quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CAPRICHO 984

Não, o amor da sua vida não é diferente dos outros homens!

Agora que vocês já são quase adultas, está na hora de dar...

ADEUS ÀS ILUSÕES!

1. Não, você não vai casar com o príncipe William!

2. Sabe o seu primeiro amor que vai durar para toda a vida?... Vai acabar!

3. Se você acha que é imortal, sinto muito, você não é!

4. Os livros do Harry Potter vão parar de ser escritos!

5. Você não vai conseguir atingir a marca de ficar com 1.000 gatinhos em dez anos!

6. O Jota Quest nunca vai ganhar um Grammy!

7. Prepare-se para engordar de 10 à 20 quilos nos próximos 20 anos!

8. Sabe aquele presente de Natal que você está esperando?... Não vai rolar!

9. Esse papo de isso nunca vai acontecer comigo?... Parabéns! Você está grávida!

10. O Brasil vai ser sempre o país do futuro... que nunca chega!

11. Seus planos de ser rica, famosa e linda... Você vai ter que escolher só uma alternativa!

12. Os seus pais se separaram?... Eles não vão voltar!

13. Se você acha que a adolescência é um inferno e quer fazer 18 de uma vez... você não perde por
esperar!

14. Nem todo namorado vai ser o máximo... tem sempre um que vai ser o maior safado!

15. Todas as coisas boas que você faz, voltam para você... na próxima reencarnação!

Jerri Dias cansou de ser bonzinho.


E que 2010 seja o Ano em que faremos Contato!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MONDO URBANO – Quadrinhos

Capa da primeira edição.


A Mondo Urbano é a união de três talentosos ilustradores nacionais na tentativa (aqui, sempre são tentativas) de publicar quadrinho nacional de qualidade com um apelo mais pop.

Nesse caso nem é pop, mas hardcore mesmo, já que os quatro exemplares lançados narram as desventuras de uma banda de heavy metal chamada DEMO, de seus fãs e groupies. Apesar do roteiro ser um tanto clichê para quem já leu tantos quadrinhos como eu, para os mais jovens ou iniciantes na área, tenho certeza de que as dramáticas, bizarras e hilárias histórias dos personagens vão parecer bastante originais.

A banda DEMO não tem esse nome de graça...


Mas apesar da história não ser novidade para um veterano das HQs como eu, a narrativa não-linear ao estilo PULP FICTION dá um certo frescor ao roteiro, que também tem bons diálogos. E claro, os desenhos de Mateus Santolouco, Rafael Albuquerque e Eduardo Medeiros, revezando-se nos capítulos, são modernos e de traço seguro, coisa rara de ser ver em certas publicações nacionais.

Ajuda, claro, o fato dos três ilustradores terem diversos trabalhos publicados por editoras americanas, o que fortaleceu em muito sua arte e profissionalismo.

As três primeiras edições estão esgotadas, mas se você procurar nas comic stores e sebos, você deve encontrá-las. Ou o jeito é esperar uma versão encadernada.

Wallpaper da segunda edição.

Visite o site pra conhecer mais dos gibis e dos autores:

MONDO URBANO

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

METHOD CONTEMPORARY DANCE - Dança





CLAUDIA, do grupo Method Contemporary Dance com coreografia de Bradley Michaud. O grupo é de Los Angeles, EUA.

Reparem nos movimentos dos bailarinos, emulando um filme em velocidade contrária.


100.000 VISITAS!

Ontem, dia 21 de dezembro de 2009, o blog atingiu esse número mágico!

Meu presente de Natal de todas as leitoras e leitores deste (não tão) humilde blog!

Muito obrigado, gente!

sábado, 19 de dezembro de 2009

CAPRICHO 982

O Tom Cruise queimou o filme quando a polícia pegou ele rodando bolsinha na quadra...

Você acha seus micos horríveis? Então veja só...

DEZ TIPOS DE MICOS QUE CERCAM OS FAMOSOS!

1. Ser confundido com outro:
“Eu te adoro, Gianechini!” “Eu não sou o Gianechinni, eu sou o Szafir.”

2. Ter seu papel levado a sério demais:
“Olha o bichinha da novela!”

3. Ter seu nome envolvido em boatos de mau-gosto:
“Meus pêsames, acabei de ler que você está com AIDS.”

4. Se separar do namorado, também famoso, e no outro dia ver na TV que ele já estava com outra!

5. Ver fotos suas só de calcinha dentro de casa publicadas em revista de circulação nacional!

6. Se você dá uma engordadinha, todo o mundo comenta!

7. Você tem que bater ponto e pagar mico dançando, cantando e levando torta na cara nos programas da sua TV!

8. Você ainda é famoso mas ninguém mais te chama, mas as pessoas que te vêem na rua falam:
“Porquê é que você não volta para a TV?”

9. Fazer uma campanha milionária para a Coca-Cola e ser flagrada tomando Pepsi!

10. Filmar você transando com seu namorado e de repente essas imagens vão parar na internet!


Jerri Dias já foi confundido com o Tom.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O FIM



Foram 14 anos e seis meses,
maravilhosos,
chatos,
engraçados,
preguiçosos,
aventureiros,
feios,
lindos...

Saudades...

sábado, 5 de dezembro de 2009

BATMAN – DEAD END (EUA, 2003) - curta



Este curta foi feito pelo diretor Sandy Collora em uma tentativa de mostrar seu talento na direção e tentar reativar a franquia de Batman no cinema com ele no comando, claro.

Infelizmente Collora não foi chamado pela Warner para dirigir o novo Batman, acabaram optando por Christopher Nolan....

Mas esse curta surtiu o efeito desejado em reativar a franquia, pois com ele, finalmente Batman tinha um filme que realmente reproduzia fielmente e com competência o personagem que todos os fãs queriam ver nas telas.

E todos viram que isso era possível, bastava um pouco de vontade e coragem.

Graças ao interesse que esse curta despertou em todo lugar onde era exibido e no You Tube, com 2.500.000 acessos fez a Warner repensar a franquia e trazer um Batman mais próximo da sua versão bidimensional e do próprio curta.

Até o lançamento de BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS, em 2008, este era o melhor filme do Batman jamais feito.

Se você curte quadrinhos, preste atenção na fotografia,que evoca a todo momento a arte de Alex Ross.

E caso ache estranho a inclusão de personagens de filmes nesse curta, fica a informação de que nos quadrinhos, Batman já enfrentou eles anos atrás e o diretor Sandy Collora trabalhava como técnico de efeitos especiais no estúdio que produziu estes personagens e aí ficou fácil pra ele utilizar eles.

O curta custou apenas U$ 70,000.00, pois muitos trabalharam de graça ou por cachês simbólicos, senão teria custado facilmente dez vezes mais.

Apague as luzes, coloque em tela cheia e divirta-se.


ENQUANTO ISSO...

Se você gosta de escrever humor, participe do concurso de colunas do meu blog da CAPRICHO.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CAPRICHO 981

Tubarões mutantes também atacam mais no Verão...





O Verão chegou e com ele...





DEZ COISAS ODIENTAS E CALORENTAS!





1. Baratas! Baratas! E mais baratas!



2. Dias mais longos e portanto, mais Sol na moleira!



3. Gente suada e fedendo, inclusive você!



4. Restaurantes, bares e cinemas com ar condicionado funcionando no mínimo!



5. Você sai do banho fresquinho e em 5 minutos já começa a suar!



6. Ficar menstruada (é, eu nunca fiquei, mas imagino que deve ser pior no Verão...)!



7. Ir até aquele laguinho na serra e descobrir que o esgoto está sendo despejado lá!



8. Mosquitos que não te deixam dormir, e quando deixam, é para chupar o teu... sangue! Claro,

cabelo é que não é, né?!



9. Entrar em balada forno de microondas!



10. Achar que vai vir uma frente fria da Argentina e ela manda dizer que não vem porquê aqui tá muito calor!





Jerri Dias derreteu.







ENQUANTO ISSO...





Se você ama ou odeia SPAMs, você tem que ler minha nova coluna!





