quinta-feira, 28 de julho de 2016

STORMWATCH - NOVOS 52 - Vol. 1 (DC Comics, 2011) - Comics

Para facilitar a assimilação do leitor da DC, o Caçador de Marte foi incorporado à equipe.


Durante quase 10 anos parei de comprar quadrinhos regularmente e passei apenas a comprar uma edição especial ou outra que surgia com um autor/artista que já conhecia. Tudo mudou quando comecei a baixar quadrinhos e percebi que havia perdido muita coisa boa no final dos anos 90 e início dos 2000. E voltei a comprar quadrinhos regularmente graças a possibilidade de poder conferir novos roteiristas e ilustradores.

E um dos quadrinhos de supers que mais me impressionou na época foi o Stormwatch de Warren Ellis, que em seguida se transformou no The Authority, ainda sob a batuta de Ellis e Bryan Hitch. Ambos deixaram o título mas foram substituídos pelos igualmente extraordinários Mark Millar e Frank Quietely. Colocando seus superpoderosos personagens convivendo com figura políticas e celebridades de nossa sociedade contemporânea, os quatro fantásticos autores seguiram um pouco a linha aberta por Alan Moore em Watchmen criando consequências reais para a existência de superseres. Cidades arrasadas, milhões de mortes, evacuações, sexualidade, drogas, polêmicas, política... tudo entrava na trama e levava para um único caminho: a dominação do mundo pelos super-heróis. Também outra ideia de Moore (Miracleman). Tudo isso em histórias tão empolgantes e divertidas quanto assistir aos melhores filmes da Marvel.


A arte de Miguel Sepulveda é boa, mas confesso que o excesso de detalhes na maioria dos quadros me incomoda. 
Aqui, um dos poucos quadros com enquadramento bem pensado e sem exageros.


E eis que me deparo com a nova releitura do The Authority, agora renomeado Stormwatch, mas com praticamente os mesmos membros do primeiro.  Na tentativa de renovar constantemente histórias de origens e personagens para conquistar novos leitores e manter o interesse dos fãs veteranos, Marvel e DC, de 2000 pra cá, tem criado todo tipo de motivo (bons e ruins) para renovarem seus heróis.

Bem, dessa vez eles colocaram um grupo de super-heróis que era produzido para um público mais inteligente e o repaginaram para mentes menos exigentes. Não basta manter dois personagens gays para fingir que as histórias são adultas se todo o resto não é. O que o antigo The Authority tinha de diálogos espertos e de humor negro, esse tem de excesso de explicações e diálogos desnecessários. Em alguns momentos eu achava que Stan Lee tinha escrito o roteiro, de tantos balões entupindo as páginas. E o pior é que a história de abertura é de Peter Milligan, que é um autor que tanto entrega obras-primas como Enigma quanto porcarias como Namor.


As explicações sobre o porque e como as coisas acontecem, em geral, são uma mistura pseudo-ciência e pura enrolação para encher linguiça. Não teria problema se as ideias fossem originais e instigantes.


E não bastassem descaracterizar o grupo em seu visual, Meia-Noite agora tem um uniforme cheio de tachas enormes, com um design de mau gosto que lembra os anos 70. E agora, o Stormwatch, que era do selo Wildstorm, faz parte do selo DC, habitando a mesma Terra onde atuam Batman e Super-Homem, sendo que Meia-Noite a Apolo já são uma cópia gay de ambos. A existência do Stormwatch é explicada sem muita convicção dizendo que eles existem há milênios para proteger a Terra de invasões alienígenas, sendo que todos os leitores sabem que quem faz isso é tanto a Liga da Justiça quanto Superman ou Lanterna Verde sozinhos.  A desculpa é que eles lidam com alienígenas mais agressivos, mas ao ler as aventuras chatas desse novo Stormwatch, não dá pra levar a sério essa desculpa.

Dos 7 números que compreendem o Vol. 1, nenhuma história me empolgou ou me divertiu, apenas me entediou. Já comecei a ler o Vol. 2, mas até o momento não estou notando melhoras.
     
