Antes de ler minha opinião sobre a performance, sugiro ler a notícia e alguns dos comentários dos leitores no link abaixo. Vale lembrar que a matéria foi escrita por alguém que não conhece performance e só quer demonstrar seu preconceito sobre algo que ela desconhece.
Performer tricota a partir da vagina. Alguns performers tem motivações genuínas, outros querem apenas criar polêmicas. De acordo com Casey Jenkins, o conceito e o objetivo não é o tricô (ou qualquer coisa que ela invente), mas sim utilizar a vagina com algo banal e trivial para que as pessoas não a vejam como algo sagrado ou sujo, apenas mais uma parte do corpo humano. A reação que isso provocou nas pessoas (inclusive nas que nada viram além da notícia) mostra que a grande maioria ainda vê o orgão sexual feminino dessas duas formas, pois os comentários são quase todos reforçando uma visão machista e preconceituosa. O ideal é procurar pensar além da primeira reação instintiva ou ensinada pela sociedade para chegar a uma conclusão um pouco mais independente. Performers em geral criam trabalhos muitas vezes entediantes, vazios e sem repercussão alguma. Eu acredito que Arte tem que conter algum grau de beleza, poesia, transformação e reflexão (não necessariamente tudo junto). O fato dela estar criando uma discussão sobre o que é Arte ou sobre a reação diante de uma vagina em uma exposição acaba caracterizando o trabalho dela como arte. Vale lembrar também que toda obra envolvendo que dá ênfase ao orgão sexual feminino já foi vilipendiada na sociedade judaica-cristã, incluindo muitas obras hoje consagradas e que hoje são aceitas pela sociedade sem frescuras (menos por religiosos neuróticos).