O SUPERMAN, canção e clip lançados em 1981 que tiraram Laurie Anderson dos fechados círculos dos artistas de vanguarda e a colocaram nas coleções de qualquer apreciador de música moderna com conteúdo.
A primeira vez que vi a Laurie Anderson foi no cinema. Era 1985, eu tinha 19 anos e era sócio do Clube de Cinema de Porto Alegre, que organizava uma Mostra Internacional de Cinema todo ano. E dentre os vários filmes bacanas que eles trouxeram naquele ano, um foi o documentário do show da artista multimídia e performer Laurie Anderson. Com seus cabelos curtos e jeito um tanto masculino, mas sem deixar de ser sexy e linda, ela recitava poemas, contava histórias bizarras, realizava performances e coreografias muito interessantes . Ah, sim, e ainda por cima cantava muito bem. O nome do filme era HOME OF THE BRAVE (TERRA DOS BRAVOS), nome retirado de um verso do hino nacional americano.
Na sessão da meia-noite que assisti, num cine Avenida lotado com mais de 1.000 pessoas (os antigos cinemas de bairro sempre tinham lugares para mais de mil pessoas), várias pessoas dançavam nos corredores laterais e a sessão toda foi uma grande festa à música de vanguarda da época. Levei minha namorada para assistir novamente no outro dia, mas ela ficou com medo do filme/show bizarro da Laurie e pediu para ir embora... :-(
Ainda hoje, não conheço ninguém que consiga se equiparar ou mesmo arrisque imitar o som tão próprio desta debochada crítica da política e da sociedade ocidental.
Viúva do famoso roqueiro Lou Reed, Laurie Anderson, hoje com 71 anos, é uma das grandes artistas experimentais musicais surgidas nos anos 70 que continua em atividade até hoje e com uma criatividade inabalável.
Em 2008, emocionado, assisti o seu show HOMELAND, na abertura do 15º PORTO ALEGRE EM CENA. Mais um pequeno grande sonho realizado.
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Não adianta achar que os micos acabam junto com a adolescência.
1.000 É O NÚMERO...
... de micos que você vai pagar durante a sua vida inteira!
... de beijos que você vai dar antes de pegar uma herpes labial!
... de calorias que você consome comendo pipoca gordurosa no cinema!
... do total de quilos que você ganha e perde na sua eterna briga com a balança!
... de vezes que você vai cortar o cabelo, achar uma porcaria e chorar na frente do espelho!
... de chicletes que você masca até aparecer uma cárie!
... de vezes que você escuta de seus pais todo mês: “Baixa esse som!”
... de conferidas do look no espelho que você dá por semana, mas sempre acaba esquecendo de conferir aquele pedaço de feijão no dente!
... de sapatos, botas e sandálias que você gostaria de ter!
... de chocolates que você quer comer quando está menstruada!
... do valor que você vive rezando para sua mesada virar!
... de baladas furadas em que você vai se meter!
... de vezes que você vai ter pedir para ir pra Disney antes de conseguir... ganhar um boneco do Pateta!
... de arrotos e peidos que seu namorado vai dar na sua frente antes de você finalmente dar um pé na bunda dele!
... de livros que você vai ter que ler na vida para deixar de ser minimamente ignorante!
... de posters e fotos de sua celebridade favorita que você acumula antes de enjoar dela e jogar tudo fora!
... de amigos que você tem no seu orkut lotado de gente que você adicionou só para dizer que tem um monte de amigos, quando na verdade você não tem nenhum!
... é o número de CAPRICHOs que você vai comprar até sua neta de 10 anos te perguntar o que é tem de tão bom na CAPRICHO e você responder: “A coluna do Jerri Dias Júnior.”
Capa da graphic novel. Clique nas imagens para ampliar.
Nesta bela graphic novel de 280 páginas que demorou dois anos para ser produzida, Daniel Galera e Rafael Coutinho demonstram que os Quadrinhos nacionais chegaram à sua maturidade.
Sinopse
Uma velha grávida, um decadente ator chinês no Brasil, um escultor apaixonado pela sua arte, um rapaz adepto do bondage, um playboy de moral duvidosa, um escritor e sua ex-mulher... Personagens que não se cruzam, mas que se entrelaçam em sua humanidade.
