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Estava vasculhando minhas prateleiras de gibis e redescobri essa raridade da Ed. Ebal publicada em junho de 1970, quase tão velha quanto eu. Apesar da capa feia de Eduardo Baron, o interior tem histórias ilustradas por Gene Colan (Capitão América), George Tuska (Homem de Ferro) e Jack Kirby (Thor). Todos os três no ápice de sua arte. A maioria das publicações da Ebal eram em PB, apenas algumas séries ganhavam edições coloridas. Como não consegui achar o material PB nacional, selecionei amostras das publicações americanas da época.
Tuska, como muitos, era um discípulo do estilo Kirby.
Tuska foi o grande ilustrador do personagem no final dos anos 60 e início dos 70. Uma pena que a história do Homem de Ferro nesta edição seja uma aventura qualquer, já que as outras duas são edições históricas na cronologia dos personagens.
Capitão América em uma rara crise existencial e política.
A do Capitão traz a origem do FALCÃO, o primeiro herói afro-americano da MARVEL e de comics mainstream. Kirby e Stan Lee haviam criado o PANTERA NEGRA para o Quarteto Fantástico antes, mas ele era africano. Colocar um negro do Harlem para ser parceiro do Capitão América foi uma das grandes sacadas de Stan Lee e Gene Colan para as aventuras do Capitão na época, que nesses anos passava por uma crise de patriotismo devido à luta pelas liberdades civis. Mais adiante, a tensão racial entre o Capitão e Falcão cresceria quando o último fosse acusado de andar à sombra de um branco. Super-herói também é política.
O que Hollywood conseguiu fazer de mais impactante no século XXI, Kirby mostrava nos anos 60 e 70.
E nas duas edições de Thor publicadas nessa edição, Jane Foster deixa de ser o amor adolescente e mortal de Thor e Kirby e Lee introduzem pela primeira vez a deusa Sif, que a partir de então ganharia a eterna afeição de Thor. Mas claro, isso é só pano de fundo para os extraordinários e dinâmicos gráficos de Kirby.
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