O título acabou no número 30. 
Pelo visto, as histórias não melhoraram mesmo.

Clique nas imagens para ampliá-las.


sábado, 16 de julho de 2016

ENTRE ABISMOS - Conto



ENTRE ABISMOS

Jerri Dias


Entre as membranas a Consciência é. Não sabe o quê. Apenas é. Não existem palavras para descrever-se ou para descrever. Sem memória. Sem passado. Sem presente. Sem futuro. Sem tempo. Sem corpo.

Apenas um vago desconforto, mas ela não sabe de onde vem ou porquê.

O desconforto cresce, a Consciência, como que por instinto, decide explorar ao redor. Após um bilhão de anos ou um minuto ela avista um ponto diminuto. O ponto pode estar a trilhões de quilômetros ou a poucos metro de distância, mas tempo e espaço não são conceitos conhecidos pela Consciência. Ela alcança o ponto, um pequeno rasgo na membrana.

E olha dentro do abismo.

Ela não sabe o que vê, e mesmo se soubesse,  ela não tem uma linguagem para se exprimir. Mas após permanecer ali o suficiente, olhando com curiosidade para dentro do abismo, a Consciência desenvolve uma linguagem primitiva própria e começa a nomear o que observa. Fascinada, a Consciência se dedica a observar o abismo e tudo que acontece dentro dele.

Até que subitamente os eventos deixam de acontecer dentro do abismo. Dos mais ínfimos aos mais gigantescos, tudo cessa. A Consciência nada sente, apenas continua observando o abismo vazio. Até que novamente seu instinto lhe impele a mais explorações e ela, eventualmente, encontra mais um ponto que lhe permite observar um outro abismo. Ela nota que esse abismo é diferente do outro, mas não sabe como nem porquê. E nem se importa. A Consciência permanece ali até que o abismo se esgote em si mesmo.

A Consciência descobre muitos outros abismos. Todos diferentes uns dos outros, todos únicos. A Consciência, agora, já conhece todos os abismos. E todos os abismos cessaram seus eventos. Não são mais. Ela já sabe o suficiente, mas saber não é o suficiente. Entediada de apenas saber e nada sentir, a Consciência força a membrana. A membrana resiste.

Mas a Consciência descobrira um propósito para sua existência. Ela não mais seria uma mera observadora, agora seria protagonista. E ela rompe a membrana.

Um rasgo diminuto, mas suficiente.

Ela espreme-se pelo ponto até sair do outro lado, espalhando-se rapidamente no abismo vazio. A Consciência experimenta a luz pela primeira vez. Em seguida vem o calor. A Consciência está em êxtase. Ela sente a fragmentação de seu conhecimento em um número infinito de filamentos de seu ser. Esses filamentos se espalham e se aglutinam aleatoriamente, carregando os estilhaços da Consciência para toda parte. Os filamentos se aglomeram, dando origem a estranhas formas.  

A Consciência não sabe o que virá em seguida.  Apenas pressente, à medida em que é dilacerada por forças que não compreende, que esse será o abismo mais interessante de todos. 


Porto Alegre, 4 de julho de 2016. 

 

JAIME BROCAL - Galeria



Jaime Brocal Remohí (1936 - 2002) foi um artista espanhol publicado por grandes editoras americanas e européias como Warren, Darguaud, Epic e Heavy Metal. Seus bárbaros sisudos e mulheres sensuais o fizeram um dos ilustradores favoritos dos fãs de fantasia épica e heróica. Um grande talento com o bico de pena e o pincel o alçaram a condição de um dos maiores artistas de seu gênero no século XX.

Nos anos 60, Brocal pegou o gosto pela fantasia heróica e fã de Robert E. Howard, criou, nos anos 70, o bárbaro Kronan. Nada a a ver com Conan, já que estamos falando de um bárbaro ruivo. Acho que naquela época as ações legais entre editoras eram bem menores do que hoje... Ao mesmo tempo produzia histórias de horror para a Warren, publicadas aqui na saudosa revista Krypta.  