E eu comemoro 200 edições de CAPRICHO lançando um concurso de colunas. Não deixe de participar!



Clique aqui!







segunda-feira, 30 de novembro de 2009

COFFEE IS MY BOYFRIEND – Blog Convidado

A Cristina de Souza tem 20 anos e mora ora em Palhoça, ora em Joinville, ambas em Santa Catarina. Não sei por quê. Uma hora dessas eu pergunto...
Mas o que interessa agora é conhecer o que se passa na cabeça e na vida dessa judoca que constrói textos que começam de um jeito que parece que não vão dizer nada e no final dizem tudo...

E se gostar dessa crônica da Cristina, muitas mais no Coffee is My Boyfriend.


CAFÉ

Andava na rua, no frio, alheia a tudo. A garoa teimosa caia, e o dia estava pateticamente cinza.

Em passos apressados, ia a lugar nenhum. Viu uma doceria que parecia aconchegante, tudo que precisava era tomar um bom café pra colocar as idéias no lugar. Não hesitou em entrar. Mesmo com seu jeito enfático, ninguém pareceu notar sua presença. Ninguém se moveu. Era tudo meio cinza lá dentro também, mas era quente. O cheiro de café fresco e os doces na vitrine, convidativos. Sentou-se em uma das mesas com a toalha xadrez desbotada, e escolheu um capuccino tipo italiano com chantilly.

Enquanto esperava observava as pessoas afundadas em seus jornais lendo as rotineiras notícias de violência com um mesmo ar inexpressível de quem lê horóscopo. Era assim que acontecia, todos os dias a mesma coisa, e todos nós conformados, pensou. Mas assim que chegou seu capuccino, numa visão deslumbrante de chantilly derretendo, esqueceu de tudo.

Quando o paladar pode sentir o gosto perfeito do café com chocolate, ela sentiu como se não houvesse mais nada a se preocupar. Esqueceu dos próprios problemas que a faziam andar na rua num dia de garoa, problemas que julgava serem os maiores do mundo. Enquanto bebericava lentamente o capuccino, ia pensando que não havia graça em viver. Não tinha as roupas que desejava, brigara com os pais porque os mesmos não a deixavam voltar de madrugada as festas, e tinha um namorado por conveniência, que parecia nem ligar para sua existência. Mas algo a tirou de seu mundinho imperfeito: mãos pequenas e unhas sujas, que ofertavam jujubas.

Ao ver as mãos, observou tudo, os pés com chinelos, as roupas surradas e úmidas, os olhos. Os olhos brilhantes, mas um brilho de súplica. Encarou esses pequenos olhos, bem no fundo, e foi como se algo a tivesse despertado para o mundo. O mundo real, onde os problemas vão muito além de brigas com namorados ou preço de sapatos.

Ali na sua frente a realidade crua, nua, vendendo nada mais que jujubas, com um sentimento de culpa por estar tentando sobreviver.

Encarou o olhos.

Não comprou jujubas. Não pôde.

Num ápice, abraçou o menino sujo. Assustado, hesitou por um momento, mas cedeu.

Ali, em uma cena que soava a compaixão, duas pessoas ganharam o mundo. A menina, por perceber que existe algo além de seus próprios caprichos, e o menino por saber que apesar de tudo, não se pode deixar perder o amor à vida.

Quando largou o menino, o brilho nos olhos dele já não era de súplica: mas sim de esperança.

Apressadamente, ela pagou o café, pagou um café para o menino, e foi-se.

E, apesar da garoa teimosa, nada parecia mais cinza.

E o menino, quase sem entender, sorriu. Não vendeu jujubas, vendeu realidade.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ARVO PART – Spiegel im Spiegel – Vídeoclip


Cenas do filme O ESPELHO do cineasta Andrei Tarkovsky, que um fã editou, acrescentando a música de Arvo Part.

Sempre gostei de música clássica, acho que desde criança, mas não sei quase nada de música erudita contemporânea e quando li a revista BRAVO n° 1 me deparei com uma extensa matéria falando de Arvo Part, um compositor erudito da Estônia. A matéria falava de seu talento extraordinário, de como sua música era sublime e penetrava na alma das pessoas.


Bom, fiquei empolgado com a matéria e pedi um CD de Natal pra Xanda e ganhei. Confesso que a princípio tive uma certa dificuldade para entender os acordes dissonantes e a melodia complexa, mas lá pela 5ª vez que escutei o CD, comecei a “entender” a musicalidade dele e a apreciá-la.


E adorei.


Hoje, Arvo Part está entre meus compositores favoritos de depois que passei a conhecer seus trabalhos, percebi que vários dos grandes cineastas utilizam suas composições em seus filmes.

Essa música que postei aqui é, digamos, mais "fácil" e se traduz por “Espelho no Espelho”.

Apreciem a beleza e a melancolia que ela evoca.


ENQUANTO ISSO...

A Ana Carolina fez uma entrevista bem bacana comigo lá no blog FALA SÉRIO. Tem até umas fotos de quando eu era bonitinho, e não esse trapo velho de hoje...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

10 PLEBISCITOS QUE VÃO DAR SIM! - Humor

Você sabia que a MTV era um canal de música e passava vídeo clips 24 horas por dia?
O clássico clip de Robert Palmer...

 

...e a resposta de Shania Twain!


O Governo e a Rede Globo levaram o NÃO na Proibição das Armas, mas como fiquei com pena, criei...

10 PLEBISCITOS QUE VÃO DAR SIM!

1. Malhação deve virar matéria obrigatória no currículo escolar?

2. Os corruptos brasileiros devem ser açoitados em frente ao Congresso Nacional e depois jogados numa ilha deserta cercada de tubarões?


3. Rock stars e astros de Hollywood devem ter isenção de imposto para vir morar no Brasil?


4. Celular deve ser considerado necessidade básica e o minuto passar a valer apenas um centavo?


5. Todo brasileiro deve ter direito e acesso gratuito a internet banda larga?


6. O vestibular deve ser adiado para depois dos 21 anos para dar tempo ao jovem decidir melhor a profissão?


7. O Horário Político gratuito deve ser restrito a exibições somente às 6 da manhã?


8. A MTV deve voltar a exibir videoclips ao invés de programas de auditório?


9. O governo brasileiro deveria respeitar a Constituição e aumentar o salário mínimo em seu valor real?


10. O Jota Quest deve ser proibido de compor e cantar canções no Brasil?


Jerri Dias deve continuar a escrever bobagens impunemente?


Coluna publicada na Capricho 980.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

DIÁRIO DE BORDO - conto



Atlântico, 14 de agosto de 1916.

A missão foi um sucesso. O Victory afundou ontem, por volta das 23 horas. A maioria estava dormindo. Todos os 360 passageiros e tripulantes morreram. O mar está repleto de destroços. O submarino Wolffkrieg deve me apanhar nestas coordenadas dentro de dois dias. Tenho provisões para três. Salve o Imperador Guilherme II.

Atlântico, 15 de agosto de 1916.

Esta noite escutei gemidos estranhos vindos do sul. Não consegui ver nada. A noite não teve lua. Bebi água demais ontem e hoje por causa do Sol. É muito quente durante o dia e esfria demais à noite. O cobertor que trouxe não é suficiente.


Atlântico, 16 de agosto de 1916.

O Wolffkrieg virá hoje. A qualquer momento poderei divisá-lo no horizonte. Uma barbatana de tubarão emergiu à 10 metros do meu bote e mergulhou. Já fazem duas horas. Deve ter ido embora. Será que toda aquela carne inglesa não os saciou?

Atlântico, 17 de agosto de 1916.


O Wolffkrieg não veio. Deve ter acontecido algum imprevisto. Deve chegar hoje. Estou queimado de Sol. Minha pele dói e coça. Não posso mais encostar nas bordas do bote. Fico coberto a maior parte do tempo. De vez em quando me molho para me refrescar, mas não gosto de colocar a mão na água por causa dos tubarões. A água está acabando e só me sobrou um pedaço de salsicha.

