprio atribuía: Jack, o Estripador.

Os patologistas concluíram que o assassino era canhoto e tinha conhecimentos de anatomia, pois sabia extrair com precisão orgãos humanos.

E, pouco a pouco, verificou-se que todos os crimes tinham ocorrido entre as 11 horas da noite e as 4 da manhã. Mas isso não era, de forma alguma, prova suficiente. os investigadores começaram a perseguir pessoas inocentes só porque eram criminosos comuns, agressores sexuais conhecidos ou cirurgiões e açougueiro com perturbações mentais.

Os crimes do assassino tornaram-se ainda mais audaciosos e mais tenebrosos. Aparentemente surpreendido logo depois de ter cortado a garganta de Elizabeth "Long Liz", de 45 anos, o estripador desapareceu rapidamente nas brumas pouco depois da meia noite de 30 de setembro, deixando a vítima morta, mas não mutilada. Encontraram-na segurando em uma das mãos um cacho de uvas e na outra alguns doces. A pessoa que surgira nesta hora ouvira passos, mas não viu o assassino.

Privado de seu prazer habitual, o estripador atacou de novo passados 45 minutos. O seu alvo foi Catherine Eddwes, que ele matou e estripou, tirando-lhe o pedaço do rim e intestinos que enviou pelo correio.

Inacreditavelmente, um guarda que patrulhava o local a apenas alguns metros nada ouviu: e o assassino, presumivelmente sujo de sangue, conseguiu mais uma vez fugir, naquela movimentada noite de sábado, num bairro super povoado e cheio de reforços.

UM SUSPEITO DE SANGUE REAL...

Durante as seis semanas seguintes, o estripador não deu sinal de vida. Entretanto, a polícia prosseguia em uma pista bem interessante.

Na noite em que Stride e Eddowes tinham sido mortas, um agente detivera um cavalheiro que falava com uma prostituta. Ao ser interrogado, este suspeito bem- falante - deslocado em tão miserável bairro - afirmou ser médico e convenceu o agente a deixá-lo partir.

Subitamente, espalharam-se boatos incontroláveis : seria o criminoso uma pessoa da alta sociedade que, levado por qualquer loucura impulsiva, tivesse ficado obcecado pela vida desregrada daquele bairro ?

Durante quase um século, o suspeito favorito dos adeptos desta teoria foi o duque de Clarence, neto da rainha Vitória.

Os jornais da época, contudo, nunca publicaram tais especulações, pois o duque era o filho mais velho do herdeiro do trono, o príncipe de Gales e futuro Eduardo VII.

Mas sabia-se que o duque sofria de algum tipo de instabilidade mental, e os defensores daquela teoria apontam que ele foi internado num hospital de doente mentais depois do último crime e que nunca mais de lá saiu. O duque morreu em 1892.

SUÍCIDIO CONVENIENTE

O mais horrível destes assassinatos teve lugar na madrugada de 10 de novembro.

As 3:45 deste dia, os vizinhos ouviram gritos provenientes do quarto de Jane "Black Mary" Kelly, que tinha apenas 24 anos.

Quando a criada do senhorio entrou no quarto, já de dia, tornou-se evidente que o estripador aproveitara a privacidade oferecida pelo alojamento da vítima: minuciosamente, tinha tirado as vísceras do cadáver, removido o coração e os rins e arrumado pelo quarto as outras parte do corpo.

Este crime brutal e bizarro foi o último atribuído a Jack, o Estripador.

Algumas semanas depois a polícia encerrava o caso, sem qualquer explicação ao povo.

Os membros da Comissão foram informados que o assassino antes de confessar se jogou no Tâmisa.

Comentários de que teriam sempre no local, pistas, inclusive desenhos da maçonaria, na época somente aberta aos membros da mesma, e que sempre eram apagados misteriosamente por alguém da própria polícia.

Aos meus leitores, sugiro o filme DO INFERNO, com Johnny Depp e Heather Graham como atores principais.