Depois de Kronan, Brocal ainda criou mais dois heróis bárbaros, Arcane e Ta-ar, sempre com muita violência e corpos semi nus e sensuais. 

Brocal também ilustrou diversos livros baseados em figuras históricas como Gandhi e  Lawrence da Arábia. Além disso, fez adaptações de livros como O Último dos Moicanos e Tarzan.

Ta-ar foi publicado até o ano de 1988, quando Brocal então deixou a Dargaud alegando diferenças criativas. No final da carreira, o artista se dedicou principalmente à produzir capas e ilustrações para editoras diversas até o ano de 1997. Morreu em 2002, aos 66 anos de idade em Valência, na Espanha. Seu trabalho foi publicado em coletâneas e continua uma grande referência para artistas do gênero até hoje.










 Clique para ampliar.


GUERRA CIVIL II - Trailer



Com filmes dos principais heróis dessa saga já programados para o cinema, não é difícil imaginar a intenção futura da Marvel com essa nova batalha entre os heróis.


sábado, 9 de julho de 2016

NOSTALGIA - Comics


Capas de revistas dos anos 60, 70 e 80 das editoras EBAL e Bloch.
 










LUKE CAGE - Comics



Para quem já é fã ou conhece o personagem apenas da série Jessica Jones do Netflix, Gendy Tartakovsky, o criador de Samurai Jack, está desenvolvendo uma mini em 4 edições com Luke Cage.
O lançamento está previsto pra outubro nos EUA.

Confira uma das páginas.

 


WOLVERINE - O VELHO LOGAN (Old Man Logan, Marvel, 2008) - Comics


Sinopse

Cinquenta anos após a vitória definitiva dos super-vilões, Logan tenta viver isolado no meio do deserto com sua família. Endividado com a gangue Hulk , aceita a proposta de Clint Barton (Gavião-Arqueiro) para ajudá-lo a entregar uma mercadoria misteriosa do outro lado dos EUA.

Os autores

Mark Millar


Católico praticante, Millar jura que não diz palavrão na sua vida pessoal.
Millar é escocês, e como muitos autores britânicos, começou na famosa 2000 AD, que publicou todos os roteiristas e artistas britânicos que qualquer um já tenha lido na Marvel ou DC. Com seu primeiro trabalho publicado em 1989, bastou apenas 10 anos para Millar se tornar um nome reconhecido no meio dos quadrinhos.  Com seu trabalho em Authority, Os Supremos, X-Men, Superman: Entre a Foice e o Martelo, Kick-Ass e Guerra Civil, para citar apenas uma ínfima parte das obras desse prolífico autor, Millar hoje se tornou, literalmente, uma marca de qualidade: o Millarworld. 

Steve McNiven


McNiven também colaborou com Millar em Nemesis.


Canadense, McNiven conquistou fãs com a série CrossGen's Meridian e em seguida foi contratado pela Marvel. Depois de vários trabalhos que lhe garantiram ainda mais admiração dos leitores, foi chamado para ilustrar Guerra Civil em parceria com Millar.

Os quadrinhos

Millar adora contar tanto contar histórias de origens quanto definitivas , quando os personagens estão no fim de suas carreiras ou vidas (geralmente ambos). Partindo de uma premissa parecida com a de sua obrar anterior, Procurado (2003), onde super-vilões derrotaram todos os super-heróis e fizeram com que a população esquecesse que todos eles um dia existiram, este conto crepuscular de Wolverine também joga com essa possibilidade. Mas ao contrário da amnésia mundial em Procurado manter uma sociedade idêntica à nossa, em Velho Logan o mundo foi semi-destruído na batalha e os vilões repartiram as nações em territórios, mantendo sua presença fascista e narcísica em todo o globo.


Capa meramente ilustrativa. 
Não contém spoiler sobre a morte real dos heróis.


Para quem, como eu, adora histórias definitivas e passadas em realidades alternativas onde os autores tem liberdade quase total, este Wolverine é uma das melhores narrativas já criadas para o personagem. 