Atlântico, 18 de agosto de 1916.

Tenho um convidado. É um sobrevivente do Victory. É um compatriota e tem o mesmo nome, Jurgen. E pensar que quase atirei nele quando o vi agarrado num destroço... Será bom ter companhia. A comida e a água acabaram e a merda do Wolffkrieg não apareceu!

Atlântico, 19 de agosto de 1916.

Ontem vimos dois tubarões. Não apareceram mais. Jurgen e eu contamos piadas de ingleses para aliviar a tensão. Não temos linha para pescar. Meu corpo tá todo dolorido das queimaduras.

Atlântico, 20 de agosto de 1916.

Inexplicavelmente Jurgen sabe que fui eu que explodi o navio. Como? Eu não contei. Mesmo um compatriota alemão não poderia saber que sou um sabotador. Perguntou se eu não estava com remorso. Disse que não sabia do que estava falando, que era tão vítima quanto ele. Cadê a porra do submarino? Será que ele estava com a família?

Atlântico, 21 de agosto de 1916.

Estou com fome e sede. Vomitei boa parte da água salgada que tomei há pouco. Acho que vou ficar doente. Ontem à noite vimos fumaça de navio. Queria chamá-lo, mas não tinha jeito. Comecei a chorar e Jurgen ficou só olhando. O Wolffkrieg deve ter sido afundado. É por isso que ele não veio. Acho que vamos morrer. Jurgen continua com suas acusações. Perguntou se eu gostaria de ter minha família mandada pelos ares como fiz com os ingleses. Como ele sabe que tenho família? Eu o mandei tomar no cú e disse que távamos numa guerra. Ele disse: "E daí?". Jurgen é louco. Se continuar assim vou ter que matá-lo. Tenho medo de ficá sozinho.

Porra do Atlântico, 22.8.16

Estou com febre e não quero escrever muito. Jurgen continua falando baboseiras da guerra e das pessoas que matei. Quero fazer ele calar a boca mas estou fraco demais. Minhas mãos tão tremendo. Que merda!

água pra caralho, 23.8.16.

Decidi matar Jurgen. Tô doente e ele não pára de falá nos mortos. Ele sabe até o nome dos navio que afundei. Cheguei a conclusão que ele é um traidor e tem que sê morto. Um verdadeiro alemão não acusa um soldado da pátria mãe por cumprir seu dever.

Diário de bordo do Wolffkrieg, 25 de agosto de 1916.

Encontramos ontem o corpo do tenente Jurgen Ludendorff em um bote à quase 15 milhas do ponto de encontro. A solidão, aliada a falta de água e comida devem tê-lo levado ao suicídio. Embora no seu "diário de bordo" verifique-se a presença de outro homem, não encontramos nenhum indício dele no bote. E mesmo que Jurgen possa tê-lo feito atirar-se na água para depois matá-lo com a pistola, é de estranhar que a pistola tivesse todas as balas, só faltando a que o tenente Ludendorff usara em si mesmo. Apesar do ato reprovável, recomendarei uma medalha por seus valorosos serviços.


Porto Alegre, maio de 1993.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

TERRÁQUEOS (Earthlings, EUA, 2005) – Documentário



Em 2006 achei este documentário meio que por acaso no You Tube e o assisti todo na hora. O documentário é narrado pelo ator Joaquin Phoenix, tem trilha sonora do Moby e pelo menos metade dele foi filmado com câmera escondidas.

Eu já sabia, como muita gente esclarecida sabe, que muitos animais, dos domésticos aos selvagens, são maltratados das mais diversas maneiras, sejas das mais simples como trancá-las em um zoológico às mais insanas como espancamento gratuito.

Mas eu não imaginava que a brutalidade e a loucura do ser humano fosse tão abrangente quanto sem sentido.

Eu fiquei com ódio (não raiva, ódio mesmo!), com pena dos animais e até de algumas das pessoas que são obrigadas a torturá-los e matá-los por dinheiro e com muita vergonha de fazer parte disso.

Eu chorei quase todo o tempo em que assisti o documentário.

E as imagens do que eu vi ainda me assombram, me entristecem e me fazem chorar.

Eu espero que você tenha forças pra ver até o final, pois pelo que vi, poucos conseguem assistir até o final.

Claro, a maioria de nós pode sempre dizer que sabemos que essas coisas acontecem, assim como eu pensava que sabia e que tinha uma noção razoável do que acontecia em matadouros, em circos, em laboratórios, em canis... mas depois de ver isso eu percebi que eu não sabia porra nenhuma!

O documentário, claro, busca angariar simpatizantes à causa vegana e de direitos dos animais, o que é justo, mas quase impossível, pois o bicho homem surgiu e floresceu graças ao consumo de carne. Sem carne nossos cérebros não teriam evoluído e nós ainda estaríamos vivendo como nossos primos das selvas. Isso não é bom nem ruim, foi apenas algo que aconteceu. Mas como agora somos seres racionais até certo ponto e dotados de empatia (capacidade de sentir/imaginar o que o outro sente), não precisamos fazer 90% do que é mostrado neste documentário e ainda assim o fazemos.

E para diminuir essa crueldade absurda, existem diversas pequenas atitudes que podem ajudar nossos companheiros e vizinhos animais: diminuir o consumo de produtos de origem animal, evitar comprar produtos de higiene de empresas que fazem testes com animais (a Body Shop é uma marca que NÃO faz testes com animais), tratar seu animal de estimação com respeito e como um animal (e não como gente), dar preferência por adotar animais de rua do que os de raça, não visitar zoológicos ou circos que utilizem animais, etc.

Mas caso você pretenda parar totalmente de consumir produtos de origem animal, consulte um nutricionista antes, visite sites confiáveis sobre comida vegetariana e vegana, mas ainda assim, lembre-se que seu corpo pode não estar pronto para se adaptar a viver sem carne. E pode até mesmo nunca estar. Infelizmente essa não é uma decisão que depende exclusivamente de uma mera racionalização. Cada corpo tem suas próprias necessidades nutricionais. Tenha isso em mente.

Quer saber mais, como ajudar, participar, esclarecer dúvidas, dar sugestões sobre os direitos dos animais?

Visite Direitos Animais!


Toda vida é sagrada!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CAPRICHO 979

Se o Justiceiro existisse, ele teria votado SIM.
Iria facilitar muito o trabalho dele.


Pois é, o NÃO venceu e agora você tem que se cuidar para não ser...

A PRÓXIMA VÍTIMA!

E para não ir mais cedo para a Terra dos Pés-Juntos, siga essas instruções:

1. Se você mora em cidade grande, tipo Sampa ou Rio, saia daí imediatamente e vá para uma cidade pequena.

2.Mas como todo mundo resolveu seguir a primeira dica, a cidade pequena virou uma megalópole cheia de crime e tráfico. Compre um sítio no meio do nada e vá para lá.

3.Ih, os Sem-Terra invadiram o seu sítio improdutivo e só vão sair da lá à bala. Você acredita em soluções pacíficas, mas a PM não. Compre um terreno na Floresta Amazônica.

4.Você construiu uma casa no alto de uma árvore, mas madeireiros clandestinos derrubaram a árvore e sua casa junto. Vá morar com os Ianomâmi.

5.Os Ianomâmi estão em conflito com os garimpeiros e se preparam para a guerra contra os brancos. Saia dali, pois esse bronzeado de praia não vai enganar eles muito tempo.

6.Você vai para a fronteira, mas os traficantes colombianos e o exército brasileiro vivem trocando tiros por lá. Você volta para sua cidade.

7.Você sai para a balada com as suas amigas e vocês são assaltadas na primeira sinaleira.

8.Você volta apavorada e deprimida para casa. Vai para a Internet e se cadastra num Intercâmbio.

9.Você vai para o aeroporto. Adeus Brasil, olá Dinamarca!

10.Ao chegar lá, fica sabendo que a Al-Qaeda colocou a Dinamarca como próximo alvo em seus atentados terroristas.

Jerri Dias acha que o negócio é mudar de planeta.