Os Autores
Entrevista com os autores na Palavraria, em Porto Alegre (RS), onde eu estive para garantir meu exemplar autografado ;-)
Daniel Galera foi um dos precursores do uso da internet para a literatura, editando e publicando textos em portais e fanzines eletrônicos entre 1997 e 2001. Foi um dos convidados da segunda edição da Festa Literária Internacional de Parati (FLIP), em 2004. Já publicou quatro livros, além de ter participado em algumas antologias de contos. Seu último livro ganhou o Prêmio Machado de Assis de Romance, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional em 2008. ATÉ O DIA EM QUE O CÃO MORREU (2003) foi adaptado para o cinema em 2007 com o título CÃO SEM DONO, com direção de Beto Brant.
Rafael Coutinho se formou em Artes Plásticas pela UNESP em 2004. Produziu curtas-metragens como animador e diretor (AQUELE CARA (2006) e AO VIVO (2008), e participou de importantes publicações como quadrinista (BANG BANG - ed. Devir-2005, CONTOS DOS IRMÃOS GRIMM - ed. Desiderata). Foi integrante do grupo Base-V, produzindo murais, exposições e publicações de arte experimental. Desde 2007, expõe pinturas, desenhos e esculturas na Choque Cultural.
A Graphic Novel
Para quem curte cinema como eu, CACHALOTE imediatamente remete a dois grandes filmes: SHORT CUTS de Robert Altman e AMORES BRUTOS de Alejandro González Iñárritu. E a boa notícia é que não fica nada a dever para nenhum desses dois. Se transformado em película, CACHALOTE seria um daqueles filmaços de 3 horas de duração que imediatamente se transformaria em cult movie, se bem dirigido. O storyboard está pronto e os diálogos são tão naturais, dinâmicos e despojados que não carecem do nenhum tratamento adicional. Como num filme de Hal Hartley.
Xu Dongsheng, um decadente ator chinês que perde um amigo do qual mal tomava conhecimento.
O roteiro de Galera, com colaborações do ilustrador Coutinho, nos coloca em realidades tão conhecidas quanto distantes de nossas vidas razoavelmente pacatas. Supondo aqui que a maioria dos leitores desse blog não são uma velha grávida, um ator chinês, um escultor, um(a) adepto(a) do bondage, um playboyzinho e um escritor deprimido. Mas por mais diferentes e incomuns que sejam alguns desses personagens, suas motivações, dúvidas e necessidades são os da maioria dos seres humanos ditos normais e funcionais: a busca pelo prazer, pelo amor, pela realização pessoal, seja ela qual for.
A Cachalote que dá título ao livro está lá, às vezes de forma literal, às vezes simbólica ou onírica e segundo os autores, aplicando-se a já velha visão pós-moderna, cabe a cada um entendê-la como quiser. Eu nem vou dizer o que a baleia representa para mim para não arriscar passar por burro...
A imagem mais bela da obra.Inspirada neste vídeo do Chemical Brothers?
O traço preto e branco de Coutinho (filho de Laerte, fui saber a pouco) nos mostra um mundo bonito habitado por pessoas de aparência feia e/ou patética . Para quem está acostumado a quadrinhos mais tradicionais, onde todos tem rosto e corpo de modelos, os personagens de CACHALOTE nos jogam na cara a realidade do corpo humano da pessoa comum, ou seja, nós mesmos. Nem mesmo a garota mais linda da narrativa toda tem um corpo belo. E seu rosto nunca é mostrado... Lembrando em algo os originais traços do desenhista francês François Bouq, Coutinho, claro, tem um estilo que rivaliza com o dos melhores profissionais da área.
Considerações Finais
Tinha pensado em escrever sobre cada um dos personagens e suas desventuras, mas isso implicaria em descrever e comentar algumas cenas chaves da narrativa e eu odeio quando leio esse tipo de coisa em resenhas e críticas. Então, minha sugestão é que, se você gosta de narrativas não-convencionais, bizarras e sobretudo, honestas e verdadeiras; leia logo essa obra-prima do quadrinho nacional. Coisa que raramente acontece por aqui...
Ah, sim. Cachalote em inglês é Sperm Whale. Fica a dica... ;-)
A misteriosa narrativa do escultor assediado por um cineasta que escreveu um roteiro de ficção que contém elementos demais de sua própria vida é a mais intrigante da obra.
Quer comprar?
NOVO – Clique nos banners do Submarino ao lado e digite CACHALOTE na busca.
