terça-feira, 25 de maio de 2010

dar carne à memória I - Espetáculo de dança

Clique para ampliar.

Celebrando mais de 50 anos dedicados à dança, a primeira parte da celebração das obras coreográficas de Eva Schul, resgatando trechos dos espetáculos UM BERRO GAÚCHO (1977), HALL OF MIRRORS (1986) e CATCH OU COMO SEGURAR UM INSTANTE (2002). Em junho, DAR CARNE À MEMÓRIA II, com apresentações de solos e duos e previsto para 2011, DAR CARNE À MEMÓRIA III, a compilação de todo o material impresso, fotografado e gravado da obra da coreógrafa gaúcha.

28, 29 e 30 de Maio
Teatro Renascença
Av. Érico Veríssimo, 307 – Porto Alegre – RS
Sexta e Sábado – 21:00 h.
Domingo – 20:00 h.
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) – R$ 5,00 (estudantes, idosos, classe artística)

Visite o blog:

www.darcarneamemoria.wordpress.com

Quem mora em Porto Alegre e arredores, apareça!
Eu vou estar lá, afinal, sou o produtor ;-)

domingo, 23 de maio de 2010

JIM CARREY - Comédia



Jim Carrey é um dos melhores comediantes vivos. Uma pena que na maioria de seus filmes ele geralmente fique preso a roteiros sem graça e diretores sem inspiração.
Mas ver ele solto, sem ninguém segurando, é outra história...

sábado, 22 de maio de 2010

CAPRICHO 995

Banda de hard rock típica dos anos 80.
ELes tinham muitos fãs na época.
Hoje os fãs devem ter vergonha dessa banda como você terá das tuas daqui a 25 anos...

VOCÊ É REALMENTE FÃ DA SUA BANDA?

1. Uma nova banda aparece nos programas de TV...

a) Você odeia a nova banda que está aparecendo mais do que a sua favorita, só porquê eles pagam mais jabá para os programas e rádios.
b) Você joga todas as reportagens e posters da antiga fora, porquê, afinal, eles saíram de moda.
c) Você nem nota, pois não assiste TV, só DVDs da sua banda favorita.

2. Sua banda, que se dizia super-rebelde e contra o sistema, começa a fazer comerciais vendendo desde tampinhas coloridas de garrafa à produtos dietéticos...

a) Você compra todas as porcarias que eles vendem, afinal, tudo o que eles dizem é sincero e verdadeiro.
b) Você acha que eles estão se vendendo e troca eles pelos Rolling Stones, que pelos menos ficaram multi-milionários se vendendo.
c) Você nem nota, pois nunca prestou atenção nas letras mesmo, só acha eles super-gatos.

3. Um tumulto acontece no show mal-preparado e várias pessoas morrem pisoteadas, você...

a) Não quer nem saber, você conseguiu entrar, azar daquela menina que caiu na sua frente.
b) Começa a achar que a banda não vale essa histeria toda.
c) Nem nota, pois estava nos bastidores, depois de pagar uma nota preta para um dos guarda-costas.

MAIS A

Você é uma fã meia-boca, tudo isso que você faz, as outras também fazem. Seja mais original.

MAIS B

Você é uma fã volúvel. Troca de banda como quem troca de Marjorie Estiano para Rebelde.

MAIS C

Você é uma alienada que só vê rostinhos bonitos na frente. Não sabe o nome da banda que você diz que gosta e pagou uma nota preta para entrar nos bastidores de outro show.


Jerri Dias é fã de tantas bandas que nem sabe o nome delas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

GATINHAS JEDI - Comédia



Melhor que ter duas gatas te querendo em um bar, são duas gatas jedi te querendo em um bar...
Direção de Adam Green.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

CAPRICHO 994

"Emo." "Bicha."

DO DICIONÁRIO DA ADOLESCÊNCIA SEM PÉ NEM CABEÇA

Álcool. Substância líquida e transparente que, misturada com outras, fica gostosa e te deixa lelé se consumida em demasia. Facilita a desinibição em várias ocasiões, mas faz você cometer micos homéricos, como vomitar no colo menino que você estava à fim.

Balada. 1. Composição para coro e orquestra em tom sombrio e misterioso. 2. Nome dado as festas modernas por alguém que nunca leu o dicionário. 3. Local onde pessoas dançam, bebem, se conhecem, ficam, namoram, brigam e separam, não necessariamente nessa ordem.

Barbie. 1. Boneca loira, peituda e sem bunda. E se você serrar a cabeça dela, vai notar que ela também não tem cérebro. 2. O ideal da mulher americana, nada a ver com a brasileira. 3. Incentivadora de bulimia, anorexia nervosa e dietas do ar, da Lua, do Sol e outras coisas que não alimentam.