P.S. - Esta postagem é sobre o plebiscito do desarmamento que rolou em 2005.


90.000 VISITAS!

Uhú! Fazendo 100.000 em Dezembro! Valeu gente!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

TV PIRATA – Série Brasileira


TV PIRATA, inteligente demais para durar.

Provavelmente o melhor programa humorístico da TV brasileira até o momento. Apesar da edição e do timing da direção serem um pouco lentos para os padrões de hoje, o excepcional talento dos atores, o texto inteligente, a sátira mordaz e o deboche completamente anárquico fizeram de TV PIRATA um dos programas mais cultuados pelos fãs de humor nonsense.

Nitidamente inspirado nos programas MONTY PYTHON’S FLYING CIRCUS e SATURDAY NIGHT LIVE, TV PIRATA exibia quadros curtos onde tinham liberdade para debochar de praticamente tudo: desde o infame ex-presidente Collor até super-heróis.

Produzida pela Globo entre 1988-90 e 1992, a série foi criada pelo diretor Guel Arraes e pelo roteirista Cláudio Paiva, mas o grande ás na manga eram os roteiristas contratados: Luis Fernando Veríssimo, Laerte, Glauco e todo o pessoal do Casseta & Planeta, que sempre escreveram muito melhor do que atuam.

Com roteiros escritos pelo melhores humoristas do país, Guel teve a bela sacada de contratar atores tão bons e talentosos para o programa e aí tivemos a graça de assistir Débora Bloch, Cristina Pereira, Guilherme Karan, Diogo Vilela, Luiz Fernando Guimarães, Regina Casé, Cláudia Raia, Pedro Paulo Rangel, Louise Cardoso, Ney Latorraca, Marco Nanini, Denise Fraga, Maria Zilda Bethlem, Antônio Calloni, Marisa Orth e Otávio Augusto fazendo os mais variados, bizarros e hilários personagens que já passaram pela TV brasileira.

E se você nunca assistiu, no You Tube tem diversos quadros e episódios completos. E na locadora você encontra alguns DVDs com o melhor do TV PIRATA.

domingo, 8 de novembro de 2009

DANÇA - BUTOH

Performance de Imre Thormann. Música do pianista Nik Baertsch e da banda Mobile.

Fiquei impressionado com a precisão e a força desse dançarino de Butoh e resolvi compartilhar com vocês.

O que é a dança Butoh

A dança butoh nasceu durante o periodo do pós-guerra, em 1959 , a partir de performance Kinjiki, interpretada por Yoshito Ohno, filho de Kazuo Ohno. Na época, o butoh escandalizou o público, pois a peça apresentada fazia alusão à zoofilia (sexo entre homem e animal).

Para muitos , entretanto o butoh não é uma dança, mas uma encenação teatral. Mas, ninguém nega o caráter provocativo, violento e misterioso dessa forma de arte. Traduzindo-se o termo butoh, bu significa dança e toh quer dizer passo. Literalmente, dança compassada.

O butoh mistura elementos do teatro tradicional japonês e da mímica. Com o passar do tempo, ficou conhecido como Dança da Escuridão, mas a melhor maneira de descrevê-la é dizer que o butoh quebra as regras pré-estabelecidas da dança tradicional e que nele há uma grande possibilidade para a improvisação. No butoh, os corpos são pintados de branco, os movimentos são lentos e a postura é contorcida. O butoh mescla imagens que vão da decadência, medo e desespero ao erotismo, êxtase e tranquilidade.

Assim, o butoh conecta consciência com inconsciente. O movimento não é ditado pelo que está fora, mas aparece na interação entre exterior e interior do mundo. A essência do butoh baseia-se no mecanismo em que os dançarinos deixam de ser eles mesmos e tornam-se outra pessoa ou coisa. Está é uma concepção diferente da dança convencional em que o corpo do dançarino expressa uma emoção ou idéia abstrata. No butoh, começa-se pela imitação, mas a imitação não é a meta final.

Nessa arte o importante não é a transformação em alguma coisa, mas a transformação em si mesma, o fato de mudar-se. Somente assim pode-se trazer o corpo de volta para seu estado original.


Texto de Juliana Parlato. Adaptado do Jornal Notícias do Japão


ENQUANTO ISSO...

Respostas para as maiores dúvidas adolescentes só lá no site da CAPRICHO.


Dica de Teatro para quem mora em Porto Alegre



Marco Mafra dirige Melissa Arievo na bela e compacta peça LADY DAY, que fala da feliz e miserável vida da fabulosa cantora Billie Holiday.

Eu já vi, gostei e vou de novo!

Dias 4, 11, 18 e 25 de Novembro – Sempre às quartas

22:00 hs no Espaço Ox do Bar Ocidente, na João Telles com a Osvaldo Aranha.

R$ 15,00 e ainda ganha uma cerveja (ou troca por refri).

Não recomendada para menores de 16 anos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CIA DAS PRATELEIRAS - Respeito ao Consumidor

Respeito é bom e todo mundo gosta.
Clique para ampliar.

Apesar de possuir uma coluna em uma revista de circulação nacional, não tenho formação em Jornalismo, mas sempre tive a alma de um jornalista, pois sempre tento buscar a verdade e ouvir todas às partes envolvidas quando possível.

E por isso, sinto-me na obrigação moral e profissional de informar à todas as pessoas que acompanham o caso.

Após o post/e-mail denúncia sobre a Cia das Prateleiras, esperei alguma reação da empresa, nem que fosse no formato de e-mail pedindo desculpas ou me xingando e nada veio.

Irritado e querendo alguma espécie de reparação/compensação para todo esse transtorno, liguei para minha advogada, que disse que um processo era possível nesse caso e eu dei sinal verde para que ela iniciasse os procedimentos.

Como a maioria das empresas só toma uma atitude quando sente na imagem ou no bolso, resolvi que o processo poderia ser uma boa tentativa de dar uma chacoalhada na empresa para que ela aprendesse a tratar melhor seus clientes.

Ela pediu a Notas Fiscais e me dei conta de que não haviam me fornecido elas.
Sou bem organizado com meus recibos e faturas e todas de cada mês encontram-se em um plástico separado. Procurei lá e em outros lugares e nada encontrei.

Eu precisava das Notas Fiscais para poder copiá-las e enviá-las para que minha advogada pudesse anexa-las ao processo e anotar o CNPJ da empresa.

Á contragosto, liguei para a Cia das Prateleiras no sábado (dia 31/10) e disseram que eu poderia ir lá pegar.

Passar na Cia das Prateleiras novamente era uma idéia que nem me passava pela cabeça.

Pedi para enviarem por e-mail na terça.

E na terça recebi este e-mail, que publico na íntegra:

“Boa tarde, Jerri.

Estou tentando entrar em contato pelo telefone XXXX-XXXX e só chama. Gostaria de marcar para entregarmos a cópia da NF solicitada, bem como, retirar as peças que devem retornar à loja. Pode ser nesta quarta-feira, dia 04/11, à tarde? Qual o melhor horário?

Mais importante, porém, do que agendarmos isso, sem dúvida, é a péssima imagem que o senhor, nosso cliente, ficou a nosso respeito. Infelizmente, todo o processo se deu de forma mal resolvida, com reclamações legítimas em conteúdo (quanto à forma, poderíamos discutir) e que, outrossim, abriu nossos olhos para falhas graves que não podem, de maneira nenhuma acontecer, pois buscamos a melhoria contínua dentro de um trabalho sério e em prol do atendimento ao cliente.

Gostaria de poder reverter o quadro de nosso relacionamento. Se houver algo que eu possa fazer, por favor, estou à disposição.

Para profissionais que prezam pela excelência nas atividades que regem, não importa o tamanho do cliente, seu poder de compra estimado; apenas estamos aqui para, de forma cordial, atenciosa e eficaz, cumprirmos com contratos de compra e venda em nossas lojas.