O La La La Human Steps é um grupo de dança contemporânea canadense conhecido por suas coreografias acrobáticas e com movimentos intensos e explosivos. A assinatura coreográfica do grupo é o barrel jump, uma pirueta horizontal no ar, igual à de muitos filmes de Kung Fu.
Nessa empolgante coreografia chamada SEXO HUMANO, coreografada por Édouard Lock e com performance da excêntrica Louise LeCavalier, o sexo é retratado como impulso sem hesitação, ação e reação imediata, não há tempo para palavras carinhosas ou olhares ternos, apenas para a satisfação imediata dos corpos.
Ah, não adianta eu tentar me enganar. As NERDs são as melhores...
A Batalha entre POPULARES & NERDS é eterna. Descubra aqui o limite entre ser...
POPULAR OU UMA NERD!
1. Você é POPULAR se fica com o gato mais gostoso da escola, mas é uma NERD se o gato que você fica é o gato vira-lata que fica rondando o colégio para pegar os ratos que fogem da lanchonete.
2. Você é POPULAR se faz uma cola arrasadora e ainda consegue passar os resultados para todas as suas amigas, mas é uma NERD quando ao tentar passar uma resposta para uma amiga a professora flagra as duas no ato.
3. Você é POPULAR quando todos te convidam para baladas, mas uma NERD quando só te convidam para fazer trabalho em grupo de Geometria.
4. Você é POPULAR quando dá uma resposta debochada para a professora e a deixa sem ação, mas uma NERD quando tenta defender a professora contra a turma e fracassa.
5. Você é POPULAR quando conta a fofoca mais quente, mas uma NERD quando conta a fofoca mais quente e a pessoa fofocada está logo atrás de você.
6. Você é POPULAR quando é a primeira a perder a virgindade entre suas amigas, mas uma NERD quando perde a virgindade e não tem amigas para quem contar.
7. Você é POPULAR quando vai dormir na casa de uma amiga e leva uma camisola super-sexy por causa do irmão gato dela, mas uma NERD quando gosta mesmo é de ir dormir com uma camisola velha que pertenceu a sua avó!
8. Você é POPULAR quando vê os meninos pelados no vestiário e ninguém fica sabendo, mas uma NERD quando você é jogada para dentro do vestiário masculino pelas populares do colégio.
9. Você é POPULAR se é burra e linda de morrer, mas uma NERD se é super-dotada e dentuça.
10. Você é POPULAR se foi assistir a Copa do Mundo com seus pais na Alemanha e ainda bateu uma foto abraçada com o Cristiano Ronaldo da Seleção de Portugal, mas uma NERD se vai para a Alemanha e traz de lembrança uma foto com o Parreira.
A Coletânea ficava nos altos do Mercado Público. Naquelas janelas onde está indicado. Clique nas imagens para ampliar.
Mil novecentos e oitenta. Treze anos de idade. Um ano de azar e de sorte. Azar porque repeti o ano, sorte porque fiz amizades que ainda estão por aqui. E por mais que os anos nos tenham separado durante certo tempo, esse texto não existiria se não tivesse conhecido essas pessoas.
Mas essa crônica não é sobre essas pessoas, é sobre uma outra, que apesar de não ter tido a oportunidade de conhecer bem, tratou a mim e aos meus amigos como se fossemos seus filhos, o que de certa forma, fomos.
Em Milão, esta Comics Store e sua bagunça organizada me lembrou muito o ambiente aconchegante da Coletânea.
Como eu dizia, foi em 1980 que um novo amigo me levou ao Centro e me fez subir os dois lances de escada que levavam ao terraço do Mercado Público de Porto Alegre. Havia uma placa antecedendo uma sala enorme onde maravilhas eram vendidas, trocadas, colecionadas e discutidas por pessoas de todas as idades. Na placa estava escrito Livraria Coletânea. Sua proprietária e única atendente era uma senhora de mais ou menos 50 anos: Dona Yolanda.
Uma paixão avassaladora dominava a mim e aos meus amigos na época. E a todos que entravam na Livraria Coletânea. Mas a mais apaixonada deveria ser, sem dúvida, a Dona Yolanda. Nossa paixão: Histórias em Quadrinhos, ou se preferir, gibis. Sim, gibis. E o que demonstraria maior paixão do que criar um lugar só para eles? Um lugar onde eles não fossem tratados apenas como mercadorias, mas onde as pessoas pudessem conhecer outros colecionadores, fazer amizades, criar fanzines? A Dona Yolanda não tinha a única Comics Store (na época esse nome nem existia) de Porto Alegre... havia outra, mas naquela, não se podia ficar mexendo nas revistas e as pessoas só entravam para comprar e nada mais. Para mim, era como se nem existisse.