Cauã Raymond. 1.Ator global bonitão que tem as sobrancelhas juntas, o que, de acordo com o folclore, é sinal de licantropia. 2. Licantropia é a doença que faz o homem virar lobisomem. 3. Caso você venha a ser amiga ou namorada do Cauã, carregue sempre na bolsa uma arma com balas de prata.

Emo. 1. Moda entre adolescentes que gostam de músicas emotivas. Começou com o grupo Evanescence, que nem começa com Emo, mas sim com Eva. 2. De Emocionante, Emoldurar, Emolumento e de mais um monte de palavras que começam com emo, é só olhar lá no dicionário, eu tenho mais o que fazer.

Galera. 1.Matilha de menores de idade que gritam, fazem bagunça, falam alto, riem e perturbam os adultos que esquecem que um dia foram adolescentes. 2. Antigo barco romano com escravos remadores para onde muitos pais gostariam de mandar seus filhos.

Jota Quest. 1. Nome inspirado em desenho animado muito bom dos anos 70. Nome de banda muito ruim do final dos anos 90.

Malhação. 1. Ação de malhar. 2, Malhar = escarnecer, zombar. 3. Série de tv metida a realista onde adultos de 25 anos posam de menores de idade que não bebem, não fumam, tem pais super-legais, professores descolados e não fazem quase nada do que os adolescentes normais fazem. 4. Malhação = zombar do espectador.

MTV. 1. Canal de programas de auditório onde toca música maneira nos intervalos comerciais. 2. Antigo canal de vídeo clipes.

Rebelde. 1. Aquele que se rebela contra a autoridade constituída, mas que não está nem aí em ser escravo da moda e de se vender para fazer sucesso. E que no fim acaba ficando conservador igual aos pais.

Rio de Janeiro. 1. Cidade maravilhosa para ser assaltado, seqüestrado e levar uma bala perdida nos cornos. 2. Cidade maravilhosa para tomar um banho de mar enquanto fazem um arrastão na beira da praia. 3. Cidade maravilhosa para ver na novela ou em filmes, na sua cidade.


Jerri Dias não sabe procurar no dicionário.

sábado, 15 de maio de 2010

YANTO LAITANO - Entrevista


Conheci o Yanto em 1999, quando estava procurando um compositor para criar a trilha sonora do meu primeiro curta, A VINGANÇA DE KALI GARA. Nos demos bem imediatamente, pois eu não estava apenas procurando um músico que preenchesse determinados momentos no filme, mas como apreciador de trilhas sonoras desde os 13 anos, eu procurava alguém que me construísse uma alma e uma identidade para o filme e que fosse um apaixonado por trilhas como eu. E o Yanto era tudo isso e muito mais. Bom, o filme ganhou diversos prêmios, inclusive o mais do que merecido troféu de Melhor Trilha Sonora. Depois disso, realizamos mais duas felizes parcerias de curtas, onde Yanto também abocanhou mais um prêmio. Mas o Yanto não faz apenas trilhas de filmes, pois como todo artista nacional lutando por seu lugar ao sol, ele tem vários outros interesses e atividades, mas todas relacionadas à música, sua grande paixão.

Com vocês, Yanto Laitano:



Qual é a tua formação?

Eu sou graduado em música na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) onde também fiz meu Mestrado em Música. Também estudei por um tempo em Paris no IRCAM, uma instituição dedicada à pesquisa e à criação de música erudita contemporânea em Paris, e também na Hungria. Mas aprendi muito tocando por aí, tirando música de ouvido e tocando com outros músicos.

E quanto rolou isso de querer ser músico e cantor? Teve algum conflito com a família por causa de sua escolha?

Nenhum conflito ! Quando minha mãe viu eu usando um sofá como se fosse um piano e fazendo experiências com um toca discos ela me levou para fazer aulas de piano. Eu devia ter uns 8 anos e morava numa cidadezinha de 3 mil habitantes no oeste de Santa Catarina chamada Jaborá, as aulas eram na cidade vizinha Joaçaba. Logo comecei compor e tocar minhas músicas nas apresentações da turma de piano. Elas sempre eram muito aplaudidas, heheh. Um pouco mais tarde eu acabei montando uma banda na minha cidadezinha. Eu enchi tanto o saco de uns amigos que eles começaram a estudar música e a tocar comigo. Então o pessoal de Joaçaba, a cidade vizinha que era maior (tinha até sinal de trânsito!) ficava tirando onda com a gente, dizendo que éramos colonos. Um belo dia rolou um Jornal do Almoço ao vivo em Joaçaba. Como Joaçaba não tinha nenhuma banda de rock, quem tocou fomos nós, os colonos ! Os caras ficaram furiosos pois os caras de Jaborá foram lá e quebraram tudo ! Ai passaram a nos respeitar, passamos de colonos a descolados. =)

Quando chegou perto do vestibular e meu pai viu que não adiantava insistir pra eu fazer medicina, ele disse que se eu quissesse ser músico eu deveria fazer faculdade de música. Então eu vim para Porto Alegre, cidade natal do meu pai, pra fazer isso.



