terça-feira, 31 de maio de 2011

MOBY – Videoclip



Já faz mais de 15 anos que escuto o Moby e tive o privilégio e felicidade de ter ido em seu show no Pepsi on Stage em Porto Alegre, fevereiro de 2010. DJ, compositor e músico, esse novaiorquino de 45 anos é uma das figuras mais cool do cenário da música eletrônica desde 1991. Além de já ter tido 8 singles nas mais tocadas do Reino Unido, lançado 10 álbuns e recebido uma pá de prêmios, ele ainda arranja tempo para se dedicar a diversas causas humanitárias e pelos direitos animais. E para ser ainda mais legal, Moby libera os direitos de suas músicas de graça para filmes independentes! :-)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

CAPRICHO 1023

Além de todas essas coisas, o profeta Luís Claudio é...
( ) Picareta!
( ) Malandro!
( ) Safado!

Todo mundo adora responder pesquisas.
Então prove que você sabe das coisas e tem opinião respondendo essa...

ENQUETE ENQUETEIRA


1. Você assiste Malhação porque...

( ) Você super se identifica com as protagonistas, garotas com mais de 20 anos que ainda estão na 8ª série!
( ) Porque você assiste a série há mais de 10 anos e quer saber como é que vai acabar.
( ) A TV já estava ligada e você tem a maior preguiça de trocar de canal.

2. Você entra no orkut para...

( ) Ver com quem o galinha do seu namorado anda trocando scraps.
( ) Trocar scraps com outros gatinhos através do seu orkut falso porque o seu namorado não entende esse seu lado meio galinha.
( ) Ter discussões intelectuais e profundas nas comunidades “Cachorro with lasers” e “Eu adoro chapinha”.

3. Você acha que come demais quando...

( ) Vai no cinema e compra um Big Mac, uma barra enorme de chocolate, um pacote de salgadinhos, um balde de pipoca, um litro de Pepsi e uns chicletes, que é pra garantir que não vai faltar coisa para mastigar.
( ) Está menstruada e come um chocolate atrás do outro, sem se importar com a marca ou procedência do produto, até mesmo aquele pedaço que caiu atrás do sofá na semana passada..
( ) Fica grávida aos dezesseis anos e come presunto com morango, arroz com açúcar, batata frita com chantily e bife com sorvete. No café da manhã.

4. Qual a parte do corpo do homem que você mais gosta?

( ) O bumbum, porque é nessa região que ele guarda a carteira.
( ) A mão, porque é com ela que ele puxa a carteira para te comprar um presentinho.
( ) A boca, porque é com ela que ele pergunta para o balconista “Quanto é?”

5. Quando você está deprimida, você...

( ) Tenta se alegrar escutando Jota Quest, mas isso só te afunda mais na fossa.
( ) Aceita a depressão e vai chorar num cantinho.
( ) Vira emo.


Jerri Dias faz perguntas demais.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O HOMEM QUE QUERIA FICAR DE PÉ - Crônica



Nove e meia da manhã, esperando o Agronomia que não chegava nunca. Do outro lado da Borges, outros como eu esperavam a mesma coisa, só que os deles chegavam. Queria aproveitar o tempo pra ler, mas baixar a cabeça era um risco que eu não podia correr. Comecei a olhar pra parada do outro lado, pra observar as pessoas, não tinha muita coisa pra ver; uma garota fumando, duas velhas conversando sobre crochê ou trocando alguma receita, um homem de meia-idade segurando uma pasta de couro e olhando insistentemente pro relógio e outras simplesmente trocando o peso de uma perna pra outra enquanto enchiam o saco de esperar. Chegaram duas surdas-mudas trocando sinais; sempre quis aprender isso, não que eu tenha amigos surdos, mas seria legal “ouvir” suas conversas sem que eles soubessem. Principalmente essa, que começava a esquentar, uma delas sacudindo com gestos nervosos e fazendo cara de raiva pra a outra, que aparentemente tentava se explicar. Nunca tinha visto uma discussão entre surdos-mudos e aquela estava me entretendo deveras quando o ônibus delas chegou e elas embarcaram.