Os álbuns gigantes de Flash Gordon ilustrados pelo mestre Alex Raymond foram uma aula de história dos comics.
Mas na Coletânea da Dona Yolanda a história era outra. Como uma simpática professora, ela nos mostrava, entusiasmada, todos os grandes mestres da ilustração e as melhores narrativas. E não posso deixar de dizer... era engraçado ser introduzido mais ainda no reino dos quadrinhos por uma pessoa mais velha que meus pais e que ainda por cima era mulher, já que o mundo dos Quadrinhos costuma ser essencialmente um Clube do Bolinha. E havia essa outra qualidade que só as livrarias mais modernas tem hoje em dia. Lá, podia-se ler os gibis! Comprando ou não, podia se ler de tudo! Posso dizer que já morri, fui para o Céu e voltei... E para quem acha que esse tipo de marketing não dá certo, engana-se. Eu acabava comprando boa parte do que lia, pois não conheço colecionador que após ler ou apreciar a história ou as ilustrações, que não fique com uma coceira no bolso.
Lá eu conheci e li a série de álbuns do FLASH GORDON escritas e ilustradas pelas magníficas mãos de Alex Raymond, descobri que os heróis da MARVEL já haviam sido editados por várias outras editoras além das conhecidas EBAL, RGE e ABRIL. Achei até uma revista de 1972 chamada HARTAN, O SELVAGEM, que não era outro senão o famoso CONAN, O BÁRBARO. O porquê dessa estranha modificação do nome ninguém soube dizer, mas hoje acredito que a editora simplesmente publicou o personagem sem pagar os direitos à MARVEL. Pirataria de gibis era comum na época...
Eu tinha esse gibi do Conan... opa, quero dizer, Hartan!
Durante três anos eu frequentei a livraria duas vezes por semana para encontrar com os amigos, conversar sobre quadrinhos e ampliar minha modesta coleção. Me lembro com carinho certa vez em que estava com pouco dinheiro e queria muito comprar um exemplar de 1975 da revista do HOMEM-ARANHA que faltava na minha coleção e ela, notando minha decepção ao saber do preço, me vendeu pelo dinheiro que podia pagar!
E assim a Coletânea e a Dona Yolanda funcionavam, de modo meio anárquico, e nós agradecíamos, com muita propaganda boca-à-boca e comprando suas raridades. Mas como todo herói de Histórias em Quadrinhos, a Dona Yolanda teve seu arquiinimigo. O ano era 1983 e a prefeitura da época queria o espaço alugada da Coletânea para alojar um departamento do DMAE. Útil ou não, isso acabaria com o espaço cultural extra-oficial que era a Coletânea. Apesar do abaixo-assinado feito na época, a Coletânea teve que sair. Mudou-se para uma sala duas vezes menor em um prédio próximo, escondida entre os andares e entre escritórios burocráticos. Em 1985 conseguiu se mudar para uma grande banca externa entre o MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul) e o antigo prédio dos Correios (hoje um centro histórico cultural). Dona Yolanda não conseguiu se adaptar e passou a banca para sua filha e genro. Nessas alturas, a Coletânea como todos a conhecíamos, não existia mais. A mudança da Coletânea foi ruim para nós e muito pior para a Dona Yolanda, que já não se encontra mais entre nós.
O gibi do Homem-Aranha que a Dona Yolanda me vendeu com super-desconto. Este e outros estão na minha estante até hoje...
Mas a paixão pelos quadrinhos que ela ajudou a gerar e a manter durante todos aqueles anos continua dando frutos até hoje. Sem ela, as Comics Stores que surgiriam logo após seu fechamento, não teriam surgido, pois elas apareceram para preencher o vácuo deixado pela Coletânea. E arrisco, até mesmo a GRAFAR, a associação de artistas gráficos do RS, sem as antigas e juvenis reuniões na livraria da Dona Yolanda no Mercado Público, onde boa parte dos colecionadores, desenhistas e roteiristas de Porto Alegre devem ter tido um agradável papo sobre Quadrinhos com ela.
Janeiro, 1993
P.S. – Infelizmente não tenho fotos nem da Dona Yolanda nem da Coletânea. Atualizei alguns dados do texto e desde 1997, o mezanino do Mercado Público, onde ficava a Coletânea, virou um local de alguns bons restaurantes e espaços culturais. Até feiras de Quadrinhos se realizam por lá agora. Ironias desse Brasil...