Você compõe música erudita contemporânea, música experimental, trilha sonora para filmes e pop rock. Existe algum desses estilos musicais que você gostaria de trabalhar mais?

Gosto muito de compor trilhas pra filmes! É um lance muito inspirador ver as cenas sem música, entender o que o diretor quer passar com aquilo e então criar a música para a cena. É um processo muitíssimo mais rápido do que partir do zero. Não há nada mais pertubador do que uma página em branco pois dá pra ir para qualquer lado e o que perturba é ter que escolher um dos caminhos e deixar os outros. Então é muito interessante e tranquilo quando há uma direção determinada por algo como um roteiro ou cena de um filme.

Ultimamente eu não tenho gostado de métodos cerebrais de composição do tipo que eu costumo usar pra criar música erudita. Tenho gostado muito de compor canções e tocar rock porque é algo muito intuitivo e que possibilita trazer para fora, para o mundo, o que está lá dentro. Então a folha em branco deixa de ser assustadora pois ela pode ser preenchida com aquilo que está lá dentro. E aí essas coisas não ficam lá dentro te perturbando... então é um processo de composição natural, muito verdadeiro e saudável. E penso que esse tipo de música composta dessa maneira bate no ouvinte de uma maneira especial. Nada se compara a fazer um show e ouvir as pessoas cantando tua música !!

Como é construir uma carreira nessa área?

É algo que tem que se gostar muito porque é um processo lento. Aprender a tocar bem um instrumento leva tempo, conhecer música leva tempo, compor coisas legais leva tempo, montar uma banda, fazer o primeiro show, colocar uma música numa rádio, tudo isso leva tempo. Então se não amar profundamente fazer todo esse processo você vai desistir nas primeiras dificuldades. O fato de nossa indústria musical ter uma estrutura muito fraca e incompleta deixa tudo mais difícil. Isso faz com que um músico, além de fazer música, tenha que ser seu próprio empresário e produtor. Mesmo com as ferramentas disponíveis atualmente isso continua assim. Então eu acho que o melhor é saber um pouco de tudo.

Posso dizer como funciona comigo: a maneira como as coisas rolaram na minha vida me possibilita atuar em diversas frentes. Então eu componho trilhas para filmes, documentários, espetáculos de dança, teatro e circo, faço shows, faço direção musical de discos e espetáculos, dou aulas, escrevo projetos de lei de incentivo, recebo direitos autorais... mas é um pouquinho de grana de cada uma dessas coisas. Hoje eu vejo que essa diversidade é fundamental pra minha sobrevivência artística e financeira. Se eu ficasse somente fazendo uma dessas coisas, talvez recebesse só aquele pouquinho reverente aquela coisa o que seria ruim ! Mas como são vários pouquinhos, eles vão sendo somados e acaba dando certo.



PEÇA PARA CÃES FAMINTOS
Experimentalismo, criatividade e cara-de-pau sem limites!



Fale um pouco de seus projetos anteriores, do Ex-Machina, da Bili Rubina.

Eu estive muito tempo envolvido com arte contemporânea. Desde que eu entrei na faculdade de música, e depois no mestrado ou quando estudei na Europa, eu me afastei da música pop e me dediquei à música experimental, não-comercial. Não só trabalhei compondo esse tipo de música mas também trabalhei pra fazer com que essa música acontecesse. Participei da criação de um grupo de compositores de música experimental, chamado Ex-Machina, escrevi muitos projetos para gravação de discos, organizei turnes e festivais onde só se tocava música experimental.

Produzi diversos CDs do estilo, inclusive dos meus professores do mestrado em música. Aquilo tudo foi muito bom ! Mas chegou um momento em que não me bastava. Eu queria tocar um tipo de música que tivesse mais comunicação com o público, uma música que pudesse passar mensagens com as quais as pessoas pudessem se identificar. Então eu voltei para a música pop. Isso foi há uns três ou quatro anos e está sendo muito bom.

Cartaz do show de 10 anos da banda.