Acompanhei seu ônibus até ele sumir na lomba do viaduto, olhei as horas, estava atrasado de novo para a aula, azar. Voltei pro meu passatempo e não tinha nada de interessante na parada do outro lado da rua, só esse velho de calção e camiseta sentado no chão uns dez metros da parada. Foi aí que eu percebi que ele estava tentando se levantar, devia estar podre de bêbado. Olhando seu esforço para levantar comecei a achar que não estava bêbado, que era só um velho sem força nos braços e pernas. Apoiando seus finos braços contra o chão, ele tentava se erguer num patético impulso uma, duas, três, quatro vezes. Apoiava-se num só braço na tentativa de virar de lado, ficar de quatro e aí então, erguer-se. Se mal conseguia se manter com dois braços, imagine com um. Desistiu, olhou para os lados, as pessoas passavam por ele, algumas desviando o olhar pra ele mas nenhuma percebendo seu drama. Eu era o único espectador daquele momento patético na vida de um homem. Solidário com ele em pensamento, atravessei a rua, estendi-lhe uma mão amiga e o ergui. A partir daí via-me perguntando se ele precisava de algo mais e ele dizendo que sim, que precisava de ajuda e eu tendo que pegar o meu ônibus acabava decidindo ajudar o velho e ele me perdiria algo que eu não estaria em condições de fazer como levar ele para sua casa numa favela no cú do mundo e eu só queria ir pra minha aula, já estava com excesso de faltas.

O velho, a essa altura tinha percebido uma placa de Proibido Estacionar perto dele e estendia o braço, tentando alcançá-la. Se conseguisse agarrá-la, levantaria-se sem precisar de ajuda. Fiquei contente pelo velho. Após estender o braço algumas vezes em vão, o velho percebeu que tinha que arrastar sua bunda pelo chão pra conseguir chegar até a placa e assim o fez, sua mão agarrou-se firmemente na barra de ferro da placa e ele puxou seu corpo contra a placa. Nada. O velho percebeu que precisaria colocar mais força em seu braço, puxou e seu corpo ergueu-se uns poucos centímetros do chão, manteve-se assim por uns poucos segundos e caiu de novo e eu quase atravessei a avenida desta vez. O velho, sem mais alternativas, estendeu sua mão a um rapaz que passava, o rapaz parou, segurou seu braço, ergueu-o e o calção do velho caiu. O rapaz, constrangido com o velho de cuecas, deixou ele ali, segurando-se na barra de ferro com o calção aos seus pés. As pessoas passavam, algumas riam, outras sacudiam a cabeça em reprovação, a maioria simplesmente ignorava. O velho baixou lentamente seu braço esquerdo, alcançando o calção com dificuldade, vestiu-o e com uma mão no calção e outra na placa de Proibido Estacionar olhou em volta. Largou a placa e caminhou lentamente até um banco e sentou. Meu ônibus finalmente chegou, embarquei e meu último olhar para o velho viu-o deitar-se sobre o banco para dormir. Abri minha pasta e peguei um livro para estudar, ia chegar atrasado na aula.


Porto Alegre, maio de 2003.


ENQUANTO ISSO...

De 2009 pra cá tenho sido entrevistado pela Denise Lima, do curso de Jornalismo da faculdade Veiga de Almeida de Cabo Frio (RJ), que escreveu uma monografia sobre os meus dois blogs, esse e o do site da CAPRICHO.
Já havia sido citado antes em uma monografia sobre a revista CAPRICHO, mas nunca imaginei que iriam fazer uma sobre o meu trabalho.
O título é...
COMUNICAÇÃO NA BLOGOSFERA:
Blog do Jerri Dias como ferramenta jornalística e comercial

Se ela liberar, depois posto uma palhinha aqui.


300.000 Leitores!


Na verdade, 90% devem ser leitoras... ;-)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

CARL SAGAN (1934 – 1996) – Entrevista




Em 1983, a Rede Globo tinha uma programação muito superior a de hoje e naquele ano a série COSMOS era exibida em horário nobre. Apresentada por Carl Sagan, a série falava sobre a Terra, o Sistema Solar, o Universo, sobre a sede de saber e dos mistérios e desafios que aguardavam a espécie humana no futuro.
Eu, que na época já me interessava por astronomia, fiquei ainda mais entusiasmado graças a esse astrônomo que foi um dos maiores divulgadores da ciência do século XX.
Infelizmente esse cientista carismático nos deixou cedo demais, mas deixou um maravilhoso legado para milhares de jovens e adultos que devem à ele o fato de há décadas olharem a vida e o universo com outros olhos.




terça-feira, 10 de maio de 2011

CAPRICHO 1022




Fala sério, a vida é cheia de decepções, não?
E pra piorar, saca só esse monte de...

COISAS QUE NINGUÉM ESPERAVA!

1. A separação entre Alemão e Siri! Afinal, todo casal formado na casa do BBB é forjado pela chama do amor, e não pela busca desesperada de audiência para garantir mais um tempo na casa e virar celebridade mixuruca.

2. O horóscopo se enganou! Isso depois dele ter te garantido que esse mês você iria encontrar seu grande amor...

3. O gatinho da balada da semana passada não ligou! E ele ainda disse que tava louco pra te ver de novo...

4. Teu cabelo não é liso, não é crespo e nem ondulado! Pois não importa o cabelo que você tenha, ele é sempre uma droga...