Quem não gosta é porque tem sangue de barata, e eu, como pessoa de sangue quente, adoro vampiros e acho que vale a pena divulgar e incentivar nossa literatura nacional que trata do assunto.
Bem, minha colega escritora Simone Marques estará lançando o livro AGRIDOCE e está esperando vocês para prestigiar esse lançamento.
Onde: Bienal do Livro de São Paulo – SP – Stand da Ed. Multifoco
Quando: Sexta feira, 13 (de agosto) – Das 18:00 às 20:00
E no dia 21 de agosto, às 20:00, na mesma Bienal, um debate imperdível da Simone com Adriano Siqueira e com a presidente do fã-clube de CREPÚSCULO. Afie sua língua e seus dentes e compareça!
Espero que nesse debate rolem comparações entre Edward, Dracula e Lestat, entre outros... Clique para ampliar.
E pra quem não lembra, a Simone Marques escreveu o livro GÊNESE PAGÃ, já criticado por este blog.
Após temporada de sucesso nos Teatros Renascença e Sala Álvaro Moreyra, o espetáculo “dar carne à memória” está de volta, reunindo agora as coreografias de grupo e de solo. Concebido e coordenado por Mônica Dantas, o projeto recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2009 e tem por objetivo a recriação e celebração do patrimônio coreográfico da dança contemporânea em Porto Alegre, através da remontagem de obras de Eva Schul.
Com quase 40 anos de carreira, Eva Schul apresentou inúmeros espetáculos e coreografias, além de criar e dirigir companhias de dança contemporânea em Curitiba e Porto Alegre, receber prêmios importantes na área e ter suas obras consideradas como referências para a dança contemporânea no Brasil. As coreografias de grupo pertencem a três períodos distintos. Um Berro Gaúcho, criada nos anos 1970, tem trilha especialmente composta por Toneco e Carlinhos Hartlieb; Hall of Mirrors, de 1986, utiliza música do grupo alemão Kraftwerk; Catch ou como segurar um instante, de 2003, tem trilha composta por Celau Moreira.
UM BERRO GAÚCHO - Alessandro Rivelino - Foto de Marina Camargo
Os solos e duos são recriações dos intérpretes-criadores que participaram da elaboração dessas obras como integrantes da Ânima Cia. de Dança, nos anos 90. Temos Eduardo Severino em Ser Animal; Cibele Sastre em O fio partido; Mônica Dantas em Caixa de Ilusões; Tatiana Rosa em Tons; Luciana Paludo em Solitude e Luciano Tavares e Viviane Lencina em De um a cinco. As trilhas sonoras têm composições especialmente escritas por músicos como Antônio Villeroy, Ricardo Severo e Guenther Andreas.
CAIXA DE ILUSÕES - Monica Dantas - Foto de Licia Arosteguy
SERVIÇO:
Quando: 07 e 08 de agosto de 2010
Onde: Teatro Renascença – Érico Veríssimo, 307 (com estacionamento)
Duração: 120 min + intervalo
Ingresso: R$ 10,00 R$ 5,00 meia entrada (para classe artística, estudantes e maiores de 60 anos)
Horários: Sábado às 21h e domingo às 20h Ingressos no local
CATCH OU COMO SEGURAR UM INSTANTE - Foto de Marina Camargo
DA SÉRIE O QUE AS PESSOAS DEIXAM DE DIZER QUANDO DIZEM...
“Rebelde e Malhação são programas pra jovens retardados”...(mas como eu tenho um olho crítico, posso assistir sem problema.)
“Refrigerante faz mal pros ossos, engorda e não passa de um xarope químico”... (que eu não consigo parar de beber!)
“Menina de mini-saia é muito-vulgar”... (e quando eu era jovem e ainda não tinha as pernas cheias de varizes, minha mãe não me deixou usar.)
“Na tua idade eu não passava a noite fora com o namorado”...(tinha que fazer tudo escondido e morrendo de medo de ser descoberta!)
“Eu fiquei sabendo que o fulano foi numa balada gay”...(e ainda bem que ele não viu que eu também tava lá.)
“Que namorada o quê?! Eu só fico”... (chupando o dedo.)
“O que é que ela tem que eu não tenho?... (além de ser mais bonita, mais esperta, ter mais atitude e já transar.)
