D de DEDO-DURO
Primeira série. Meus primeiros passos rumo ao mundo da literatura infantil e ao mundo das provas e notas baixas. Aprender a ler parecia fácil, afinal, eu já sabia o que significava cada letra. A era A. B era BÊ e assim por diante. Mas quando eu vi, a coisa não era tão fácil assim, pois palavras como MUITO eram MUINTO e CH se lia como X. Como assim?!
Bem, mas como podem ler, eu acabei dominando um pouco da nossa língua ao longo dos anos, menos as orações subordinadas adjetivas, eu nunca entendi aquilo...
Mas foi na 1ª série que eu aprendi uma grande lição de vida: que dedurar os outros me garantia uma bala de morango.
Pois um dia eu vi o Carlinhos quebrar o lápis da Neca e contei pra professora. E não é que no fim da aula eu ganhei uma bala de morango pela minha boa ação?! A partir daí desenvolvi uma espécie de sentido-de-aranha para dedurar os outros e passei a usá-lo quase que diariamente para dedurar meus colegas de classe e até crianças de outras salas. Meu vício por balas de morango vêm dessa época. Mas à medida em que fui crescendo, percebi que as balas de morango não valiam aquelas surras que eu levava na saída da escola.
E hoje eu só deduro os outro mediante uma farta recompensa em dinheiro e se entrar para o serviço de proteção de testemunhas dos EUA, que eu sei que o do Brasil não funciona.
Continua em... E de ENCICLOPÉDIA HUMANA.
Esse texto foi adaptado de meu antigo blog no site da CAPRICHO.
Bom pra conhecer melhor o padrinho, né? Depois passa seu endereço pra eu te mandar um pacote de balas de morango. ;*
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