THE LOST ROOM é uma mini-série que originalmente foi ao ar em três episódios de 90 minutos cada. Mas em reprises acabou dividida em seis de 45 minutos. Na verdade, tanto faz a duração de cada episódio, pois uma vez que você veja o primeiro, você simplesmente não consegue desgrudar seu olhar da tela até acabar.
Resolvi assistir THE LOST ROOM às 4 da manhã com a intenção de ver apenas um episódio e ir dormir. Resultado: fui dormir as 9:30 da manhã e quase sem sono, de tão empolgado e boquiaberto que fiquei com o suspense e a criatividade desta mini de ficção-científica que tem um dos melhores roteiros que já vi do gênero, seja no cinema ou na TV.
Na inacreditável trama, que começa com uma cena no estilo CAÇADORES DA ARCA PERDIDA em uma loja de penhores, dois homens e alguns capangas negociam 2 milhões de dólares pela Chave, que ao abrir uma porta, mostra algo surpreendente. Um terceiro homem chega com mais capangas. Ele carrega a Caneta...
Após esse prólogo, o policial Joe Miller (o ótimo Peter Krause, da série Á SETE PALMOS) e seus colegas são chamados à loja de penhores e encontram um cadáver queimado, mas com as roupas intactas e um outro com metade do corpo fundido ao teto.
O ótimo Kevin Pollack é Karl Kreutzfeld, um milionário que investe toda a sua fortuna para coletar os Objetos.
Ele tem um objetivo diferente dos outros...
Ele tem um objetivo diferente dos outros...
Desse ponto em diante, a trama vai ficando cada vez mais misteriosas, bizarra e interessante com a descoberta de Objetos de aparência comum, mas possuidores das mais extraordinárias qualidades: o Lápis que faz surgir moedas ao bater com ele na mesa; a Carta de baralho que produz uma bad trip em que a olha; o Pente que pára o tempo; a Moeda que cria memórias vivas e muitas outros mais interessantes e mortais que não vou citar aqui para não estragar as muitas surpresas relacionadas aos Objetos.
Á medida em que a narrativa se aprofunda, descobrimos uma ordem chamada Legião, que busca se livrar dos Objetos (que são indestrutíveis), pois acredita que eles possam destruir nossa realidade (é mostrada a razão disso) e A Ordem da Reunificação, uma seita de fanáticos, que acredita que os Objetos são parte do corpo de Deus, e que reunindo-os, poderá comunicar-se com Deus ou ter os poderes dele.
Disputado por muitos, os interessados mentem, chantageiam, seqüestram e matam para ter em suas mãos qualquer um destes poderosos objetos, que juntos, podem realizar o inimaginável. Mas lidar com objetos de poderes inexplicáveis pode ter um preço...
O filme não perde tempo tentando explicar cientificamente os fatos e os Objetos, mas ao longo do filme, fica claro que os roteiristas Laura Harkcom e Christopher Leone fizeram a lição de casa em termos de FC e sabem o que estão fazendo. Para quem está familiarizado, física quântica e universos paralelos são dois fortes elementos trabalhados no filme, embora em nenhum momento alguém cite essas palavras.
O roteiro só peca em dois detalhes, que só se nota mais tarde, quando se pensa sobre a série: a reação da maioria das pessoas comuns à um objeto sendo utilizado na frente delas não parece ser de acordo, elas não ficam tão espantadas ou assustadas quanto deveriam e apesar de dezenas de objetos de poderes espetaculares passarem de mão em mão desde 1961 (quando o EVENTO aconteceu), nenhuma agência do governo americano dá as caras. Seria de se supor que nestes mais de 40 anos de atividade, esses objetos tivessem chamado atenção de algum arquivo X do governo. Talvez os roteiristas tenham resolvido deixar o governo de fora dessa vez simplesmente por achar que todo filme deste tipo usa deste artifício. Pode até ser válido para evitar clichês e lugares comuns, mas faltou uma certa lógica nesse sentido.
Mas felizmente, lógica foi o que não faltou aos roteiristas e ao diretor Craig R. Baxley na elaboração de um universo incrivelmente fantástico que respeita as leis e regras criadas ao redor desses objetos quânticos.
THE LOST ROOM pode ser encontrado no Google e na comunidade do Orkut, já que sua exibição no canal SYFY é rara e ter o DVD ou Blu-Ray por aqui é mais improvável do que o poder dos Objetos.
Alguém escreveu que THE LOST ROOM é como se LOST deixasse de lado todo o blábláblá chato e dramas pessoais e todo o mistério, suspense e ação da série fosse condensado em apenas 6 episódios. Se tivessem feito isso, eles teriam chegado a algo parecido com THE LOST ROOM.
O QUARTO PERDIDO, para dizer o mínimo, é simplesmente imperdível!
Trailer
Quanto tempo que eu não apareço aqui pra comentar!
ResponderExcluirAchei interessante a sinopse da série, me interessei... meio bizarra, verdade, mas interessante.
Assim que eu terminar Dexter (meio que me viciei e vi 3 temporadas em umas duas semanas haha), vou procurar pra baixar!
Beijo,
K.
Cada vez me impressiono mais com sua capacidade, sua inteligencia, beleza.
ResponderExcluirVocê é tão atraente jerri...