“Juntei minha mesada, comprei um celular que baixa MP3, dá pra assistir vídeos e tem até câmera digital com zoom”... (só que é pré-pago e não sobrou nenhum dinheiro pra comprar cartão.)
“Eu não entendo essa balança, eu juro que já faz sete dias que só como arroz”... (com batata-frita, picanha, ovo, massa, frango frito, feijão, bacon e lingüiça.)
“A melhor banda de rock brasileiro é o Jota Quest!”...(também, me pagando pra escrever isso!)
Jerri Dias sempre diz uma coisa quando quer dizer outra.
Estava visitando os blogs que deixam comentários por aqui quando topei com o blog da Beatriz Sakude e com seu humor irreverente e debochado, que ela diz que está começando a praticar. Me pareceu que ela já pratica isso há muito anos... ;-) Decidi convidá-la para postar aqui e ela me enviou esse post com suas considerações sobre algo sem a qual, pessoas inteligentes não vivem: a ironia.
Ironia faz parte do meu humor. Faço ironia demais, às vezes até faço ironia da ironia, se possível. Acho que vou ter uma overdose de ironia (se possível)... Uma ex-professora de português explicou que era algo que eu fazia muito, mas não sabia o nome: Ironia. Ironicamente, essa professora não gosta de ironia.
Irônico é as pessoas fazerem tantas perguntas tão bobas e óbvias... lógico que minha resposta seria contrária da verdadeira (irônica). Algumas são tão idiotas, que não tem como não ser irônico. Dá uma pena, uma dor, logo penso que a pessoa não tem conhecimento.
Exemplo:
Esses dias eu tava devolvendo um filme na locadora. Cheguei no balcão e o funcionário perguntou: -Vai devolver? -Não. Esse filme é de outra locadora e vim vendê-la pra essa. Tá a fim? 40 contos porque é ilegal. Ele deu uma risada escandalosa. Eu continuei: -Vamos propor uma troca? Eu te dou essa e eu pego outra. Fechado? -Fechado - disse ele, brincando também - só que aí você vai ter que pagar pela que você vai pegar. -Pera aí! Isso já é roubo! Só pago metade, porque sou estudante!
-Seis horas da manhã, na entrada do CTA - uma espécie de condomínio com seguranças-soldados. Técnicamente falando, CTA é uma base aérea. Os guardas coletam dados de quem vai entrar para liberarem a entrada - um soldado perguntou: - Visitante? Eu repondi: - Quem vai visitar a uma hora dessas? Pobre visitando rico? Isso não existe, meu filho. Pobre vem pra trabalhar!
Tempos atrás, quando caiu aquele avião (vôo 447 - Air France), houve uma bela discussão na nossa sala. -Deve ter sido os ventos do Oceano Atlântico, pode ter tido uma turbulência forte (opinião de nerd)... -Eu ainda acho que a possibilidade dos E.T's terem abduzido o avião está em grande vantagem (opinião de Steven Spielberg). Nesse dia, uma colega nossa disse que o Príncipe do Brasil estava no avião. Pêra aí! Príncipe? Só se for do Castelo da Pamonha! - Quem viaja pela rodovia Castelo Branco(SP), sabe do que eu estou falando - Desde quando a família real permaneceu aqui no Brasil? Que eu tenha estudado, eles voltaram para Portugal.
Gabe, uma vez, estava me contando que a amiga dela explicou corretamente o significado de Socialismo: -Você sabe o que é socialismo, Amanda? -Sim. É quando as pessoas se vestem de roupas sociais. Juro que, na hora, bateu uma baita pena na cabeça. Era como alguém bater a cabeça na parede e eu sentir que doeu.