Como responsável pelo MKT da Cia das Prateleiras, tenho obrigação de intervir e melhorar procedimentos internos, realizar comunicação entre a empresa e o mercado, ouvir nossos clientes e criar melhores oportunidades de troca e de experiência entre ambos. Acredito nisso e acredito em atitudes e falas assertivas.

Obrigada pela oportunidade de corrigirmos o processo de entrega e de atividades afins.

Aguardo confirmação de agendamento proposto acima.

Att.,

Daniela Buchholz”

Quando li este e-mail achei que ele já estava bem atrasado e não muito convincente em relação ao pedido de desculpas.

Respondi que estaria em casa na quarta após as 17:00 hs. e às 19:00 hs., Giovani Balparda, o proprietário da Cia das Prateleiras, veio pessoalmente entregar as Notas Fiscais e recolher as duas prateleiras que o funcionário havia esquecido de levar de volta.

E então ele pediu para entrar e conversar.

E conversamos durante 15 minutos.

Demonstando cortesia, respeito e humildade, ele pediu desculpas diversas vezes por todo o inconveniente, contou um pouco da história da empresa, falou de alguns funcionários, comentou de como o meu e-mail/post incomodou a empresa e os funcionários, mas que passado o choque inicial e animosidade natural que ele despertara, ele tinha decidido que meu e-mail deveria ser usado para modificar e melhorar a empresa e que em uma reunião com todos os seus empregados, ele leu o e-mail em voz alta e tomou decisões com relação a alguns funcionários e que a empresa buscaria adotar um sistema mais eficiente para atender seus clientes.

E me convidou para conversar ou palestrar para seus funcionários.

Com remuneração, claro.

Agradeci o convite, mas palestra sobre vendas e bom atendimento ao cliente não fazem parte do meu currículo.

Mas pretendo mandar uma lista de coisas simples e práticas para deixar o cliente mais satisfeito com a empresa.

Concluindo: Giovani Balparda, o proprietário da Cia das Prateleiras, demonstrou hombridade e caráter ao vir na casa de um cliente extremamente insatisfeito para pedir desculpas pelo erros cometidos pela sua empresa e pelos seus funcionários e por isso eu o respeito e perdôo.

O que não quer dizer que eu vá voltar lá, mas com esse ato raro e singular, ele me fez acreditar que esse país pode vir a ser civilizado e que um dia, daqui a alguns séculos, todas as empresas aprenderão com seus erros como Giovani Balparda está se propondo.

E liguei para minha advogada para cancelar o processo, pois já havia recebido a minha reparação.

Caso encerrado.

************************

P.S. – Tanto meu amigo Rodrigo Dubal quanto minha advogada, Vivian Gonçalves Dias, ficaram surpresos e contentes com a atitude e a ética do Giovani e apoiaram minha decisão.

E este post será enviado para todos os e-mails para os quais enviei o anterior.

domingo, 1 de novembro de 2009

CAPRICHO 978

Como é que podem não amar mulheres de cabelo curto? Ah, sim, é a belíssima Halle Berry.

Finalmente resolvido metade do mistério da humanidade em...

PORQUÊ OS MENINOS DE HOJE SÃO COMO SÃO!


Porquê meninos odeiam música romântica e preferem funk, heavy metal e hardcore?

Por que durante uns bons mil anos, não tinha nada para se escutar a não ser concertos de cravo e canções melosas. Quando o rock nasceu, a meninada já andava cortando os pulsos de tédio mortal.

Porquê os meninos adoram avacalhar uns aos outros, ao invés de trocarem abraços e apertos de mão?

Por que abraço e aperto de mão não é engraçado. Dããã!

Porquê os meninos começaram a reparar no bumbum das meninas?

Por que as mulheres deixaram de usar aquelas saias de armação imensas, que não deixavam ver forma nenhuma e a menina parecia um bolo de merengue ambulante.

Porquê os meninos mentem tanto?

Por que hoje coisas como honra, caráter e dignidade são coisas da novela das seis e se vacilar, eles nunca ouviram falar nessas coisas dentro de casa.

Porquê os meninos preferem mulheres de cabelos compridos do que curtos?

Por medo de ser gay. Eles são tão inseguros que namorar uma menina de cabelo curto, na cabeça deles, pode significar que eles gostem de meninos, já que a menina, em nível capilar, fica parecida com um menino.

Porquê os meninos que aparecem na TV ou nas revistas são mais bonitos do que os da vida real?

Por que por trás do tubo de TV e escondido no grampo das revistas, tem um micro-aparelho que emite ondas subliminares para as meninas se apaixonarem por imagens masculinas bi-dimensionais.

Porquê os meninos, quando dançam na balada, tem sempre que ter um copo ou garrafa de cerveja na mão?

Por que, de acordo com Freud, eles ainda estão na fase oral, ou seja, eles tem que colocar alguma coisa na boca o tempo inteiro para lembrar do tempo em que eles mamavam. Na verdade, meninos não passam de bebês grandes.


Jerri Dias é como é.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

CIA DAS PRATELEIRAS - Direito do Consumidor

Esses caras devem estar querendo montar uma estante para livros.


Nada como querer organizar um pouco a sua casa e se incomodar por quase um mês com a incompetência dos outros!
Abaixo, o relato do meu martírio pequeno-burguês.
Leiam que vale a pena, pois é tão engraçado, patético e trágico quanto a Cia das Prateleiras de Porto Alegre!

Diário dos meus dias no Inferno das Prateleiras

Dia 18/09 – Entrei na loja e disse que queria prateleiras pra colocar meus livros, pro vendedor já saber que precisava de prateleiras que pudessem suportar bastante peso. Comprei 6 prateleiras (3 brancas, 3 azuis) com 1,40 m por 25 cm. E 12 tucanos de aço cromado, cada um, que segundo o vendedor Dante, suportavam 15 kgs cada, ou seja, eu poderia colocar 30 Kgs em cada prateleira.
Quando eu vi que o nome do vendedor era Dante, eu devia ter suspeitado que as portas do Inferno das Prateleiras iriam se abrir diante de mim.
O Dante disse que entregariam em duas semanas.
Paguei R$ 300,00 no cartão e mais R$ 320,00 à vista.

02/10 – Duas semanas se passaram. Ninguém me ligou. Liguei no meio da tarde para o Dante. Disse que estavam prontas. Se estavam prontas porque não ligou? Apesar de trabalharem no sábado, disse que poderiam instalar na segunda. Tudo bem, mas se sabem que vai ficar pronta em duas semanas, porque não se organizam pra entregar e instalar no mesmo dia ou no dia seguinte?

05/10 – No início da tarde, turno combinado para entrega e instalação, o responsável pelas entregas, Everton, liga às 14:00 hs. avisando que um funcionário não foi trabalhar, atrasou tudo e eles só vão montar na terça, mas que poderiam entregar naquele dia. Sem stress, eu disse que não precisava, afinal, melhor fazer tudo de uma vez e eu não iria precisar ficar esperando ninguém.

06/10 – Esperei a tarde toda e o montador Antônio chegou às 17:40 hs. com as prateleiras. Mas havia esquecido os tucanos na loja. E a loja fecharia às 18:30 hs. Eu disse pra ele ir lá e pegar e ele disse que não sabia se daria tempo e eu já senti que ele estava só fazendo onda, que ele não iria voltar. Eu disse pra ele me ligar se não pudesse e ele nem se deu ao trabalho. Claro que eu notei que ele havia feito exatamente o que o Éverton havia proposto no dia anterior, só entregar sem montar. Coincidência? Naquele dia até podia ser, mas agora só acho que foi pura sacanagem mesmo.
Antônio falou que se não desse tempo, voltaria no dia seguinte na primeira hora da tarde.
Ah, eu havia tirado meu PC e tudo o mais da sala pra não pegar pó da parede. Pra nada. Remontei tudo novamente.

07/10 – Nesse dia, esperei e ninguém apareceu. Não lembro se liguei reclamando, pois já liguei tantas vezes pra lá que é impossível lembrar de tudo.