Diretor: Albert Hughes

Este filme retrata muito bem a época vitoriana, e a fotografia é perfeita.

Quanto a história do homem afogado, fora realmente retirado do Tâmisa o corpo de um suicida depois do assassinato de "Black Mary" Kelly.

No dia seguinte, 3 de dezembro de Montague John Druitt, um advogado com vida difícil e obcecado pela doença mental da mãe, matou-se por afogamento.

A sua nota de suicídio, nunca exposta ao público, podia bem encerrar o caso.

Filho de uma família aristocrática de médicos, Druitt tinha boas relações com a nobreza inglesa.

sábado, 5 de julho de 2008

CAPRICHO 929


O amor acabou? Você não gosta mais dele? Você não tá nem aí? Veja aqui...

COMO TERMINAR UM NAMORO E ACABAR COM A RAÇA DO GAROTO EM 10 LIÇÕES

  1. Acabe assim, sem mais nem menos, sem uma explicação sequer. O cara vai ficar super-confuso.
  2. Faça cara de nojo quando se ele tentar te beijar. Não esconda a antipatia que tem dele.
  3. Seja fiel consigo mesma. Se der na telha, fique com outro garoto na frente dele.
  4. Se puder, aponte falhas em relação a masculinidade dele. Se ele não tiver nenhuma, invente. Ah, na frente da turma, claro.
  5. Quando acabar, não perca tempo encontrando-se com a criatura. Acabe via fax, mail ou pelo ICQ mesmo, assim todo mundo fica sabendo na hora.
  6. Mas se for encontrar o chato, marque encontro no lugar favorito dele, para ele ficar com uma lembrança ruim do local.
  7. Depois do namoro, esforce-se em desfilar com novos gatinhos nas baladas, na escola e na frente da casa dele.
  8. Se ele ligar implorando pra voltar, seja gentil, marque um encontro e não vá.
  9. Conte para todos como ele te magoou para que ele fique como o vilão da história.
  10. Você pode reatar novamente, para acabar em seguida e repetir tudo de novo.

Jerri Dias está lendo o livro “Como Ser Um Vilão”.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

JERRI DIAS: A MINI-BIOGRAFIA - Parte I

Sim, eu fiz teste para o papel do protagonista de O Corvo...


Esse post é para todos aqueles dois ou três leitores(as) que pediram para saber mais da minha vida.

Na verdade produzi esse texto em 1999 para a cadeira de produção textual da faculdade de Letras, então, na parte II vão vir os últimos 10 anos.


JERRI DIAS - Uma Mini-Biografia Com Muitas Partes Omitidas


Primogênito de uma prole de três, tive toda a atenção e carinho de meus pais e avós voltadas exclusivamente para mim até o nascimento de meu irmão, onze meses após, o quê segundo meu psicólogo me disse vinte e cinco anos depois, pode ter sido a principal causa de minha bronquite. Se aos onze meses eu soubesse que essa tática da bronquite para chamar atenção fosse me trazer tantos problemas mais tarde, eu certamente teria optado por meios mais sutis.

Já na escola, era um tipo muito brincalhão. Adorava o balanço, a gangorra e todos aqueles brinquedos que a professora nos dava para brincarmos. Ela tinha uma filha pequena que estudava na mesma turma e alguns colegas espalhavam boatos de que eu gostava dela. Como eram ingênuos os meus colegas do jardim da infância... eu gostava mesmo era da mãe dela! Acho que daí veio a minha atração por mulheres loiras de óculos - coisa que durou até os meus dezesseis, quando me apaixonei por uma morena de óculos.

Com o passar de alguns anos, meus interesses se multiplicaram rapidamente e de jornalista, passei a querer ser astronauta e a seguir, aos nove anos, paleontólogo. E apesar de minha mente vagar durante alguns anos pelas florestas jurássicas, fazendo com que nos círculos familiares fosse conhecido como o intelectualzinho da família (a palavra nerd ainda não era utilizada), consegui manter meu interesse pelo esporte, em especial natação e a ginástica olímpica. Quanto ao futebol, dediquei à ele 10 anos de minha vida, pendurando as chuteiras aos 15 anos.