Ganhar prêmios te ajudaram na carreira? Como?

Sim, ajudam! Mesmo que o prêmio não venha acompanhado de grana, através dele sempre surgem convites pra outros trabalhos. E as pessoas, mesmo aquelas que não sabe exatamente o que o artista faz, passam a ter mais respeito por ele.

E como vai sua carreira solo, sei que tem um CD novo no forno...

O CD acabou de chegar da fábrica!! Chama-se "Horizontes e Precipícios" e tem doze canções, quatro delas já podem ser ouvidas na minha página no myspace . Resolvi fazer um CD onde o instrumento principal é o piano acompanhado por baixo e bateria.

Também fiz arranjos usando trompete, trompa, sax, cordas, clarinete mas deixei de fora as guitarras. Fiz isso propositalmente porque apesar de gostar muito do timbre de guitarra e ser fã de Harrison, Hendrix, Clapton, Zappa e tantos outros, eu penso que nesses tempos onde parece que tudo já foi feito e que paira uma mesmisse no ar, é legal abrir caminhos alternativos, buscar outras direções. Então fiz um CD de rock sem o instrumento mais característico do estilo: a guitarra. É um CD de rock sem guitarras.

Além disso, as canções possuem muitas referências, algumas bem a vista e outras escondidas, de Mário Quintana a Mutantes passando por Caetano Veloso, Charly Garcia, Ben Folds Five, Tolkien e o Sargent Peppers dos Beatles. Fiquei muito feliz com o resultado... gravei tudo como eu queria e não deixei passar nada que eu não estivesse satisfeito.

Então eu achei que ficou ducaralho! Iremos começar a vender o CD nos show como pré-lançamento. Quando rolar o lançamento oficial vamos avisar todo mundo !

Show de 25 anos da rádio Ipanema FM.

Já que esse blog é lido por muita gente jovem, que conselho você daria pra quem está pensando se vale a pena ser músico?

Se você pensa em ser músico pra ficar famoso e milionário é melhor escolher outra profissão. O que eu quero dizer é que você pode muito bem ficar famoso e rico mas esse não pode ser o objetivo! Isso é uma consequência, é algo que acontece com alguém que é um músico excepcionalmente bom ou que tem algo especial pra dizer para o mundo.

A maioria das pessoas entra na música para ganhar algo do mundo mas é o contrário, tem que criar algo de bom pro mundo. E tem que ter muuuita paciência porque as coisas demoram. E como as coisas demoram é bom estar curtindo muito o que se faz.



A EQUILIBRISTA


Escute as músicas de Yanto Laitano no Myspace!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TESTE VOCACIONAL - Humor

O Ballet é uma opção de 9 entre 10 meninas.
Mas ser Primma Ballerina é para poucas, pois a concorrência é grande...


O vestibular está chegando e você não tem a mínima do que quer fazer da vida?
Sem stress, é só fazer o...

TESTE VOCACIONAL DO DR. WAGHABÜNDICH!

1) Se você vê seu irmão sentado no sofá da sala com as pernas na mesinha, você pensa...

a) “Ah, quando sou eu que faço isso eu levo bronca!”
b) “Hmm, tá me dando uma preguiça...”
c) “Ih, o tênis dele tá com cocô de cachorro e tá sujando a mesa.”

2) Quando você vê um casal de velhinhos andando na rua, você pensa...

a) “Que gente mais feia, eu nunca vou ficar velha!”
b) “Olha só, o velho colocou a cueca por cima da calça!”
c) "Que bonitinho, caiu a dentadura dela na calçada e ele abaixou pra devolver pra ela.”

3) Quando você vai transar com seu namorado pela primeira vez, você pensa...

a) “Ai meu Deus, não me deixa ter um ataque de riso!”
b) “Tomara que ele não note minhas estrias.”
c) “Eca, que nojo!”

MAIS A

TOP MODEL

Modelos não podem ser deselegantes como seus irmãos, só andam com galera jovem e bonita e tem ataques de riso por falta de sono e comida.

MAIS B

NEUROCIRURGIÃ

Médicos só pensam nas suas férias no Caribe e tem olho clínico para os mais sutis problemas mentais e seqüelas físicas.

MAIS C

BAILARINA CLÁSSICA

Bailarinas andam na sapatilha de ponta para desviar mais fácil do cocô de cachorro na rua, adoram se abaixar até o chão sem dobrar a perna e tem nojo da primeira bailarina.

Jerri Dias fez teste vocacional e vai ser Ditador.