08/10 – Tirei todas minhas coisas do escritório novamente. Antônio apareceu no meio da tarde e instalou. Apesar de ter pago a instalação, ajudei-o, até pra não ficar sem nada o que fazer e adiantar as coisas.
Ele comentou que, apesar do prédio ser antigo, as paredes não tinham tijolo, apenas reboco ou concreto e eu disse que se não fosse ficar firme ali, podia colocar no corredor, que é parede externa do prédio e deveria ter tijolo. Mas ele disse que tinha ficado firme, então tudo bem.
Depois de tudo pronto, reparei que alguns cabeçotes dos tucanos de aço cromado (que deveriam ter brilho) pareciam ter sido resgatados de um incêndio: com aparência de queimado e algumas manchas pretas. Mostrei ao Antônio e ligamos para o Éverton, que se comprometeu em trocá-los.
Recoloquei minhas coisas no escritório.

09/10 – No dia seguinte, no fim da tarde, veio um novo montador e substituiu os 3 tucanos “queimados” por novos. Tirei minhas coisas da sala novamente. Quase 10 minutos ele levou pra desparafusar e recolocar um tucano entre prateleiras porque não tinha espaço para a chave de fenda. Eu havia sugerido a ele pra tirar a prateleira debaixo que atrapalhava os movimentos mas ele disse que dava trabalho. Ao final, a prateleira do meio ficou mal instalada e eu disse pra ele que teríamos mesmo que tirar a debaixo pra ele poder instalar corretamente a do meio. Sabe quanto “trabalho” deu pra retirar a prateleira debaixo? 30 segundos!
Aí, enquanto ele arrumava aquela, fui tirar outra prateleira pra ele poder colocar os tucanos de forma correta. Levei 20 segundos pra tirar a prateleira. Um “trabalhão”, quase morri!
Ele foi embora e eu finalmente iria poder organizar meu livros e caixas de papel nas 6 prateleiras.
Coloquei 3 caixas de papel (eu pesei depois: 8 kgs) em uma prateleira e aí me deu fome e fui fazer a janta.
Estava jantando e levei um susto com um estrondo.
Fui na sala e a prateleira azul onde havia colocado as caixas havia caído com tudo no chão. Um pedaço do acabamento azul quebrou e das duas buchas, apenas um ficou na parede, a outra saiu completamente. A parede, entretanto, fora os buraquinhos, estava intacta. Quer dizer, se a parede fosse fraca, algum pedaço dela teria quebrado.
Era noite, a loja já estava fechada.
Me dei conta de que não havia calculado o peso da prateleira em si, mas mesmo que ela tivesse algo entre 10 e 15 kgs, ela deveria ter agüentado os 8 kgs das caixas de papel. Mas aí eu me dei conta de que eu queria colocar uns 30 kgs de livros em cada prateleira e havia esquecido de somar o peso da prateleira junto. O Dante também esqueceu de mencionar isso. Acho que é algo que o vendedor deveria avisar o cliente, que tem que calcular o peso da prateleira junto.
Resolvi fazer uma pesquisa na internet e descobri o mesmo tucano, mas com um aviso que ele só suportava 9 Kgs. por unidade. Então o Dante teria me vendido tucanos que suportavam apenas 18 kgs mais uma prateleira que pesava por volta de 10 kgs.?

10/10 – No sábado, acordei mais cedo que queria pois não lembrava do horário de funcionamento e queria falar com alguém antes do meio-dia.
Falei com a gerente Daniela e fui grosso com ela, porque a essas alturas, com toda a enrolação pra instalar e com a queda eu já não tinha mais paciência.
Resumi tudo o que tinha acontecido.
Ele pediu desculpas, foi atenciosa, disse que não sabia de nada, que a fábrica estava fechada e que ia pedir uma prateleira nova com urgência na terça, depois do feriado.
E disse que o montador deveria ter colocado uma espuma especial dentro da parede pra segurar bem a bucha, mas não o fez. Ela disse que é isso o que costumam fazer quando acham que a parede não vai segurar.

13/10 – Ligo no meio da tarde e falo com o Dante, reclamo com ele sobre os tucanos e ele diz que cada fábrica tem uma especificação de peso diferente para os tucanos. Confirmo isso ligando pra outra empresa, que diz que os mesmo tucanos aguentam 20 kgs. Tenho que dar a ele o benefício da dúvida. Mas por medo dessas prateleiras pesadas caírem em cima de mim, do meu PC, impressora e tudo o mais, encomendo mais 6 tucanos. Agora, supostamente, cada prateleira suporta 45 kgs. Ou 27 kgs, na pior das hipóteses.
A prateleira ainda não havia sido encomendada, reclamo e ele diz que vai pedir com urgência.

19/10 – A urgência deles em fazer uma única prateleira é a mesma do Judiciário pra julgar penas de assassinato contra gente rica. Eu ligo, porque eles não estão nem aí. O Dante diz que vão entregar só na terça ou quarta.
Por alguma razão, não acredito nele.

20/10 – Sem acreditar que a estante estaria pronta vou lá pra pagar mais R$ 100,00 pelos tucanos. Claro que a prateleira não está pronta.
Falo com o Everton, pergunto qual o peso da prateleira que eu comprei, já que isso pode fazer alguma diferença entre ela cair ou não na minha cabeça.
Ele responde que não sabe.
Eu pergunto se eles não tem balança.
Ele diz que não. Mas concorda com minha estimativa de 10 à 15 kgs.
Porque isso não é uma surpresa?
Como uma empresa que vende suportes com limite de peso não sabe o peso inicial (prateleira) que elas terão que sustentar?

21/10 – Na quarta, ligam pra instalar na quinta. Consigo a balança da vizinha emprestada e pesando várias coisas pra conferir que ela está correta, descubro que a prateleira pesa apenas 6 kgs. Aproveito e peso meus livros. Com 3 tucanos em cada uma, elas devem resistir com 10 kgs de folga ou mais.

22/10 – Na quinta vem o Everton e o Antônio pra instalar a prateleira azul nova e os tucanos, numa tentativa de mostrar que se importam tanto com o cliente que mandam dois funcionários. Antes tivessem mandado só o Everton.
Tirei tudo do escritório novamente.
Eu resolvo conferir os tucanos na caixa de ferramentas do Antônio, pra ver se estão em boas condições. Confiro e coloco 2 de volta quando o Antônio diz que posso colocá-los na caixa de ferramentas do Éverton. Coloco os outros 4 na caixa do Everton.
Pergunto da espuma e eles dizem que como minha parede aparentemente não tem tijolo, a espuma pode causar fissuras e rachaduras e na pior hipótese, abrir um buraco na parede. Se eles estavam mentindo pra economiza espuma, dificilmente saberei.
Começam a furar parede e desta vez, o Everton coloca buchas maiores e troca algumas, pros tucanos ficarem mais firmes.
Porque o Antônio não fez isso da outra vez?
Antônio vai embora, atender outro cliente.
Nessa hora pensei em quantos clientes eles atrasaram o atendimento por minha causa e seu eu mesmo não estaria nessa situação por causa de um sem número de mal atendimentos da empresa...
Antes de ir, eles conferem pra ver se o Everton não vai precisar de alguma coisa da caixa de ferramentas de Antônio. Eles decidem que está tudo ok e eu penso em dizer pra eles reconferirem, só pra ter certeza. Mas o infeliz aqui não diz nada...
Algum tempo depois Everton está fazendo os últimos ajustes e pra adiantar, eu resolvo tirar a prateleira de seu pacote de papelão e noto que ela parece um pouco maior do que deveria ser e no papelão está escrito: 1,50 m x 30 cm. Everton resolve abrir e diz que a prateleira azul é branca. Bom, mas a espessura estava correta: 25mm. Palmas pra eles!
Aí ele diz que a culpa deve ser da fábrica e liga pra loja pra confirmar, mas como eu não escuto o que dizem do outro lado da linha, fico com dúvida de quem foi o erro na hora de pedir. Ele diz que como é culpa da fábrica, eles tem que fazer com urgência (a velha urgência) e entregar no dia seguinte.
Ele então vai finalizar os tucanos e no dia seguinte é só vir colocar a prateleira. Moleza. Moleza?
Everton então percebe que Antônio levou os dois tucanos embora sem perceber, apesar de ambos terem conferido a caixa de ferramentas.
Nessa hora me passou pela cabeça se o Everton não seria o Ivo Landa e que se eu começasse a espancar ele, ele gritaria pela produção e tudo seria uma pegadinha e todos daríamos boas risadas e eles me pagariam uns mil reais pelo incômodo.
Mas não era nada disso, era só uma empresa cheia de gente atrapalhada mesmo.
O Everton foi embora e notei que ele não havia instalado uma tampa plástica preta de proteção dos tucanos na prateleira do meio. Notei isso depois de ter colocado todos os livros na prateleiras. A proteção estava sobre um dos tucanos sem prateleira.