Dividida em 8 edições, no primeiro capítulo encontramos Logan vivendo com sua mulher e filhos em um fazenda no meio do deserto. Com poucos recursos e uma economia em frangalhos, um dólar pode ser a diferença entre a vida e a morte em uma terra onde vilões ditam as regras. Achacado pela gangue Hulk e sem reagir diante de violência alguma, Logan se vê forçada a aceitar a proposta de Gavião-Arqueiro, que ao contrário de Logan, prefere ser chamado por seu nome de guerra. A inusitada parceria lembra a de Batman e Arqueiro Verde no clássico Cavaleiro das Trevas, onde dois heróis cínicos e muito mais violentos se reencontram.


A versão brutal de Wolverine que sempre nos prometeram, mas que quase nunca foi entregue.


Como toda boa narrativa de estrada, enquanto atravessam o território americano dominado por super-vilões, dinossauros e molóides, nossos anti-heróis tem que se confrontar com o passado para poder aceitar seu presente desolado e desafiar um futuro sem esperanças.

Bom contador de histórias que é, Millar não decepciona quando revela o chocante motivo do atual "pacifismo" de Logan, que em várias ocasiões se recusa a lutar ou desembainhar suas garras, mesmo ao custo aparente de sua própria vida. E como todos sabíamos e esperamos durante as 8 edições, o personagem é levado a extremos onde finalmente é obrigado a liberar o carcaju que habita dentro dele e fazer aquilo que faz melhor.


Você gosta disso, não gosta?
Ah, só pra avisar, esse é só um dos netos do verdadeiro Hulk.

A nova versão do Hulk que Millar e McNiven nos entregam tem uma relação bastante grande com a dos Supremos: uma fera bestial com um apetite gastronômico radical. Essa edição final, com uma arte soberba e impactante de McNiven, ganhou tamanho gigante nos EUA, além de extras com esboços, capas sem textos e ilustrações de vários artistas da obra.

Um prato cheio para os leitores que adoram referências a todas as épocas e personagens da Marvel, Wolverine - O Velho Logan, é um daqueles quadrinhos que você pode usar para mostrar para as pobres pessoas que te perguntam porquê um adulto como você ainda lê super-heróis.

Snikt!
  

domingo, 3 de julho de 2016

LOKI - Comic Con


Um dos momentos mais divertidos de qualquer comic con ever!

EXPLOSM - Comédia

HISTÓRIA DE ORIGEM

As tirinhas ácidas e de humor negro de Cyanide & Happiness geraram centenas de animações curtas com roteiros inéditos.

Ainda bem que existe o You Tube, pois talvez nenhum canal de TV tivesse coragem de exibir isso.

Todas tem legendas em português, basta ativá-las.


O PLANO DE DEUS

SALA DE AULA

O CRISTIANISMO É BOM PARA O MUNDO? - Comentário




Dinesh D'Souza é um indiano que se tornou escritor nos EUA. Conservador e apologista cristão, Souza defende o Colonialismo inglês na Índia. Neste debate com Michael Shermer sobre religião e ateísmo, ele dá várias declarações que achei que não foram suficiente respondidas por Shermer e decidir dar minha opinião de leigo. Assistam o vídeo e depois leiam minha resposta ao que ele diz:

1) A premissa política e territorial está correta: a desculpa pode ser o deus, a religião, a ideologia, a porcaria que seja, mas é tudo usado como desculpa para invadir, saquear e tirar a liberdade de alguém ou de um povo. O verdadeiro motivo é sempre a ganância ou a vingança.

2) As pessoas que fazem a guerra, massacram seu povo ou atacam o seu vizinho, seja motivada por um discurso religioso ou ideológico, não acreditam nos aspectos positivos ou amorosos de sua religião ou ideologia e buscam em ambas apenas motivos para julgar, condenar, roubar e matar. Nesse caso, a hipocrisia é a realidade em que vivem essas pessoas.


O "Deslocamento" dos ombros e braços era uma das torturas lights da inquisição contra "bruxas" e hereges.