Coluna publicada na Capricho 993.

sábado, 1 de maio de 2010

TROVÃO TROPICAL (Tropic Thunder, EUA, 2008) - Crítica Retrô


Sinopse

Três atores consagrados e um rapper protagonizam mais um épico sobre a Guerra do Vietnã. Egocêntricos, neuróticos e um tanto loucos, eles acabam se colocando em uma situação de guerrilha real pensando que ainda estão atuando no filme.


O personagem de Stiller sempre salva a pátria. E o mundo de lambuja.

O diretor


O diretor e ator Ben Stiller tem uma carreira bastante irregular em termos de comédia. Apesar de sua popularidade geralmente permanecer intacta diante do grande público, para os críticos ele geralmente é um ator e diretor mediano que volta e meia decepciona tanto quanto surpreende.

QUERO FICAR COM POLLY; DUPLEX; OS EXCÊNTRICOS TEENENBAUMS; HERÓIS MUITO LOUCOS; CAINDO NA REAL; SEUS AMIGOS, SEU VIZINHOS”; QUEM VAI FICAR COM MARY e O PENTELHO são os títulos na extensa filmografia de Stiller em que ele consegue exibir seu talento em bons roteiros.

Os atores

Ben Stiller é Tugg Speedman, herói de filmes de ação mega-trash onde ele sempre salva o mundo, mas que quer ser reconhecido por seu talento dramático, que ele aparentemente não tem. E como ator, Stiller sempre foi reconhecido por suas comédias, embora volta e meia ele mesmo tente papéis dramáticos em filmes menores, mas sem muito sucesso.

Jack Black zomba de si mesmo.

Jack Black é Jeff Portnoy, comediante viciado em drogas que só faz comédias estilo baixaria. Inspirado em John Belushi, Eddie Murphy e nele mesmo, essa é uma das poucas performances decentes de Black.

Brandon T. Jackson é Alpa Chino, um rapper fodão que esconde sua homossexualidade através de letras sexistas, machistas e misóginas. Mais um deboche às muitas produções que escalam cantores famosos simplesmente para garantir mais bilheteria através dos fãs.

Robert Downey Jr. é Kirk Lazarus, o super ator ganhador de 5 Oscars convidado a emprestar seu nome e talento para dar respeitabilidade ao filme de guerra cheio de clichês. Ator do “Método”, Lazarus passa por uma cirurgia para se transformar em um sargento negro e nunca sai de seu papel, criando conflitos étnicos com Alpa Chino o tempo inteiro. Ironicamente, Downey Jr. acabou ele mesmo concorrendo ao Oscar 2009 de melhor ator coadjuvante por sua sátira aos atores oscarizados.

Downey Jr. interpreta um personagem negro clichê que enfurece o rapper negro Alpa Chino.

Tom Cruise é Les Grossman, o horroroso e desbocado chefão do estúdio produtor, cujos valores pessoais de vida são uma conta bancária enorme e mulheres para transar. Se não fosse Tom Cruise, Downey Jr. teria sido a melhor coisa do filme, mas a bizarra caracterização de Cruise gordo e feio neste papel é o melhor achado do filme. Ainda bem que ele e Downey Jr. nunca estão na mesma cena juntos ou seria difícil saber em quem prestar atenção.





O filme


TROVÃO TROPICAL é um daqueles filmes em que você acha que todas as piadas boas estão no trailer, e é uma hilária surpresa ver que o filme é muito mais engraçado que o trailer. Provavelmente o melhor e mais inspirado trabalho de Stiller até o momento.

Geralmente filmes desse tipo, com atores com Ben Stiller e Jack Black, acabam sendo filmes com um fiapo de roteiro onde parece que deixam toda a comédia ser feita através da improvisação dos atores, o que geralmente acaba em piadas sem graça alguma, pois não um objetivo a ser alcançado ou uma estrutura coerente para se construir a narrativa.

Por sorte, Stiller e Justin Theroux escreveram um bom roteiro e parecem seguí-lo, pois as situações cômicas vão sendo construídas e elaboradas até uma resolução real e verdadeiramente divertida.

E com um bom roteiro e bons personagens, atores decentes e bons podem fazer maravilhas.

Filme dentro de filme, ator dentro de ator, o filme é uma salada metalingüística e uma sátira bem-humorada e criativa sobre Hollywwod, os estúdios e seus atores de ego inflado-quase-explodindo.

Certamente uma das melhores críticas debochadas à indústria cinematográfica americana que há para se assistir e a melhor comédia de 2008.

Imperdível!



Os créditos finais! Veja Cruise rebolando e arrasando!


ENQUANTO ISSO...

Acabaram as pulseiras do Sexo? Use o Colar do Mico!

E como sempre, bobagens lá no meu blog da Capricho.