Imagina uma conversa (um telefonema) entre duas pessoas totalmente irônicas? Seria mais ou menos assim:
-Oi, George! Tá vivo? -Não. Tô morto! Estou falando do além. Como você conseguiu o número do céu? -O número ta registrado no meu cel. Tenho meus contatos com o Diabo também. Sabe o que ele falou pra mim um dia? -Que você é igual a ele. Seus chifres estão quase alcançando o céu. Deus deve estar pergutando: "O que seria esse aterfato invadindo a minha nuvem?" -Torturador de c*? -Não. Armadilha para pés angelicais. (Silêncio) -Vamos falar sobre outro assunto. O que você quis dizer com "chifres"? -O que você acha? -Acho que estou virando um veado. Poupe-me de piadas de duplo-sentido. -Eu acho que você deveria procurar um psicólogo. Isso não é normal, meu amigo. -Por que não seria um médico? Efeitos colaterais podem ser graves. (Silêncio) -P*rra! Sua mulher tá te traindo, cara! Se ligou agora? -Não. Liguei quando você atendeu há alguns minutos atrás. Como assim, minha mulher ta me traindo? -Não. É o contrário. Você ta surdo, é? -Não. Ouvi perfeitamente. Com quem, cara? -Comigo, idiota! -Sério? -Não, né? Com o Ricardão. -O Ricardão da padaria? -Não. Da Igreja. Existe outro Ricardão? -Vai que existe? Nesse mundo estranho, pode haver qualquer possibilidade. Bem que ela está saindo muito de casa... Diz que vai na farmácia, ou até mesmo na padaria. -Então.. -Como ficou sabendo? -Peguei os dois no flagra aqui na esquina. -Sério? P*ta m*rda! -Não! Isso tudo é mentira, mano! (risos) Te peguei!! Hahaha! -P*ta que pariu, cara! Você me matou de susto!! Já tava acreditando em tudo isso. -Tava zoando, cara! Voce caiu direitinho. -Acho que ainda tô caindo. O buraco é fuuuundo.. (Silêncio) -Rapaz, sabia que eu abri um novo negócio? -Sério? De quê? -Loja de Computadores. -Nossa! Que maneiro! E qual o nome da loja? "Cyberteclar"? -Ainda não arranjei um nome. -Como vai ser a propaganda? "Deu pau no seu PC? Então, pare de visitar sites pornôs e venha comprar um novo PC aqui." -Boa! Mas estava pensando em algo como: "Está rolando um novo vírus forte, chamado: Gripe Suína. Não é só os humamos que podem pegar essa doença, seus computadores também. Venha para a Loja tal e compre um PC com anti-vírus da Gripe. Aqui, nenhum porco dá tilt!" Que tal? -Desse jeito, é mais fácil assaltar computadores das pessoas e ameaçar as vítimas a comprar computadores na sua loja. -Da onde você acha que eu consegui os computadores para vender? ATENÇÃO: Não dá para confiar em pessoas irônicas.
Desculpe, amigos. Realmente não dá, mas não se preocupem: Existe limite! Eu não suporto pleonasmo! - outras palavras que tem o mesmo significado que a outra. Ex: • Subir pra cima - Sim, acho que a Física não descobriu “subir pra baixo”. • Repetir de novo - Essa eu ouço muito durante as aulas. • Reler/reescrever de novo - (Mesma coisa) • Fato real - Nunca vi fato fictícia! • Encarar de frente - Conselho muito agradável. Encarar de costas deve ser meio confuso, pois sua bunda não serve para isso. • Voltar pra trás - Existe voltar para frente? • Fim do Final - Pelamordedeus! Fim e ponto final(.)! Esse é para aqueles que gostam de ser detalhistas e explícitos e não sabem contar uma história. São essas pessoas pleonásticas que me fazem perder a cabeça e ser totalmente irônica. É pra acabar comigo!
Li uma vez - não sei aonde, não me pergunte - aquelas pérolas do Galvão: "Se entrar é gol". Gênio! - Essas pérolas acabam comigo também.
Ando observando muito as minhas amigas (essa é pra Gabe e Paula) ironicas, interessante é que elas não riem da própria ironia, as quais nos fazem rir. Isso mostra que a pessoa é foda, então. O nível de humor da pessoa está no topo, enquanto os que caem na risada não conseguem chegar a esse nível (óbvio).
Adoro ironia! Uma das vantagens de adorar comediantes de Stand-Up. Como Rafinha Bastos, Leandro Hassum, Marcius Melhem, Fernando Caruso, Claudio Torres Gonzaga... Okay. Adoro outros mais, mas esses são irônicos do começo ao fim.
Mesmo sendo sarcástica demais, ironia é a mais pura, inteligente e real linguagem que o ser humano pode fazer. Além de divertir os outros, claro. Uma das belas vantagens da ironia. Afinal, Rir é o melhor remédio. Ironia nada mais é que uma mentira verdadeira.
beijosmeliga ;*
P.S: O mundo seria habitado por idiotas, que não enxergariam os erros de sua própria linguagem, se não houvesse ironia. P.S²: Pior que existem e admito (ponto final).
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