Mas os anos 80 chegavam junto com a moda totalmente indefinida e rídicula. Na época não ligava para essa coisa toda, mas olhando velhas fotos, vejo que ninguém vestia-se bem na época. Estávamos quase no futuro que se costumava ver nos filmes de ficção científica, quando no ano 2000, diziam, os carros voariam e os bebês seriam todos de proveta. Para preparar-me para tão moderna era fiz novas amizades em um novo bairro para o qual havia me mudado. Com essas amizades, aprendi a apreciar quadrinhos como arte, tomei contato com a doutrina espírita, passei a pesquisar discos-voadores e a sentir estranhas sensações perto de garotas. Datam dessa epóca minhas viscerais crises de paixões não concretizadas por uma colega de aula loira, a irmã loira de um amigo e uma amiga cinco anos mais velha (a tal morena de óculos!).

Porém, nem tudo era esquisito ou frustrante na minha adolescência, afinal eu começava a ganhar mesada e dinheiro fazendo pequenos bicos para os vizinhos, possibilitando a compra de muitos gibis e muitas idas ao cinema, o que junto com a literatura, acabaram tornando-se para mim o que a divina trindade é para os católicos.

Hoje, perto do novo milênio - sem sinal de carros voadores - , começo um novo capítulo em minha biografia, que é a tardia entrada na universidade, onde após muitas aventuras e desventuras amorosas e artísticas, buscarei aprimorar-me em prol da salvação da humanidade.

Mas se não der para salvar a humanidade, espero pelo menos poder salvar a minha.

Continua...


quinta-feira, 3 de julho de 2008

10 MOTIVOS PARA VOCÊ DESISTIR DE TER UM PET - Humor




Animais são o máximo, não são? Mas só bem longe, lá no meio do mato. Afinal, aqui estão...

10 MOTIVOS PARA VOCÊ DESISTIR DE TER UM BICHINHO DE ESTIMAÇÃO

  1. Quando é filhote, o bicho pode morrer de qualquer porcaria e aí você vai ficar triste. Se ele não morrer, seus pais vão descontar da sua mesada o que ele gasta em vacinas e remédios. Você fica triste igual.
  2. Sua mãe manda você sair no maior temporal pra comprar a ração pra gato que acabou e quando você volta toda ensopada, o bichano não quer nem saber.
  3. Você enpipoca toda e finalmente descobre que tem alergia à picadas de pulgas.
  4. Você chega em casa louca pra comer aquele churrasco que sobrou do almoço e descobre que deram tudo pro cachorro.
  5. Nas férias seus pais viajam e você fica pra cuidar do Rex.
  6. Você está se sentindo sozinha e carente. Olha para seu cachorro e ele... está dormindo de barriga pra cima.
  7. Além de ter as pernas e braços sempre arranhados, volta e meia você aparece com um corte feio em algum lugar porquê seu gatinho fica de maus bofes de vez em quando.
  8. Você está no maior clima romântico com seu namorado na sala quando o Fido solta uma bomba de fedor.
  9. Seu papagaio nunca repete o que você ensina pra ele e só fala os palavrões que seu irmão menor ensinou.
  10. A bola de pêlo morre e você e seu pai tem que sair pela madrugada procurando um local clandestino para enterrar a criatura.
Jerri Dias foi morto por um pequinês na encarnação passada.


Coluna publicada na CAPRICHO 928.

terça-feira, 1 de julho de 2008

HERLAND - A TERRA DAS MULHERES




A Autora

Charlotte Perkins Gilman (1860 – 1935) foi mais uma das grandes e hoje pouco lembradas pioneiras do Feminismo, que na época dela denominava-se Sufragismo, que era um movimento que lutava pelo direito ao voto feminino e outras liberdades que agora são desfrutadas pelas mulheres contemporâneas mas que eram consideradas absurdas na época delas. Para saber mais sobre ela, leia o livro ou clique no link (em inglês).