3) A Igreja manteve muitos dados sobre julgamentos de bruxas no passado e por isso se pode ter boas estimativas. Ao mesmo tempo, linchamentos eram bastante comuns na época e como se sabe, nem sempre o povo tem paciência para aguardar o veredito da lei ou a chegada de um inquisidor. Por isso mesmo não se pode ter uma ideia real do número de mortes que a histeria causada durante 350 anos pela crença em bruxas pode ter causado, especialmente em vilarejos do interior. Para acusar uma pessoa de bruxa, bastava o testemunho de qualquer um contra qualquer pessoa. Ninguém estava livre de acusações e quanto mais antissocial a pessoa você, mais suspeitas poderiam recair sobre ela.

 4) Apesar de Souza tentar livrar a cara do Cristianismo, vale lembrar que ele é uma ideologia, mas por ser uma ideologia que se diz divina, seus seguidores buscam colocá-la além da crítica e julgamentos e nesse caso, se alguém dizia que está matando em nome de deus, isso se justificava por si só e evitava a revolta da maioria (dependendo da época e cultura). Durante todos os séculos de imposição da ideologia cristã ao mundo, judeus, mulheres, negros, índios, homossexuais, indianos e árabes eram considerados cidadãos de segunda classe, pessoas sem alma e assassinos de Cristo. Por esse motivo, todas essas pessoas sofreram preconceito, aprisionamento, escravidão, massacres e guerra contra elas nos últimos. Não esqueçamos que os espanhóis, o maior império católico, dizimou milhões de índios na América Central e Sul usando a religião como justificativa (para não dizer que era só pela terra e ouro).

5) É claro que ateus podem e são tão canalhas quanto qualquer Malafaia da vida, mas eu não tenho conhecimento suficiente pra dizer que tantos milhões de pessoas foram mortas em regimes comunistas porque os governantes queriam impor o ateísmo. Elas eram perseguidas, presas e mortas por não compactuarem com o regime ou por serem consideradas perigosas, pois a paranoia é um sintoma de regimes autoritários, religiosos ou não, e inimigos precisam ser criados para manter o status quo. Vamos lembrar que a perseguição e extermínio de Hitler aos judeus foi o ápice de uma propaganda nefasta contra judeus organizada e perpetrada pela Igreja Católica durante quase 2.000 anos. Não fosse o ódio e preconceito milenar contra judeus, os argumentos dos nazistas contra eles talvez não tivessem sido tão bem aceitos.

6) Souza disse que hoje não acontecem mais massacres de bruxas e que é bobagem acreditar que isso poderia acontecer, mas cada época e cultura tem o seu objeto religioso de ódio e hoje, para muitos religiosos, esse objeto são os homossexuais e em junho de 2016 tivemos um massacre de mais de 50 pessoas em uma danceteria gay por um homofóbico criado em uma cultura religiosa que odeia homossexuais. Não é cristã, mas a motivação superficial é religiosa, portanto desculpável para muitos islâmicos. E vale lembrar que muitos cristãos nos EUA aplaudiram o massacre da boate. Então, sim, o assassinato de "bruxas" continua sendo incentivado e apoiado em sociedades cristãs.


Pastor cristão celebra culto celebrando a morte de homossexuais no massacre de Orlando.


7) Bin Laden, se estivesse vivo, imaginaria sim, um mundo dominado pelo Islã e bilhões de infiéis submetidos ou mortos por terem valores ocidentais e seculares. Hoje, o ISIS imagina isso por ele.

8) Os valores da sociedade ocidental vem da cultura grega, do judaísmo, do cristianismo e nas últimas décadas, graças ao acesso a outras culturas, vem da toda parte. Não acho que seja uma questão de gratidão a qualquer uma delas, pois isso é simplesmente um fato da realidade e não vivenciamos outro. Todos os valores podem ser distorcidos de forma política ou religiosa para criar uma sociedade injusta e desigual e a realidade nos mostra que eles estão e continuam sendo distorcidos pela maioria de acordo com seus próprios interesses individuais. Faz parte da natureza humana. Alguns lutam contra esse lado brutal, mas a maioria de nós não consegue.

Debate completo, sem legendas.