23/10 – Desmarquei minha fisioterapia pra esperar eles. Nada de prateleira.
Como eles não viriam, tirei os livros das duas prateleiras, tirei a prateleira de baixo, afrouxei o tucano da prateleira do meio e coloquei a proteção. Recoloquei a prateleira e os livros.
Precisava isso se o Éverton tivesse prestado atenção? A proteção não é uma coisinha pequena.
O Antônio me ligou no fim da tarde, claro, pra dizer que a prateleira não tava pronta, que podia ir entregar no sábado pela manhã.

24/10 – Sem confiar, nem coloquei o despertador pra tocar. Ás 11 hrs. o Antônio liga dizendo que tá na fábrica e que acha melhor entregar na segunda.
Brigar pra quê? Ele não queria vir mesmo.

26/10 – Segunda, no meio da tarde, eu ligo e pergunto direto pra recepcionista que horas eles pretendiam me ligar pra dizer que só entregariam no dia seguinte. Ela disse que iria verificar e me ligaria de volta.
Quinze minutos depois ela ligou de volta e disse que um funcionário havia se acidentado, mas que ele já estava bem, mas isso havia atrasado os serviços, que o Antôniuo estava em Viamão e poderia só voltar entre as 18:00 hs e 20:00 hs. Eu disse que não me importava, ele podia vir a qualquer hora. Não veio.
Bom, sobre o “acidente”, não acreditei muito, mas pensei que se fosse verdade, deveria ser um funcionário que instalou mal as prateleiras de algum cliente e elas caíram antes do previsto.
Não preciso nem comentar que o Antônio não veio.
Eu disse que no outro dia não podia.
Eu tinha outras coisas pra fazer.

27/10 – Antônio ligou querendo vir na primeira hora da tarde (ah, tá!) e eu tinha fisioterapia e outras coisas. Por desespero, topei que ele viesse depois das 16:00 hs.
Cheguei as 15:30 e fiquei fazendo minhas coisas e fazendo algumas ligações. Em duas ligações notei o sinal de que alguém estava tentando falar comigo. Cia das Prateleiras?
Como ninguém ligou mais, marquei acupuntura pras 18:00 hs. As 17:45 hs, Antônio liga querendo passar aqui. Diz que está em Viamão. Eu digo que só depois das 18:30 hs e que se ele não ligasse pro meu celular pra garantir, eu iria direto ao mercado.
Não ligou, fui ao mercado. 19:03 hs ele liga dizendo que está perto da minha casa. Eu chego em casa, ele chega 15 minutos depois, coloca a prateleira rapidamente e vai embora, esquecendo de levar embora a prateleira quebrada e a prateleira errada que eles fizeram. Eu também não lembrei, mas também não posso ficar fazendo tudo por eles não é?
E pra arrematar, conferi a prataleira instalada e percebi que um dos parafusos ainda deu quase 10 voltas antes de ficar realmente apertado.
Um primor!

Considerações finais

Se fosse uma empresa correta e organizada, a Cia das Prateleiras teria vindo instalar no dia 3/10 e feito o serviço em 2 horas, no máximo.
A prova da “competência” da Cia da Prateleiras esta aí: 24 dias pra instalar 6 prateleiras no meu mísero escritório!
Resultado: Muitas horas de trabalho perdidas, tanto por eu quanto por eles, muita raiva acumulada, muitos telefonemas pra reclamar, um post denúncia no meu blog que só tem 10.000 leitores por mês, envio deste post pra todos os setores da Cia das prateleiras e pra toda a minha lista de e-mails, além de postar esse texto em mais 3 sites de reclamações contra empresas.
E se a Cia das Prateleiras acha que eu não tenho políticos, um ou outro alto funcionário da prefeitura, empresários, jornalistas, professores e quase toda a área cultural de Porto Alegre na minha lista de e-mail, eles estão enganados.
E amanhã vou no Procon pra ver se é possível registrar queixa contra incompetência e demora abusiva de atendimento.
Talvez a Cia das Prateleiras esteja acostumada a trabalhar com clientes que gastam 10 vezes mais do que eu gastei lá e por isso me tratou como o governo, como cidadão de segunda categoria. Deveria ter um aviso no site e na loja avisando que compras, só acima de R$ 7.000,00 reais pra ser bem atendido.
E eu não duvido que eles liguem botando banca e reclamando disso, porque aqui no Brasil, o cliente está sempre errado e nunca tem razão de nada.

ENQUANTO ISSO...

MÓVEIS ARMIL – Empresa competente e confiável

Dia 28/09 - Compramos duas mesas de escritório que custaram R$ 1.200,00. O vendedor Ben-Hur (Nome de herói de épico romano. Parece que o nome do vendedor faz diferença nessas horas...) nos disse que levaria 30 dias. Só não encomendamos prateleiras lá porque eles não fazem coloridas. Ah, se arrependimento matasse...

Dia 20/10 – A empresa liga agendando a entrega para o dia 23/10. Eles ligaram!

Dia 22/10 – A empresa liga dizendo que já fizeram todas as entregas do dia e que estão com tempo disponível e podem entregar um dia antes do combinado. Eles chegam e entregam, desempacotam e colocam as mesas nos seus devidos lugares.

Resultado: A empresa nos atendeu super-bem e ainda entregou os produtos 6 dias antes do combinado! Eles simplesmente sabem fazer as coisas e não fizeram mais do que a obrigação, mas fazer o que se deve, nesse país de corruptos e incompetentes, acaba tendo que ser elogiado e louvado.
Quem viu o último programa do CQC, com o teste de honestidade com técnicos de lava-roupa sabe do que estou falando.
Recomendo a MÓVEIS ARMIL a todos!
Fica na Osvaldo Aranha, 590 – Bairro Bomfim – Porto Alegre
Fone: 3311 6617
e-mail: moveisarmil@myway.com.br


Com respeito se faz uma civilização!
Com desrespeito se faz a barbárie!

sábado, 24 de outubro de 2009

JOAQUIN PHOENIX - Entrevista







Joaquin Phoenix, irmão do saudoso River Phoenix, é um dos grandes atores americanos de sua geração e nos brindou com grandes performances em filmes como GLADIADOR (2000) e JOHNNY & JUNE (2005). Ano passado ele declarou que iria parar de atuar e foi ao programa LATE SHOW (talk-show que teve praticamente tudo copiado pelo PROGRAMA DO JÔ, inclusive a banda e um assessor de assuntos aleatórios) de David Letterman para, supostamente, falar disso, seu último filme e seu novo projeto de vida.

Mas a entrevista não correu como o esperado...



SOBRE O JOTA QUEST



Eu geralmente não costumo me manifestar aqui sobre os comentários, já que normalmente visito os comentaristas em seus próprios blogs.

Mas como tive várias visitas anônimas e não-anônimas que aparentemente não conhecem meu trabalho ou que são simplesmente mentalmente incapacitadas de diferenciar uma crítica de verdade de uma piada, gostaria de lhes dizer que essa pegação de pé com o Jota Quest é uma mera brincadeira que faço com eles, pois não tenho nada contra os caras, apenas acho as músicas pobrinhas ;-)

E como o pessoal do Jota Quest não é como alguns dos seus fãs que passaram por aqui, até me convidaram (em uma entrevista pra CAPRICHO) pra ir nas festas que rolam depois de cada show pra eu ver como eles são boa gente.