O Livro

O título vai direto ao ponto: trata-se de uma utopia feminista onde três exploradores chegam a um platô isolado por penhascos onde, pelos últimos 2.000 anos, mulheres longe de qualquer contato com o sexo masculino, construíram uma sociedade razoavelmente tecnológica e muito mais avançada em termos culturais, sociológicos e religiosos do que a sociedade dos homens (americanos) de 1915, ano em que o romance foi escrito.

A chegada de três homens a esse paraíso de Eva causa curiosidade entre as mulheres, desejosas de aprender sobre o mundo masculino, que em princípio, elas deduzem, ser melhor do que o delas, já que homens e mulheres convivem juntos. Aos poucos o machismo, o sexismo, os preconceitos e toda sorte de miséria cultural e humana do mundo dos homens vão sendo descobertos pelas mulheres de Herland.

Mais do que um romance original de aventura, Herland tenciona colocar em pauta as teorias econômicas e sociais da autora em como uma sociedade feminina poderia subsistir. 

Os três personagens masculinos são tipos bem distintos e representam cada um, um certo tipo de pensamento ou atitude masculina. Um é o intelectual liberal, que pondera e compara o mundo masculino e feminino e tenta subtrair o melhor dos dois mundos; outro é o ingênuo, o apaixonado pelas mulheres que vai desistir do mundo dos homens por uma vida de adoração e o último deles, como não poderia deixar de ser, um típico homem do seu tempo, um conquistador machista acostumado a ter todas as mulheres.

Como história, o livro é um pulp divertido, mas que cresce quando Gilman expõe suas idéias contra a ideologia e política da época. São nesses momentos que se percebe a autora décadas a frente de seu tempo.

Mas  apesar da inteligência de Gilman em vários aspectos da obra, ela força a barra na teoria da partenogênese, onde as mulheres de Herland são capazes de engravidar sem inseminação de qualquer tipo. Este fenômeno já foi observado em fêmeas de algumas espécies de pequenos lagartos e anfíbios vivendo num ecossistema sem machos, mas nunca em mamíferos.


Panfleto anti-sufragista (feminista) que circulava na época da autora nos EUA.
Passados quase 100 anos, muita gente no Brasil continua com esse tipo de mentalidade atrasada.


E sexo?! Claro que o livro não poderia deixar de falar das relações sexuais entre homens e mulheres, mas no que concerne às mulheres de Herland, o desejo de sexo foi totalmente sublimado e o conceito de casal sequer existe entre elas. O sexo é um instinto básico de qualquer ser vivo e fica difícil acreditar que as mulheres belas e saudáveis de Herland não sejam todas lésbicas e que não existam casais entre elas. Nesse aspecto Gilman demonstra ingenuidade ou talvez, um desapreço pelo sexo. Sentimento bastante comum para as mulheres da época, acostumadas com a insensibilidade e inaptidão dos homens do início do século passado

Literatura feminista e humanista recomendada para qualquer um que queira conhecer um pouco dos caminhos que nossos predecessores construíram para nós todos.

Trecho (tradução não-oficial)

“E quando nós dizemos mulheres, nós pensamos fêmea – o sexo.
Mas para estas mulheres, nesta constante e ininterrupta civilização feminina de dois mil anos, o termo mulher clamava por toda uma vasta bagagem, tão grande quanto elas tivessem chegado em desenvolvimento social; e o termo homem significava para elas apenas macho – o sexo.
É claro que poderíamos contar a elas que em nosso mundo o homem fez tudo; mas isto não alteraria o background de suas mentes. Que o homem, “o macho”, fizera todas estas coisas era para elas uma afirmação, causando mudança alguma em seu ponto de vista mais do que mudara o nosso quando encaramos pela primeira vez o surpreendente fato – para nós – de que em Herland mulheres eram “o mundo”."

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