5. O teu primeiro salário é uma merreca! Ninguém mandou morar na América Latina...

6. A maior diarréia! Na sua primeira viagem sozinha com o namorado...

7. Ser figurante de novela! Você entra muda e sai calada...

8. Ganhar uma panela! No dia dos namorados...

9. Ser muito feliz! E todo mundo à tua volta te odiar por causa disso...

10. Tirar um big zero na prova! E você tinha se esforçado tanto fazendo aquela cola...

11. O Jota Quest vai morar em Porto Alegre! E o Jerri Dias vai se mudar para São Paulo...


Jerri Dias é uma decepção após a outra.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

FRONTEIRA – Crítica



O autor

Robinson Pereira é jornalista e mestre em Literatura. Leitor ávido de autores como Tom Clancy e Ian Flemming, Pereira decidiu que infiltraria-se em um gênero literário raro no Brasil, o spy fiction (espionagem). SOUVENIR IRAQUIANO, seu primeiro trabalho no gênero, foi bem recebido pela crítica.



Sinopse

Agentes do SNI (Serviço Nacional de Informações) vão a Somália prospectar urânio para o programa nuclear de Saddam Hussein, mas o Mossad, serviço secreto israelense, pretende impedir que isso aconteça. Ao mesmo tempo, uma freira brasileira em uma missão religiosa na Etiópia precisar retirar 250 crianças do país antes que elas sejam massacradas por uma milícia.

O Livro

Baseado em fatos reais, assim como seu livro anterior, FRONTEIRA tem como pano de fundo a estreita colaboração militar que a ditadura brasileira tinha com o então ditador iraquiano Saddam Hussein. Nos anos 70 e 80, militares e agentes brasileiros eram enviados ao Iraque e à Somália para colaborar com o programa militar e nuclear de Saddam. Só que nada disso passava desapercebido pela CIA e o Mossad, que acabavam envolvidos no processo.


"Isso significava pagar pequenas fortunas em propinas e subornos fragmentados, e não pagar de uma vez só para o cara que conhecemos no jantar.Desta forma, não representaríamos um Estado soberano, mas seríamos apenas quatro brasileiros obtendo uma autorização para a operação de nossa empresa de mineração no chifre da África, o que não era obrigatoriamente uma coisa estranha naqueles dias." - Piloto


Através de muita pesquisa e entrevistas com as pessoas certas, Pereira recria engenhosamente o que pode ter sido a missão dos agentes brasileiros em terras africanas. Na linguagem escolhida pelo escritor, todos os envolvidos na trama tem voz ativa na descrição dos eventos: De Kabila, um miserável minerador somali ao general Newton Luz. Dessa forma, o leitor tem uma visão ampla e pessoal de como tudo e todos se entrelaçam no aparente caos dos serviços de inteligência e contra-informação desse universo que está longe de ser glamuroso como os filmes de James Bond.

No início, o leitor pode estranhar essa opção narrativa de Pereira, ao invés do bom e velho narrador onisciente que tudo sabe e tudo explica, mas à medida em que a ação e a vida dos personagens se descortinam aos olhos do leitor, a trama toda parece mais real, crível e humana do que o habitual livro de espionagem. Em FRONTEIRA, não existem espiões que desvendam todos os segredos ou vilões que pretendem dominar o mundo, apenas pessoas que abraçam uma ideologia, uma causa ou meramente lutam pela sua sobrevivência em um mundo cruel dominado por interesses políticos e financeiros onde o que menos importa é o ser humano.


"Simplesmente havia pego a caminhonete e seguido estrada adiante, rumo ao leste, à
Somália. Era inevitável começar a encontrar os soldados etíopes, cubanos e, mais adiante,
as milícias." - Marie


Menção a fatos e locais de SOUVENIR IRAQUIANO são uma adição esperta de Pereira à trama de FRONTEIRA e ampliam a cadeia de eventos que ligam um livro à outro, mesmo cada um sendo completamente independente do outro.

Gênero pouco explorado no Brasil, Robinson Pereira será certamente reconhecido no futuro como um dos pioneiros em promover e desenvolver narrativas inteligentes sobre a história secreta do Brasil.


"Eram crianças de variadas idades, algumas tinham que ser pegas no colo para
descerem do caminhão. Enquanto fazia isso, vi alguma coisa ao longe, lá para trás. 'Vamos
logo com essa merda', pensei, comigo mesmo, me amaldiçoando por ter tão pouca
habilidade com crianças. Alguém estava vindo na estrada. Em nossa direção." - Piloto


Onde encontrar?

Novo – encomende seu exemplar diretamente com o autor através do e-mail:

textosecreto@gmail.com

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