Eu só ainda não fui porque fico desconfiado que pode ser uma armadilha ;-)



P.S. – Se a foto do JQ fosse do CD citado, eu teria escrito embaixo. Mas não escrevi, não é?! Quem não entendeu, nem tente, desista.

E quem quiser ter uma discussão racional e madura sobre qualquer coisa, pode usar meu e-mail ou deixar link pro blog, eu não mordo e nem hackeio ;-)



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ATÉ ONDE VAI - Jota Quest - Crítica

Deve ter muito piolho debaixo disso tudo.

O DIA EM QUE MEU OUVIDO FOI PENICO

Como minha mãe sempre diz, “aqui se faz, aqui se paga”.

E chegou o dia em que, depois de tanto avacalhar o JQ, fui convidado/forçado pela CAPRICHO a escutar um CD inteiro das pobres criaturas!


Meu sofrimento começou com “Libere a mente”, onde minha mente quase saiu do corpo aos primeiros acordes da música.

A segunda, “Sushine in Ipanema”, é um rock dançante que certamente vai botar todo mundo para fora da balada.

“Além do Horizonte” é um alerta de que o rei Roberto devia prestar mais atenção para quem ele deixa fazer cover de suas canções.

“Até onde vai” só Deus sabe, mas eu acho é que eles vão é acabar indo é pra....

“O Sol” é mais uma baladinha chatinha com letra de auto-ajuda..

“Vou a pé” acaba com um “Cuidado com a Kryptonita!” Eles não são super-engraçados, gente?

“Lógica”, obviamente não tem lógica alguma.

Já “Absurdo” tem um verso que diz “Lei da Selva, Brucutú, apressado come cru”. Sem comentários.

“Palavras de um futuro bom” teria tudo a ver se na letra houvesse um prenúncio da dissolução do JQ.

“Já foi” tarde.

“Celebração de um Inútil Desejo” parece música de corno. Será que é auto-biográfica?

“Não dá” mais, tem sangue escorrendo das minhas orelhas!

“Rir para não chorar”, só assim para escutar o CD.

“Starman” é uma jóia riponga anacrônica. Procure um cabeludo piolhento e escute junto.

Jerri Dias recebeu adicional por insalubridade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

LINHA DO TEMPO – crítica

Cartaz americano da adaptação cinematográfica dirigida por Richard Donner em 2003. Fique com o livro.

O Autor

Michael Crichton (1942 – 2008) deixou eu e milhões de fãs entristecidos com sua prematura morte por causa de um câncer na garganta ano passado. Autor de diversos best-sellers inteligentes como O ENIGMA DE ANDRÔMEDA, O GRANDE ROUBO DE TREM, O PARQUE DOS DINOSSAUROS e ESTADO DE MEDO, Crichton teve uma produtiva e milionária carreira na Literatura, TV e Cinema. Desiludido com a faculdade de Literatura e formando-se médico, Crichton passou a publicar em 1966 e nunca mais parou. Trabalhando com todas as mídias, foi o único escritor a ter três trabalhos simultaneamente listados em 1º lugar em três mídias diferentes: ASSÉDIO SEXUAL como o livro mais vendido, PLANTÃO MÉDICO (que ele criou) como a série mais vista e PARQUE DOS DINOSSAUROS, como a maior bilheteria do ano.
Preocupado com a ciência tanto quanto com a emoção, seus livros costumam ser montanhas russas emocionais repletas de informações sobre as últimas teorias científicas. Tudo escrito de forma interessante, descomplicada e sobretudo divertida. Não foi à toa que ele vendeu mais de 150 milhões de livros e teve várias de suas obras adaptadas para o cinema.

Michael Crichton

Sinopse

Nos contos de fadas, os tempos medievais são românticos, com princesas a serem resgatadas de castelos por nobres cavaleiros e um vilão a ser enfrentado.
Então, não seria legal voltar no tempo e visitar a Idade Média?
Não é o que acham os historiadores Marek, Kate e Chris. Obrigados a resgatar seu amigo e professor que ficou preso no século XIV, eles sabem que vão entrar num ambiente hostil, onde contestar a religião é sentença de morte, as doenças não tem cura e a honra dos cavaleiros só existe em histórias infantis.

Os historiadores, apreensivos na máquina do tempo. E com razão.

O Livro

Pesquisador incansável, Crichton leu centenas de livros sobre História Medieval e entrevistou físicos para construir uma narrativa onde ele pudesse colocar homens modernos, acadêmicos de História, em um confronto direto com seu objeto de estudo. Mais ou menos a mesma premissa de O PARQUE DOS DINOSSAUROS, onde ele confrontava paleontólogos e cientistas com dinossauros vivos. A diferença aqui é que agora existe uma máquina do tempo e tudo é ainda mais perigoso e desconhecido.

Fascinado por viagens no tempo e o choque cultural que ela acarreta para ambos os lados da linha do tempo, li esse livro como há muito não lia um livro, sem pretensões e me divertindo muito . Mesmo tendo visto o filme não gostado, fiquei ansioso por saber o que iria acontecer, adorando as explicações e soluções científicas inteligentes sobre como poderia ser uma viagem no tempo de verdade segundo as teorias mais atuais. Como de hábito, o livro tem muito mais detalhes e é muito mais inteligente do que o filme, que demonstra claramente o que roteiristas burros conseguem fazer com uma boa história. A maior decepção foi constatar que o livro é tão maniqueísta quanto o filme e isso, sinceramente, eu ainda não tinha visto em um livro de Crichton. Ele não precisava disso.

Já fazia alguns anos que eu não lia um livro de Crichton e devo confessar que fiquei um pouco decpcionado, pois percebi que ele não era um escritor tão bom quanto eu me lembrava. Mas eu sei o que aconteceu: nesse tempo eu tive contato com autores melhores, me acostumei com eles e agora a literatura de Crichton me pareceu um pouco travada e ingênua em algumas partes.

Isso se deve talvez ao fato de Crichton já saber de antemão que seus livro seriam adaptados para o cinema e talvez por isso, ele já buscasse agradar o espectador do cinema mais do que fãs de boa literatura. De qualquer forma, pra quem não conhece a obra de Crichton, LINHA DO TEMPO é como os outros livros dele, você senta pra ler e parece que está no cinema, vendo um daqueles filmes super empolgantes, mas com quatro horas de duração!


Não demora muito para que os historiadores sejam capturados. Nem todos voltarão para o presente...

Trecho

Nesse capítulo, Marek, o único historiador que havia estudado lutas medievais, é forçado a lutar com um cavaleiro veterano em um duelo de morte.

“O golpe na cabeça era arriscado se ambos os cavaleiros não o tentassem ao mesmo tempo. Uma lança apontada diretamente para o peito atingia o seu alvo uma fração de segundo antes da lança apontada para a cabeça: era uma questão de angulação. O primeiro impacto deslocava ambos os cavaleiros, tornando o golpe de cabeça mais errático. Mas um cavaleiro habilidoso podia estender sua lança à frente, tirando-a da posição de apoio, a fim de ganhar quinze ou vinte centímetros de extensão e atingir o adversário antes. Você precisava ter uma enorme força no braço para absorver o instante do impacto e controlar o coice da lança, a fim de que o cavalo suportasse o baque; mas assim tinha mais chance de prejudicar a mira e o ritmo do adversário.
Quarenta metros.
Sir Charles ainda mantinha a lança elevada. Mas aí apoiou-a, inclinando-se à frente na sela. Tinha mais controle sobre a lança assim. Iria fintar novamente?
Trinta metros.
Ouviu o trovejar dos cascos e a gritaria da multidão. Os textos medievais advertiam: «Não feche os olhos no momento do impacto. Mantenha os olhos abertos para acertar o alvo.»
Vinte metros.
Seus olhos estavam abertos.
Dez.
O puto ergueu a lança.
Ia tentar a cabeça.
Impacto.”


Quer comprar?




Boa leitura.